VACC – jogo produzido na USP conscientiza sobre a campanha de vacinação contra o coronavírus

VACC

A crise do coronavírus uniu grande parte da população em um objetivo único: imunizar a população frente a esse novo desafio. Quem está unido nesse desafio é a comunidade gamer! Pelo menos é isso que mostra o grupo de estudos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, que acaba de desenvolver o game VACC que te coloca no controle da vacinação, que se torna mais difícil à medida que o isolamento social é rompido. O desafio é alcançar as pessoas antes que elas se aproximem de elementos como fakenews e aglomeração, tornando-as alvos suscetíveis para os vírus que estão à solta pelo jogo.

VACC acaba de ser lançado e já está disponível neste link. O jogo foi idealizado por Helder Nakaya e outros membros da Campanha Todos Pelas Vacinas, e tem o apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas do CNPq, do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Vacinas da USP e da Universidade Federal do Paraná.

Para ajudar a Maria Gotinha a vacinar a população em VACC, o jogador deve utilizar as setas do teclado para se mover e o botão direito do mouse para aplicar a vacina. Uma versão beta do jogo para mobile foi submetida ao Google Play e está sob análise da loja de aplicativos.

“Eu sempre achei que um modo de ensinar de forma divertida poderia ser através de jogos. Porque a informação de qualidade já existe na internet, o problema é fazer as pessoas acessarem e se interessarem por isso. Neste momento, algumas escolas estão abrindo para aulas presenciais, então se a gente conseguir alcançar jovens e crianças será importante. O jogo e todo o resto é para pedir à população que fique do lado da vacina; a importância da máscara e do isolamento social (mesmo com as vacinas por aí); a imunidade de rebanho; as variantes virais que surgem em epidemias e como elas podem escapar da proteção da vacina; e até o perigo em se acreditar em fake news. Tudo isso o jogador irá aprender sem nem perceber”, explica Nakaya.

Helder Nakaya, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Idealizador do jogo VACC e coordenador do Laboratório de Bioinformática e Biologia de Sistemas Computacional. Quando o coronavírus encosta em uma pessoa sem a vacina, ela desaparece e em seu lugar surgem dois novos vírus. Cada cor de vírus representa uma variante viral diferente. O mais perigoso deles é o verde, que, embora se mova lentamente, tem 50% de chance de infectar até mesmo aqueles que já foram vacinados, mas não mantiveram o uso de máscaras e o isolamento.

Até aqui, você pode pensar que a missão de vacinar a todos com tantos obstáculos terminará em game over. Mas VACC conta com duas ajudas excepcionais: a ciência, representada pelo tradicional frasco de Erlenmeyer – aquele, de vidro, com formato de balão e boca estreita – e os insumos das vacinas – representados pelas seringas.  Ao encontrar estes itens, sua capacidade de vacinação é ampliada, já que será necessário vacinar duas vezes cada pessoa.

Após receber a primeira dose da vacina, a pessoa fica com um escudo de cor clara ao redor do corpo por um tempo. Ao se aproximar de uma ameaça, o escudo rebate o vírus, mas não o destrói. Com a segunda dose, o escudo se torna mais forte e permanente, sendo também capaz de eliminar o vírus.

O jogo dá conta ainda daquelas pessoas que não podem ser vacinadas: seja por doenças preexistentes, seja por idade. Quanto mais pessoas próximas estiverem vacinadas, mais a imunidade coletiva se torna possível. Ela é uma estratégia do jogo para passar de fase e adquirir novas conquistas, ainda que nem todos estejam imunizados na fase anterior.  Para mais informações do VACC, acesse o site especial.

Abaixo tem um trailer de VACC:

Autor: Luiz Ricardo de Barros Silva

Luiz Silva, jornalista de games formado pela Universidade Paulista. Já escreveu para as revistas da Tambor Digital (EGW, Gameworld), para o site Player 2 entre outras coisas. "Sou um entusiasta por videogames, apesar de jovem já tive até um Atari, minha série favorita é Silent Hill".

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