Explorando o passado: a história épica de River Raid

Se você é um entusiasta de jogos retrô, certamente já ouviu falar do lendário River Raid. Lançado em 1982 pela Activision para o console Atari 2600, esse clássico imortalizou sua marca na história dos videogames e continua sendo lembrado com carinho por jogadores de todas as gerações. Vamos fazer uma viagem no tempo e mergulhar na história desse icônico jogo.

Desenvolvido por Carol Shaw, uma das primeiras mulheres a se destacar na indústria de jogos, River Raid foi um marco de inovação na época. O jogo colocou os jogadores no controle de um avião de caça, sobrevoando um rio sinuoso e repleto de obstáculos. O objetivo? Alcançar a maior pontuação possível enquanto gerenciava o combustível limitado e destruía inimigos pelo caminho. Se você não conhece o jogo, pergunte ao seu pai…

O jogo não poupava desafios. Pontes estreitas, navios inimigos, aviões rivais e, claro, a necessidade de reabastecer em postos de combustível estratégicos mantinham os jogadores em um estado de alerta constante. Cada erro poderia ser fatal, mas cada vitória proporcionava uma sensação incrível de realização.

River Raid não é apenas lembrado por sua jogabilidade empolgante, mas também por sua influência duradoura. Muitos elementos desse jogo encontraram seu lugar em títulos posteriores, desde jogos de corrida até simuladores de voo. Sua abordagem inovadora à geração procedural de níveis também inspirou muitos desenvolvedores nos anos seguintes.

River Raid para Atari 2600 é mais do que apenas um jogo antigo. É uma parte fundamental da história dos videogames, um lembrete do poder duradouro de uma jogabilidade sólida e inovadora. Se você ainda não teve a chance de experimentar esse clássico, é altamente recomendável mergulhar na história desse épico jogo e experimentar a emoção atemporal de pilotar pelos rios desafiadores do River Raid. Afinal, alguns jogos envelhecem como vinho, e River Raid é definitivamente um deles.

Tibia – MMORPG lendário acaba de completar 25 anos de sucesso

Um dos jogos mais icônicos quando se fala em MMORPG é Tibia. O título foi uma das maiores sensações das lanhouses e mesmo com a queda de frequentadores nesses ambientes, Tibia ainda conseguiu se manter ativo e forte no coração dos jogadores graças a atualizações regulares e um belo fluxo de novos conteúdos.

De acordo com a CipSoft, essa longevidade faz de Tibia um dos jogos online mais antigos do mundo. Nos últimos anos, o jogo quebrou vários recordes de vendas e gerou uma receita total de mais de 1,2 bilhões de reais até o momento. Só em 2021, o Tibia foi jogado por 185.000 jogadores brasileiros, nesse mesmo ano foram adicionados quatro novos servidores, dois deles na América Latina: um na configuração “Optional PvP” Reinobra (SA); e outro “Retro Open PvP” Mudabra (SA).

“Uma história como a de Tibia é rara em nossa indústria”, diz Stephan Vogler, um dos CEOs e fundadores da CipSoft. “Nosso projeto de hobby se tornou um sucesso duradouro com muitos jogadores dedicados. Estou extremamente grato por fazer parte desta história.” Ulrich Schlott, assim como Vogler, CEO e fundador da empresa, acrescenta: “Tibia segue ativo com mais sucesso do que nunca, em parte devido à nossa estreita cooperação com nossa comunidade. Após 25 anos, ainda temos muitas ideias para trazer novos conteúdos para o mundo do Tibia.”

Para a CipSoft, há outro motivo para comemorar: a empresa por trás do Tibia foi premiada pelo “Great Place to Work” como uma das melhores empregadoras da Baviera, Alemanha. No futuro, a CipSoft continuará a se concentrar em mundos de jogos online animados e se vê bem posicionada para isso com seu novo processo de incubação.

“Todos os funcionários agora têm a oportunidade de gastar 20 por cento do seu tempo de trabalho na implementação de suas próprias ideias de jogos. Nós também estamos seguindo nossa sugestão da história de sucesso de Tibia: pequenos times que compartilham uma visão comum e têm a maior liberdade possível para implementá-la”, disse Stephan Vogler.

Abaixo você confere o trailer de agradecimentos de 25 anos de Tibia:

Os Piores jogos do mundo #02 Friday the 13th – o game que assusta até mesmo o Jason

Jogabilidade repetitiva e incrivelmente frustrante“, foram apenas alguns dos adjetivos que o site GamePro usou para definir Friday the 13th, um game de NES, em sua lista dos piores jogos baseados em filmes. Não confunda com o jogo homônimo lançado em 2017 (que é apenas mediano). Estamos nos referindo ao jogo do NES (Nintendo Entertainment System), que ficaria famoso por ser um dos primeiros inspirados em uma franquia cinematográfica de sucesso, mas que ajudaria a decretar a fama que jogos e filmes não combinam.

A JLN era uma fabricante de brinquedos de Nova York, fundada em 1970, que viu a oportunidade de expandir seus negócios através dos jogos eletrônicos. Era uma jogada esperta, afinal o Nintendinho dava mostras de se tornar a grande sensação do verão americano, pois todos os garotos queriam se divertir com jogos como Super Mario Bros. e Ballon Fight. Os executivos da companhia decidiram que a melhor forma de conquistar uma fatia desse mercado seria apostar em jogos licenciados, afinal quem não iria querer comprar o game oficial de algum filme bem sucedido?

