Conselho de Miyamoto para a nova geração de desenvolvedores: "don´t forget to have a life"

 Ou traduzido para o português: “não se esqueçam de ter uma vida”. A entrevista com Shigeru Miyamoto publicada pela GamePro americana teve foco no lançamento do Wii nos EUA. Mas o que realmente chamou atenção foi o conselho do mestre para aqueles que querem ser desenvolvedores de sucesso.

E seu conselho é:

  • Plante uma grande chance: faça jogos e mostre-os;
  • Aprenda a entender as críticas (você terá caminhões delas);
  • E enquanto estiver na ativa, não se esqueça de ter uma vida.

“Enquanto jovens são estudantes, é importante para eles não apenas focar em algo como programação ou só em videogames. Ao invés disso, deveriam focar em coisas que só podem fazer quando estão no colégio. Sair, conhecer gente e conversar. Nas universidades existem pessoas trabalhando em uma grande variedade de campos e gêneros, e eu acho que você pode ser destacar nesses amplos ramos e melhorar a longo prazo.”

Lembrem-se da história por trás de Zelda: seu amor por explorar o interior do Japão. Concorda com o pai do Mario?

Arte e violência

Se o videogame é mesmo um meio de comunicação e um elemento de cultura, por que poucos assuntos relevantes aparecem na forma de games? Onde estão os games sobre assuntos sérios como, por exemplo, o Holocausto nazista?

Claro que existem dezenas de jogos sobre a Segunda Guerra, mas estes têm foco apenas na violência: são na grande maioria FPSs onde o jogador é sempre um soldado lutando no campo de batalha.

Não que exista algo errado com jogos assim, eu mesmo sou um fã das séries Call of Duty e Medal of Honor, mas por que o protagonista sempre deve ter uma arma? Por que não existe um personagem de videogames como o impotente Wladyslaw Szpilman no filme O Pianista: um artista tentando sobreviver em um mundo que de repente virou de pernas pro ar? Ou como Guido Orefice em A Vida é Bela, um pai de família que é obrigado a colocar seu próprio sofrimento de lado para proteger o filho dos horrores da guerra?

Foto: Guy Ferrandis, 2002

Há dezenas de outros assuntos que envolvem um cenário de guerra, não somente a parte onde os soldados atiram uns nos outros. Todos os outros meios de comunicação já perceberam isso, apenas os videogames insistem em nos trazer somente o lado violento (o que só favorece discursos conservadores como os do maluquinho Jack Thompson).

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