Muito mais do que apenas a comercialização de jogos eletrônicos, o mercado de videogames é toda uma indústria que movimento bilhões de dólares anualmente. Isto porque com a chegada de novos consoles, jogos mais complexos e modalidades online, o gaming tornou-se não apenas uma forma de entretenimento e diversão, mas também uma atividade que possui grande impacto na cultura popular e, além disso, é uma indústria multimilionária que incentiva a competição através de grandes torneios internacionais.
No mais, o fenômeno do streaming explodiu. Muitas pessoas se especializaram em fazer gameplays, unboxings de consoles e até mesmo casters (narração) de competições. Segundo as palavras de Bruno Belardo, líder da Jellysmack para a América Latina, startup global que potencializa criadores de conteúdo de vídeo:
“Hoje, já não podemos dizer que o esporte é praticado apenas na quadra ou na arena. O mercado dos e-sports, como é mais conhecido, está em rápido crescimento, principalmente nos últimos dois anos, nos quais o lockdown fez com que as pessoas realizassem mais coisas dentro de casa e interagissem remotamente. Graças a isso, uma grande comunidade de criadores de conteúdo especializado em videogames tornou-se altamente relevante no mundo digital e até mesmo físico.”
De onde vem a fortuna dos esportes eletrônicos? Como todo setor consolidado, a origem das receitas nas competições de videogames encontra-se principalmente em patrocínios e publicidade, embora não sejam a única fonte. A monetização por visualizações de avaliações, análises ou speedruns em matéria digital, bem como direitos de transmissão, venda de ingressos ou merchandising em eventos de e-sports, desempenham um papel cada vez mais importante nesse mercado. A pandemia beneficiou a indústria brasileira. De acordo com a Pesquisa Game Brasil 2022, 64,1% dos jovens afirmaram terem consumido mais conteúdos sobre jogos durante o período do isolamento social. Hoje, 76,5% consideram os jogos eletrônicos a principal forma de entretenimento.
Passando ao próximo nível
Ao buscar referências desse negócio a nível mundial, é inevitável pensar em países como Japão, Coreia do Sul ou Estados Unidos, contudo, o crescimento global dos e-sports tem sido uniforme. Há alguns anos, e apesar de estar em uma fase de impulso e desenvolvimento no mercado brasileiro, vale a pena levar em consideração o universo dos videogames competitivos. Estudo da Newzoo mostrou que em 2022, o mercado global de games irá gerar 196.8 bilhões de dólares, crescendo 2,1% ao ano. Só a América Latina será responsável pelo crescimento de 8.7 bilhões de dólares, crescendo 6.9% ano a ano.
Sem dúvida, os criadores digitais e a publicidade são dois elementos que indiscutivelmente andam de mãos dadas. Muitas marcas encontraram uma enorme porta de entrada para dar visibilidade aos seus produtos e serviços; em contrapartida, os criadores enxergam uma maneira de obter receita, patrocínio e inclusive uma maneira de estabelecer sua imagem com o público.
Alguns dados interessantes…
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- 89% dos entrevistados afirmam que as marcas que mais se identificam como patrocinadoras nas plataformas de streaming são aquelas relacionadas a gaming.
- 68% dos participantes do estudo preferem seguir esportes tradicionais através da Twitch em vez de mídias tradicionais, como televisão e rádio.
- Mais da metade dos entrevistados (53%) seguem conteúdos de competições na Twitch.
- League of Legends vem dominando o mundo dos MOBAS (Multiplayer Online Battle Arena Video Games) com sucesso há anos, e de fato, para 32,1% dos jogadores entrevistados, é o seu favorito. LoL é seguido por Valorant e Fortnite com 26,1% e 20%, respectivamente. Os 21,8% restantes seguem outros jogos competitivos.
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