Jogos licenciados é a aposta da época

O fracasso do jogo do E.T era visto como um ponto fora da curva. Afinal, jogos como AlienAttack of the Killer Tomatoes e Back to the Future conquistaram seu espaço. Assim, em 1987 a JLN licenciou o game oficial do megasucesso The Karate Kid, que, apesar da qualidade questionável, rendeu resultados animadores suficientes para que a empresa lançasse no mesmo ano o infame Jaws e (um ano depois) o Major League Baseball, um dos primeiros games esportivos a ser licenciado. O próximo projeto da agenda seria Friday the 13th, que ficaria a cargo da Atlus, já que a parceria entre as duas empresas parecia perfeita.

Era fácil apostar em Sexta-Feira 13 como um filme a ser transportado para o universo dos games, afinal a franquia já contava com sete filmes em 1988, sendo que a série tinha começado apenas há oito anos. Sim, eram sete filmes do Jason em um espaço de oito anos (eram tempos difíceis para os amantes do terror). De qualquer forma, o game já estava prestes a chegar às lojas e a LJN esperava conquistar mais um êxito com o lançamento.

Tal como nas películas, Friday the 13th coloca um grupo de jovens incautos no acampamento Crystal Lake. O que eles não sabem é que o assassino Jason Vorhees está à espreita e sedento por sangue. Cabe ao jogador derrotar Jason e restabelecer os dias de paz em Crystal Lake. Para isso, o jogador deve entrar pelas matas, desafiando lobos, morcegos e zumbis. Além disso, é necessário derrotar o perigoso stalker, impedindo que ele faça vítimas entre seus colegas de acampamento.

Um game repleto de problemas

Ainda que o enredo não seja nenhuma maravilha, ele está de acordo com o que se pode esperar de um produto derivado deSexta-Feira 13. Os problemas começam mesmo quando a jogatina começa pra valer e o jogador se dá conta que a jogabilidade é terrivelmente mal desenvolvida, tornando a tarefa de derrotar morcegos especialmente árdua. As coisas pioram ao passo que o game te obriga a salvar seus companheiros de acampamento de tempos em tempos.

O game é do gênero plataforma de ação e a mecânica se baseia em fugir de Jason e esconder-se de tempos em tempos. O grande problema é que Jason aparece com bastante freqüência para matar o jogador e é quase impossível escapar, já que os personagens muitas vezes são incapazes de realizar tarefas simples como correr ou pular.  Quando você consegue entrar em uma caverna ou cabine para se esconder as coisas não ficam melhores, já que qualquer corvo pode matar o jogador com relativa facilidade.

Para garantir a sobrevivência, torna-se primordial fazer upgrades nas armas. Porém isso não garante êxito nas lutas, já que o combate é bem desequilibrado com adversários claramente mais fortes e rápidos. O objetivo do game é sobreviver durante três dias e três noites enquanto tenta dar cabo de Jason. Alem disso, de tempos em tempos o jogador deve sair em disparada para salvar um dos colegas de acampamento que são atacados por Jason. Caso não se chegue a tempo, Jason mata o companheiro, o que gera uma insatisfação recorrente. E nas raras vezes que você consegue encontrar seus companheiros o combate demonstra-se bem desequilibrado, pois Jason se move tão rápido quanto um maratonista, já o personagem do jogador é lento feito uma lesma com ressaca.

Dificuldade exarcebada não é o único problema

Não bastasse a dificuldade massacrante,Friday The 13th ainda conta com uma trilha sonora pouco inspirada, apoiando-se totalmente nos filmes, porém com uma qualidade sonora muito ruim, mesmo para os padrões do NES. A trilha sonora é bem repetitiva, capaz de causar dor de cabeça nos jogadores com poucos minutos de jogo. O ponto mais criticado em geral, todavia, é sobre o gameplay frustrante mesmo, já que o jogador parece não ter uma chance real de ser bem sucedido na aventura.

Ah, e os desenvolvedores parecem não ter tido qualquer apego pela mitologia da franquia, ou sequer visto os filmes, visto que Jason sabe nadar. É de conhecimento público e notório que o infame assassino tem medo de água. A intenção que se tem é de que dar a Jason esta habilidade foi descaradamente prejudicar o jogador, mesmo que para isso jogassem fora toda e qualquer coerência.

Outro ponto bastante criticado é que o mapa do jogo é visto de cima para baixo, porém a jogabilidade em si é em 2D sidescrolling, tornando a navegação pelo mapa extremamente confusa. Salvar seus companheiros de acampamento fica ainda mais difícil se você nem sabe pra onde ir. Os produtores ainda incluiriam um plus no game a fim de torná-lo revolucionário, mas que se provaram uma grande porcaria: seções em 3D.

Em algumas cabanas, a jogabilidade passa para um esquema 3D, porém a tecnologia na época era péssima, tornando os controles um instrumento de tortura e proporcionando lags aos montes. Com tantos problemas fica fácil entender porque Friday The 13th é considerado um dos piores jogos de todos os tempos.

O legado de um game ruim

Em uma edição de 1997, os autores da consagrada Nintendo Power, ranquearamFriday the 13th na posição de número seis em sua lista dos piores games jamais produzidos. Apesar de todo o massacre por parte da mídia, o título até que vendeu bem, abrindo caminho para que a LJN lançasse outras pérolas licenciadas como A Nightmare on Elm Street. Sim, os desenvolvedores não se contentaram em estragar um ícone do terror, tinham de humilhar o Freddy Krueger também. Mas essa é uma história para outro dia.