Change the Game – Evento da Google Play dá espaço para que mulheres ingressarem na indústria de games

O Dia Internacional das Mulheres passou, porém vale mencionar qualquer ação que vise empoderar nossas jogadoras, independente da data, certo? Pois bem, o desafio Change the Game, liderado pela Maia Mau, head de marketing do Google Play, conseguiu reunir mais de 3 mil inscrições de meninas que aspiram entrar no mercado de desenvolvimento profissional. O objetivo era guiar as garotas para a produção de jogos mobile e dar mais visibilidade às gamers brasileiras.

De acordo com a Google Play, muitas garotas tiveram voz para falar das dificuldades em ser uma gamer girl no Brasil. A partir daí, coletou-se e analisou-se os dados do mercado para entender como seria possível fugir de estereótipos nesse universo. Além disso, os organizadores trabalharam no sentido de incentivar jovens mulheres a entrar no universo dos games também como desenvolvedoras.

Um dado interessante é que quase 60% dos gamers brasileiros são mulheres, mas sua participação no mercado de trabalho é bastante ínfima. Apenas 18% dos estudantes do curso de engenharia ou ciências da computação são mulheres. O que justificaria essa disparidade?

No mundo dos jogadores, há uma divisão entre os casual gamers — o principal grupo, com um maior número de jogadores — e os hardcore gamers, uma turma menor, mas não menos importante para indústria. No Brasil, as mulheres são maioria entre os casual gamers. E elas não jogam pouco: em média, 3 vezes por semana, em sessões de até 3 horas. Outra curiosidade nesse perfil é que 4 em cada 10 admitem que games são sua forma preferida de entretenimento, ainda que prefiram baixar jogos gratuitos.

Primeiro país depois dos EUA a receber o programa, o Change the Game por aqui teve alta procura: foram mais de 3 mil inscrições de garotas de 15 a 21 anos, estudantes de escolas públicas ou privadas. As inscritas foram avaliadas por um grupo de dez mulheres, de dentro e de fora da área de desenvolvimento de games. Duas delas saíram vencedoras — uma de escola pública e outra de instituição privada — e ambas tiveram seus jogos lançados no Google Play em fevereiro.

O concurso também possibilitou que as duas ganhadoras passassem uma semana de colaboração na Tapps Games, empresa parceira do Google e uma das maiores desenvolvedoras de games do Brasil. O Change the Game forneceu ainda outras 800 bolsas de estudo online para garotas com desejo de mergulhar no mundo das desenvolvedoras — e ainda disponibiliza no site uma série de vídeos-tutoriais para quem tem o sonho de fazer um game do zero. Tudo para incentivar e apoiar a representatividade feminina no mundo dos jogos para celular.

KOHQ – Spcine abre 2ª edição de concurso de games inspirados em HQ

A relação entre videogames e quadrinhos já é bastante antiga e rendeu produtos memoráveis, tais como Tomb Raider, Comix Zone e Injustice. Talvez pensando em como games e quadrinhos combinam, a Spcine abriu o edital para o KOHQ, um concurso que desafia os desenvolvedores a criar games mobile a partir de uma história em quadrinho. Esta é a segunda edição do evento e as inscrições já estão abertas.

Para participar do KOQH você deve se inscrever rapidamente, pois a primeira seletiva termina amanhã (5 de setembro) e é voltada apenas para quadrinistas. De acordo com a Spcine, neste ano tem duas novidades: os donos dos direitos dos quadrinhos podem ser de qualquer parte do Brasil; e os dois primeiros colocados recebem o mesmo prêmio.

Na edição de 2017, as vagas eram reservadas apenas para quem residia em São Paulo. O objetivo é dar as mesmas chances para todos e contemplar criadores de todo o Brasil. Sobre a premiação: os dois primeiros colocados levam o valor de R$ 80 mil cada. O detalhe é que os estúdios de games continuam precisando estar sediados na capital paulistana por ao menos três meses.

Os vencedores terão cinco meses para produzir o game. O lançamento oficial será durante a Comic Con de 2019. O estúdio Webcore foi o vencedor da primeira edição do KOHQ. A equipe desenvolveu o game mobile baseado na HQ Timo, de Raul Aguiar.

A expectativa é que o edital atraia desenvolvedores talentosos, capazes de dar novo formato para quadrinhos nacionais. Quem sabe até expandindo o público que lê os quadrinhos vencedores. Não deixe de acompanhar o site da Spcine.

Abaixo você confere as etapas do concurso KOHQ da Spcine:

 

– 22/8 a 5/9: Inscrição dos Quadrinistas

– 10/9 a 25/10: Inscrição dos Estúdios de Games

– 29/10: Anúncio dos quatro finalistas

– 5/11 a 5/12: Produção dos Protótipos Finalistas

– 5 a 10/12: Divulgação dos protótipos finalistas no estande da Spcine na CCXP 2018

– 19/12: Anúncio dos vencedores

– Jun/2019: Entrega dos game mobiles

Flux Game Studio produz jogo inspirado na animação do pinguim Oswaldo e vence o edital da Spcine

No mês de junho saiu o resultado do edital Batalha Animada da Spcine, que tinha como objetivo desenvolver um jogo para celular a partir de uma animação nacional. A concorrência foi pesada e rendeu alguns jogos realmente interessantes. Quem se saiu bem mesmo foi o pessoal da Flux Game Studio que apostou no carisma do pinguim Oswaldo, uma animação criada pela produtora Birdo Studio que narra a história de um pinguim que foi achado e criado como gente por um casal carioca.

O game da Flux vai mostrar as desventuras de Oswaldo ao iniciar o 6º ano do colégio. Tal como na animação, o game terá muitas referências da cultura nerd e geek dos anos 80-90. De acordo com os desenvolvedores, o jogo será baseado em uma brincadeira de rua, transpondo suas mecânicas icônicas para o celular.

Nas duas etapas de seleção do edital, a Flux Game Studio esteve na primeira colocação entre todos os participantes e, para o segundo semestre a produtora promete lançar a versão final do projeto em parceria com a Birdo Studio. O orçamento do jogo foi garantido com o prêmio conquistado no Spcine: R$ 80 mil. A expectativa é lançar o jogo até o mês de outubro para Android e iOS.