Após fazer enorme sucesso nos PCs em 2019 e no Androi em junho deste ano, o game ÁRIDA, criado pela Aoca Game Lab, terá lançamento para dispositivos iOS. Agora, sendo oficialmente uma série de games multiplataforma, a empresa baiana mira no mercado de consoles para dar continuidade ao ciclo de expansão do produto.
A versão para celulares e tablets não possuem mudanças significativas na experiência de jogo em relação à versão para PCs, com exceção de ajustes de interface e na experiência de usuário, além de um intenso trabalho de otimização que permitisse uma boa performance para o game.
Além do lançamento para consoles do ÁRIDA: Backland’s Awakening, o ano de 2023 trará o já aguardo ÁRIDA 2: Rise of the Brave, a continuação da série que apresentará uma Cícera transformada pelos desafios da busca pelo povoado de Canudos, além de uma Aoca mais madura nos planos de internacionalização da série.
Como todos sabem, a Qintess, uma das dez maiores empresas de tecnologia do país anunciou recentemente as startups escolhidas para participar da aceleração. O projeto conta entre as empresas selecionadas com startups da Vale do Dendê, centro de inovação para as periferias de Salvador. A seleção é fruto da parceria entre a organização e a Qintess, que tem como objetivo aumentar o número de profissionais da diversidade no ecossistema da tecnologia, onde a presença de profissionais afro-brasileiros ainda é muito limitada.
Entre as startups selecionadas está a Aoca Game Lab, desenvolvedora de games idealizada por um grupo de jovens de Salvador que criou a premiada série de survival games para PC, ARIDA: Backland’s Awakening. A série que tem como o cenário o sertão nordestino narra a jornada de Cícera, uma garota aventureira que batalha pela sobrevivência na seca. Na trama, os jogadores entram em contato com ferramentas típicas da região, e que exigem estratégias para enfrentar os obstáculos.
A franquia ARIDA é um grande sucesso entre americanos e alemães, e concorreu em 2019, a quatro categorias no SBGames, uma das principais premiações da América Latina. A produtora Aoca Game Lab, é membro do Comunidades Virtuais, grupo de pesquisa do curso de jogos digitais da Universidade Estadual da Bahia (Uneb).
Além da Aoca Game Lab, o Qintess Ignite Startups selecionou a AfroSaúde, TrazFavela e Infleet, também criadas por jovens das periferias de Salvador. A meta da Qintess é investir R$ 10 milhões para incluir diversidade no mercado de tecnologia, onde a presença de profissionais afro-brasileiros ainda é muito limitada.
Para Nana Baffour, CEO, Chairman & Chief Culture Officer da Qintess, a escolha da Aoca Game Lab para o programa é o primeiro passo da empresa dentro do setor de games, que será um dos investimentos da marca até 2021. “As startups oriundas da Vale do Dendê resolvem problemas que não encontramos em outras startups pelo fato de vivenciarem com empatia uma realidade que outras “das capitais” não imaginam. Além do fato de que a Aoca Game Lab se conecta a nossa visão estratégica de entrar no segmento de games até 2021”.
As empresas selecionadas terão suporte completo da Qintess, com direito a sessões de mentoria de executivos internos e externos, suporte a desenvolvimento tecnológico especializado, suporte em marketing, financeiro e jurídico e, ainda, espaço de trabalho dentro do novo escritório central da Qintess, em São Paulo, e também em New York/EUA.
Abaixo você confere o trailer de Arida: Blackland’s Awakening:
Hoje vamos falar do primeiro lançamento do estúdio brasileiro Aoca Game Lab. Trata-se Árida, um jogo de aventura e sobrevivência ambientado no sertão brasileiro. Aqui o jogador deve auxiliar explorar ambientes hostis e tentar sobreviver as mazelas da seca nordestina. Você deve reunir recursos e coletar pistas que levem ao paradeiro dos pais da jovem Cícera, a protagonista do game.
Árida é ambientado no século XIX, de modo que o jogador irá se deparar com um ambiente ainda empobrecido e sem quaisquer infraestrutura. Nesse clima seco você deve encontrar Cícera e vivenciar uma jornada de sobrevivência e aventura. Muito da mecânica de jogo envolve reunir recursos, construir utensílios, aprender a utilizar ferramentas e interagir com outros sertanejos.
Para sobreviver, o jogador deve ter à mão equipamentos indispensáveis, como o facão e enxada para obtenção de alimentos, abrir caminho pelo cerrado ou ainda escavar para encontrar água. Outro equipamento importante são as pedras para afiar suas ferramentas. Em alguns momentos Árida faz lembrar o clássico Harvest Moon, afinal existe um sistema de crafting com os itens típicos da região.
Outro elemnto importante em Árida é a interação com NPCs: pessoas mais velhas a vila podem dar conselhos e até abrir novas quests que podem providenciar água e comida para Cícera. O ideal é sempre conversar com as pessoas e explorar a região em busca de novos recursos.
Árida não é apenas um game de sobrevivência, mas também uma forma de despertar o interesse do jogador pela região nordeste e conhecer mais sobre a geografia e a história do lugar. Afinal, o sertão é um lugar único do mundo, repleto de lendas e boas histórias para contar e com um povo forte e guerreiro. Conhecer um pouco dessa cultura, mesmo que pelos videogames é uma experiência encantadora.
De acordo com o estúdio Aoca, Árida: Backland’s Awakening é a primeira de três partes que contam sobre a jornada de Cícera em pleno sertão brasileiro do século XIX. O estúdio foi criado na Bahia e conta com 8 desenvolvedores, que acreditam que jogos eletrônicos são boas ferramentas para contação de história e comunicar valores. Após ver o projeto, temos de concordar. O título chega à Steam em 15 de agosto.
Abaixo tem o trailer de Árida Backland’s Awakening: