A ATLUS, renomada desenvolvedora de jogos, divulgou hoje o elenco completo de dubladores em inglês para o aguardado RPG de fantasia Metaphor: ReFantazio. Um dos destaques do anúncio foi a revelação do dublador do Protagonista, um papel central na narrativa do jogo.
Para marcar o anúncio, a ATLUS participará da Gamescom 2024, evento que acontece na Alemanha, como parte da programação da Xbox @ Gamescom. Durante o evento, os fãs poderão assistir a uma entrevista especial com os dubladores Stewart Clarke e Kristin Atherton, que interpretam os personagens centrais Strohl e Hulkenberg. A entrevista promete oferecer uma visão exclusiva dos bastidores do processo de gravação, destacando os desafios e as emoções de dar vida aos personagens em um universo tão rico como o de Metaphor: ReFantazio.
Além da entrevista, uma demonstração jogável de Metaphor: ReFantazio estará disponível no estande da Xbox, permitindo que o público presente na Gamescom tenha um gostinho do que está por vir. A demo oferecerá uma experiência imersiva, destacando os elementos de fantasia e as mecânicas de jogo que prometem encantar os fãs do gênero RPG.
O papel do Protagonista, que será uma voz ativa na história, foi confiado ao talentoso Caleb Yen. O elenco completo de vozes em inglês traz nomes de peso, como Alejandra Reynoso (Gallica), Phillipe Spall (Heismay), Emma Ballantine (Junah), Emily Burnett (Eupha), David Monteith (Neuras), Joseph Tweedale (Louis), Greg Chun (More) e Gordon Cooper (Grius).
Sobre Metaphor: ReFantazio
Metaphor: ReFantazio é um RPG de fantasia que surge das mentes criativas responsáveis pela aclamada série Persona. O jogo promete transportar os jogadores para um mundo repleto de mistérios e desafios, onde cada decisão moldará o destino dos personagens. Com uma narrativa envolvente e mecânicas inovadoras, o jogo se destaca como uma das grandes apostas da ATLUS para 2024.
A expectativa para o lançamento de Metaphor: ReFantazio é alta. O jogo será lançado em 11 de outubro de 2024 para Xbox Series X|S e Windows, com versões para PlayStation 5, PlayStation 4 e Steam também confirmadas. As pré-vendas já estão abertas, tanto em formato físico quanto digital, e podem ser realizadas através do site oficial do jogo.
Os fãs de RPG que desejam acompanhar as novidades de Metaphor: ReFantazio poderão assistir ao livestream da Xbox Showcase Gamescom 2024 no dia 23 de agosto, onde mais detalhes sobre o jogo e entrevistas com os dubladores serão exibidos.
Com um elenco talentoso e uma proposta ambiciosa, Metaphor: ReFantazio promete ser um marco na história dos RPGs de fantasia, cativando tanto os veteranos do gênero quanto novos jogadores. Para mais informações, acesse a página do game na Steam.
“Jogabilidade repetitiva e incrivelmente frustrante“, foram apenas alguns dos adjetivos que o site GamePro usou para definir Friday the 13th, um game de NES, em sua lista dos piores jogos baseados em filmes. Não confunda com o jogo homônimo lançado em 2017 (que é apenas mediano). Estamos nos referindo ao jogo do NES (Nintendo Entertainment System), que ficaria famoso por ser um dos primeiros inspirados em uma franquia cinematográfica de sucesso, mas que ajudaria a decretar a fama que jogos e filmes não combinam.
A JLN era uma fabricante de brinquedos de Nova York, fundada em 1970, que viu a oportunidade de expandir seus negócios através dos jogos eletrônicos. Era uma jogada esperta, afinal o Nintendinho dava mostras de se tornar a grande sensação do verão americano, pois todos os garotos queriam se divertir com jogos como Super Mario Bros. e Ballon Fight. Os executivos da companhia decidiram que a melhor forma de conquistar uma fatia desse mercado seria apostar em jogos licenciados, afinal quem não iria querer comprar o game oficial de algum filme bem sucedido?
Jogos licenciados é a aposta da época
O fracasso do jogo do E.T era visto como um ponto fora da curva. Afinal, jogos como Alien, Attack of the Killer Tomatoes e Back to the Future conquistaram seu espaço. Assim, em 1987 a JLN licenciou o game oficial do megasucesso The Karate Kid, que, apesar da qualidade questionável, rendeu resultados animadores suficientes para que a empresa lançasse no mesmo ano o infame Jaws e (um ano depois) o Major League Baseball, um dos primeiros games esportivos a ser licenciado. O próximo projeto da agenda seria Friday the 13th, que ficaria a cargo da Atlus, já que a parceria entre as duas empresas parecia perfeita.
Era fácil apostar em Sexta-Feira 13 como um filme a ser transportado para o universo dos games, afinal a franquia já contava com sete filmes em 1988, sendo que a série tinha começado apenas há oito anos. Sim, eram sete filmes do Jason em um espaço de oito anos (eram tempos difíceis para os amantes do terror). De qualquer forma, o game já estava prestes a chegar às lojas e a LJN esperava conquistar mais um êxito com o lançamento.
Tal como nas películas, Friday the 13th coloca um grupo de jovens incautos no acampamento Crystal Lake. O que eles não sabem é que o assassino Jason Vorhees está à espreita e sedento por sangue. Cabe ao jogador derrotar Jason e restabelecer os dias de paz em Crystal Lake. Para isso, o jogador deve entrar pelas matas, desafiando lobos, morcegos e zumbis. Além disso, é necessário derrotar o perigoso stalker, impedindo que ele faça vítimas entre seus colegas de acampamento.
Um game repleto de problemas
Ainda que o enredo não seja nenhuma maravilha, ele está de acordo com o que se pode esperar de um produto derivado deSexta-Feira 13. Os problemas começam mesmo quando a jogatina começa pra valer e o jogador se dá conta que a jogabilidade é terrivelmente mal desenvolvida, tornando a tarefa de derrotar morcegos especialmente árdua. As coisas pioram ao passo que o game te obriga a salvar seus companheiros de acampamento de tempos em tempos.
O game é do gênero plataforma de ação e a mecânica se baseia em fugir de Jason e esconder-se de tempos em tempos. O grande problema é que Jason aparece com bastante freqüência para matar o jogador e é quase impossível escapar, já que os personagens muitas vezes são incapazes de realizar tarefas simples como correr ou pular. Quando você consegue entrar em uma caverna ou cabine para se esconder as coisas não ficam melhores, já que qualquer corvo pode matar o jogador com relativa facilidade.
Para garantir a sobrevivência, torna-se primordial fazer upgrades nas armas. Porém isso não garante êxito nas lutas, já que o combate é bem desequilibrado com adversários claramente mais fortes e rápidos. O objetivo do game é sobreviver durante três dias e três noites enquanto tenta dar cabo de Jason. Alem disso, de tempos em tempos o jogador deve sair em disparada para salvar um dos colegas de acampamento que são atacados por Jason. Caso não se chegue a tempo, Jason mata o companheiro, o que gera uma insatisfação recorrente. E nas raras vezes que você consegue encontrar seus companheiros o combate demonstra-se bem desequilibrado, pois Jason se move tão rápido quanto um maratonista, já o personagem do jogador é lento feito uma lesma com ressaca.
Dificuldade exarcebada não é o único problema
Não bastasse a dificuldade massacrante,Friday The 13th ainda conta com uma trilha sonora pouco inspirada, apoiando-se totalmente nos filmes, porém com uma qualidade sonora muito ruim, mesmo para os padrões do NES. A trilha sonora é bem repetitiva, capaz de causar dor de cabeça nos jogadores com poucos minutos de jogo. O ponto mais criticado em geral, todavia, é sobre o gameplay frustrante mesmo, já que o jogador parece não ter uma chance real de ser bem sucedido na aventura.
Ah, e os desenvolvedores parecem não ter tido qualquer apego pela mitologia da franquia, ou sequer visto os filmes, visto que Jason sabe nadar. É de conhecimento público e notório que o infame assassino tem medo de água. A intenção que se tem é de que dar a Jason esta habilidade foi descaradamente prejudicar o jogador, mesmo que para isso jogassem fora toda e qualquer coerência.
Outro ponto bastante criticado é que o mapa do jogo é visto de cima para baixo, porém a jogabilidade em si é em 2D sidescrolling, tornando a navegação pelo mapa extremamente confusa. Salvar seus companheiros de acampamento fica ainda mais difícil se você nem sabe pra onde ir. Os produtores ainda incluiriam um plus no game a fim de torná-lo revolucionário, mas que se provaram uma grande porcaria: seções em 3D.
Em algumas cabanas, a jogabilidade passa para um esquema 3D, porém a tecnologia na época era péssima, tornando os controles um instrumento de tortura e proporcionando lags aos montes. Com tantos problemas fica fácil entender porque Friday The 13th é considerado um dos piores jogos de todos os tempos.
O legado de um game ruim
Em uma edição de 1997, os autores da consagrada Nintendo Power, ranquearamFriday the 13th na posição de número seis em sua lista dos piores games jamais produzidos. Apesar de todo o massacre por parte da mídia, o título até que vendeu bem, abrindo caminho para que a LJN lançasse outras pérolas licenciadas como A Nightmare on Elm Street. Sim, os desenvolvedores não se contentaram em estragar um ícone do terror, tinham de humilhar o Freddy Krueger também. Mas essa é uma história para outro dia.