Jogos antigos devem migrar para o caminho dos jogos online e tornar as crianças mais criativas, segundo pesquisadora

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Unir o novo com o antigo, é essa a perspectiva que um grupo de pesquisadores vislumbram para o mercado de jogos eletrônicos para o futuro. Para a pesquisadora Sonia Livinstone, da London School of Economics, as Brincadeiras antigas são a nova inspiração para a criação de jogos online. Isso se justificaria, segundo a pesquisadora, devido a uma tendência ao esgotamento da criatividade e redução dos benefícios do entretenimento digital que será revertida apenas se os criadores de jogos, as empresas e as famílias buscarem inspiração no mundo real, analógico, para desenvolver e usar novos jogos online.

Livingstone coordenou uma pesquisa e divulgou uma lista de 12 características que devem ser fortalecidas nos jogos eletrônicos do futuro. Em seu relatório “Playful by Design” (algo como “divertido seguindo princípios ou propósitos”), Livingstone apresenta ainda os resultados de pesquisas feitas com as próprias crianças e adolescentes sobre o que elas mais apreciam e o que mais incomoda no uso cada vez mais intenso de jogos online.

A pesquisadora inglesa é o destaque no lançamento da plataforma “Jogos Online, Infância e Adolescência” (JOIA), uma iniciativa da rede “Games for Change América Latina”. O relatório “Playful by Design” será lançado com uma “live” no dia 19 de abril e terá versões em português e espanhol.

“Queremos fortalecer a comunidade dos profissionais que atendem aos mercados de jogos eletrônicos para crianças e adolescentes, sejam educadores, assistentes sociais, game designers, gestores do terceiro setor e de políticas públicas. A plataforma JOIA também terá uma área especial para familiares preocupados com o uso excessivo, a violação de privacidade e o consumismo promovido por publicidade interna aos jogos”, informa Gilson Schwartz, presidente da “Games for Change América Latina” e professor do Departamento de Cinema, Rádio e TV da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

Além de Sonia Livingstone, a plataforma realizará mais vinte sessões ao vivo com uma hora de duração até o começo de agosto de 2022. A partir de então as escolas e outras organizações voltadas aos direitos e oportunidades para crianças e adolescentes serão convidados a criar jogos por meio de oficinas e softwares. Os melhores projetos serão premiados no X Festival Games for Change América Latina, no final de novembro.

Mais informações estão disponíveis no link da rede G4C Latam, assim como inscrições e pedidos de gratuidade.

Autor: Luiz Ricardo de Barros Silva

Luiz Silva, jornalista de games formado pela Universidade Paulista. Já escreveu para as revistas da Tambor Digital (EGW, Gameworld), para o site Player 2 entre outras coisas. "Sou um entusiasta por videogames, apesar de jovem já tive até um Atari, minha série favorita é Silent Hill".

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