Gosta de jogos de puzzles? Conheça o argentino Ethereal da Nonsense Arts

Ethereal

Nem só de jogos brasileiros é feito o Mercado de jogos independentes. Hoje vamos falar de um projeto bastante inusitado e interessante vindo diretamente da Argentina. Criado pelo estúdio Nonsense Arts, da cidade de Mendoza, Ethereal é um game experimental que busca unir puzzles desafiantes com uma atmosfera meditativa a fim de entregar um jogo “artístico” e bastante singular. Aqui no Brasil ele ganhou algum destaque após participar do BIG Festival 2017 (e ganhar na categoria “Melhor Som”).

Basicamente você deve resolver pequenos puzzles em um mundo que muda a perspectiva conforme você movimenta uma seta entre horizontal e vertical. A ideia é que você passa pelas paredes de um labirinto como um fantasma utilizando diferentes mecânicas. É difícil descrever a experiência, mas acredite: ela é bastante introspectiva e divertida. Como não existe um tutorial, mas as fases avançam em um crescendo, o jogador pega o jeito rápido e percebe que aqui está um produto diferenciado.

Ethereal está disponível apenas para PCs e foi criado pela dupla Nicolás Recabarren e Tomás Batista. De acordo com os desenvolvedores, “desde o princípio a ideia era criar algo que fosse simples, porém com uma experiência voltada para o lado criativo”. O resultado foi um jogo com mecânicas fantásticas, visuais simples, porém belos e um game bastante relaxante. Para isso, os desenvolvedores não colocaram marcadores de tempo ou inimigos que pudessem desviar a atenção do jogador.

Toda a ação se desenrola em um enorme nível formado por um labirinto com paredes de diferentes cores. Tudo se move, inclusive as cores, porém de modo aleatório e independente. O personagem (uma seta) se move a principio pela horizontal, porém ao acionar pequenos objetos redondos a movimentação é alterada em 90º, fazendo com que sua movimentação seja pela vertical. Em outras palavras, pode-se dizer que você está em um mundo de portas fechadas, porém entre elas há pontos conectados que o jogador deve tocar para poder abri determinada porta.

O título é, sobretudo, um game de exploração que joga o jogador para uma viagem de tentativa e erro. Não há game over, nem corridas, de forma que cada jogador deve chegar ao final ao seu próprio tempo de maneira tranquila. O mais bacana é que conforme o jogador avança ele descobre segredos e mecanismos quase que de forma natural, desbloqueando mecanismos e fases ainda mais interessantes. Sim, o maior triunfo do jogo é não pegar o jogador pela mão e ensiná-lo a jogar, mas mexer com a curiosidade do jogador.

Para quem curte puzzles intimistas, com uma trilha sonora bacana e uma curva de aprendizado bem desenvolvida, Ethereal é o seu jogo. Você pode obter mais informações sobre o projeto no site da Nonsense Arts.

Abaixo tem um trailer de Ethereal:

Autor: Luiz Ricardo de Barros Silva

Luiz Silva, jornalista de games formado pela Universidade Paulista. Já escreveu para as revistas da Tambor Digital (EGW, Gameworld), para o site Player 2 entre outras coisas. "Sou um entusiasta por videogames, apesar de jovem já tive até um Atari, minha série favorita é Silent Hill".

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