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Indústria e jogadores estão preocupados com os atuais preços dos games

Aparentemente não são apenas os jogadores que estão descontentes com os preços elevados dos games. A situação do alto custo não é exclusividade do Brasil: o problema é global.

Agora, a Namco está dando um passo a frente e convocando outras companhias a trabalhar, juntas, numa maneira de elevar a venda de jogos e reduzir o preço deles.

“Acho que todas as grandes companhias de games precisam se encontrar em uma convenção mundial para discutir o futuro de nossa indústria. Acredito que temos que colocar nossos pensamentos juntos”, disse o vice-presidente da companhia, Olivier Comte ao site MCV.

Comte acredita que o preço atual é justo para cobrir os gastos com a criação do título, mas injusto para os jogadores. A idéia do executivo é que um preço bom seja a metade do praticado atualmente, mas o que poderia trazer abaixo o tamanho dos jogos atuais. Uma idéia seria cortar o tamanho de um jogo e vender, via download, expansões do jogo. Uma espécie de conteúdo em episódios, que a TellTale já faz há algum tempo.

As companhias (e os jogadores) já procuram alternativas de reduzir os preços dos games. Uma solução é a distribuição digital de títulos. Só que em uma recente declaração, o analista Michael Pachter diz que não há chances da indústria se dedicar apenas a este modelo.

Pachter explicou que atualmente é inviável uma mudança drástica, até que todos os jogadores estejam de fato conectados. Para ele, 95% da base de jogadores de PC estão conectados, mas o número cai para 85% dos jogadores de PS3, aproximadamente dois terços dos jogadores de Xbox 360 e menos de 50% dos jogadores de Wii, um público substancial.

Outra solução que os jogadores estão encontrando e que já trouxe preocupação para o estúdio é o mercado de games usados. O assunto já trouxe declarações polêmicas antes e agora foi a vez do diretor de marca da Crystal Dynamics, de Tomb Raider, a dar sua opinião sobre o assunto.

Ao CVG, Karl Stweart declarou que o modelo de vendas atuais é frágil, e que o mercado de usados não beneficia ninguém. Uma solução para esse problema, segundo o executivo, poderia ser cobrar um extra por conteúdo via download em um novo game e, quando ele for vendido usado, cobrar um valor extra do “segundo dono”.

A verdade é que o mercado precisa de soluções. Os games chegaram a um patamar de evolução que os preços se tornaram impraticáveis para muitos jogadores, que recorrem à pirataria, ao mercado de usados ou ainda se dedicam a explorar o mundo dos jogos independentes.

O que você acha de todo este assunto, leitor?

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