Que os jogos analógicos podem ser divertidos, disso você já sabe. Mas já imaginou que jogos de tabuleiro também podem impulsionar o desenvolvimento cognitivo e social de crianças e adolescentes? Pois é essa a conclusão que Renato Simões, CEO da editora Geek N’ Orcs, chegou ao longo de seu trabalho neste meio. De acordo com Simões, durante a atividade, os jogadores são estimulados a exercitar habilidades como a atenção, memória e raciocínio lógico.
De acordo com o executivo, ao lidarem com regras, vitórias e derrotas, os participantes aprendem a colocar em prática importantes conceitos como a estratégia, concentração, paciência, liderança e comunicação. Além disso, o jogo é capaz de promover a interação, convívio e estreitamento de laços entre as crianças ou adolescentes, aponta.
Não é por acaso que bares e restaurantes de Belo Horizonte estão adotando jogos digitais e analógicos em seus ambientes para agradar os visitantes. O próximo passo parece ser envolver as escolas. “Vejo com muito entusiasmo, a adoção dos jogos como uma atividade didática nas salas de aula, pois ao longo das partidas, as crianças entram em contato com uma série de ensinamentos e princípios que não só são essenciais para a dinâmica do jogo, mas também para o desenvolvimento intelectual e estabelecimento de uma boa conivência em comunidade”, comenta.
Segundo Renato, atitudes como a de respeitar a vez do colega, saber lidar com a vitória ou derrota e compreender o êxito ou o insucesso como consequências comuns aos jogos, são alguns dos principais preceitos e valores que a prática pode fornecer a uma criança. O game designer aponta que além de estar nas escolas e casas, os jogos de tabuleiro vêm se fazendo presentes em estabelecimentos comerciais e também em diversos outros locais e contextos.