O futuro da indústria de games está no Brasil! Pelo menos é isso o que pensa Rodrigo Assaf, especialista técnico da área de mídia e entretenimento da Autodesk Brasil. O profissional chegou a tal conclusão após estudar os resultados da pesquisa realizada pela Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos), que dizia mostrou que no país existem mais de 46 milhões de pessoas ativas na internet, das quais 76% são usuários de games. O mais impressionante é que 50% desses jogadores estão dispostos a pagar para ter acesso aos jogos.
O estudo da Abragames mostra ainda que o Brasil é o quarto maior mercado consumidor de games do mundo, posição que coloca o país em destaque. Não é absurdo imaginar que o país possa se tornar uma das maiores referências da indústria global. De acordo com Rodrigo Assaf, existem cinco motivos para acreditar que o Brasil é o país do futuro na indústria dos games.
O primeiro motivo é que a mão de obra está cada vez mais qualificada graças ao advento de cursos voltados ao desenvolvimento, além disso, tal mão de obra tem uma gama de opções no mercado muito grande. O desenvolvedor pode criar gráfico e animações para indústrias como manufatura, publicitária, broadcast, arquitetura, etc.
O fator número dois é que o brasileiro é um gamer por natureza. O contato com games por muitos anos deram certo know how aos desenvolvedores, que ganharam expertise na hora de criar um novo produto. Além disso, o brasileiro é um povo criativo por natureza. Como terceiro ponto, Assaf aponta que produzir games está mais barato do que antigamente. Para o profissional, antigamente os processos de produção eram desenvolvidos em plataformas de alto custo, mas hoje em dia um único software pode ajudar o desenvolvedor a criar diferentes animações e efeitos em alto nível.
O quarto fator é que existem movimentos que tencionam impulsionar a indústria local, como o caso da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, que lançou recentemente um edital para fomento a projetos audiovisuais que inclui cinema, TV, criação de jogos eletrônicos, etc. Tal edital foi desenvolvido com o apoio da Abragames.
E por fim, a área de jogos eletrônicos está em ascensão. Entre 2012 e 2013 o setor cresceu 76%. Deste modo, pode-se inferir que o Brasil pode se tornar autossuficiente nesta indústria em poucos anos. “Com flexibilidade de oferta de produtos, o desenvolvedor que se aventurar por esta indústria vai conseguir ganhar qualquer jogo”, disse Assaf.
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Estou na torcida que isso aconteça de verdade!
Queria que alguém me respondesse, será que o Brasil tem condições de fazer a curto prazos jogos do tipo AAA para o Playstation 4 e Xbox One ou só quando lançarem provavelmente daqui alguns anos o PS5 e o Xbox 2?
Olá Flávio, as noticias podem não ser tão animadoras…
Os jogos “triple A” são produzidos por industrias de jogos que possuem a alguns anos mão de obra especializada e uma gama de profissionais altamente qualificados saindo das universidades todos os anos. Nos E.U.A o acesso a tecnologia de ponta é algo comum a todos, por exemplo, no Brasil um equipamento profissional para desenvolvimento e produção de animações e cutscenes pode custar em torno de 35 mil reais enquanto nos E.U.A a mesma maquina sairia em torno de 7 mil dolares e nesta mesma proporção está incluso o custo dos softwares necessários que enquanto nos E.U.A profissionais qualificados são capacitados a desenvolver suas próprias plataformas de jogos, aqui no brasil pagamos uma mensalidade absurdamente alta para usar uma plataforma bem limitada em questão de produção de jogos de alta qualidade.
O caminho para um dia chegarmos a desenvolver jogos triple A seria inicialmente o país criar fortes investimentos na formação e capacitação de mão de obra especializada para atender esta necessidade, fomentos e financiamentos de start ups e ainda facilidade de acesso a tecnologia de ponta para produção dos jogos que custam muito dinheiro, porém, cada vez mais vem custando menos então existe uma esperança. Baseado nessas informações percebe-se que existe um longo percurso para chegar na produção dos ilustres triple A e talvez nunca conseguiremos chegar no nível de produção dos E.U.A e Europa mas não custa nada sonhar e enquanto isso vamos nos contentando com o mercado mobile que é o mercado onde o Brasil vem alcançando cada vez mais destaque.
Abraço xD