A pandemia de covid-19 basicamente obrigou os grandes eventos a se adaptarem ao ambiente virtual, inclusive as grandes feiras de jogos eletrônicos, tais como a Brasil Game Show e a E3. Pois bem, com a chegada da variante ômicron, por exemplo, cogitou-se a possibilidade de voltarmos a fazer isolamento social rígido e, em meio a tantas incertezas, começou-se a imaginar como adaptar as experiências de fim de ano para o mundo virtual.
Para o consultor empresarial e especialista em marketing de experiência, Marvin Akbari, a digitalização é um processo inevitável. Logo, os últimos dois anos foram uma espécie de catalisador para uma tendência já pré-estabelecida.
“Apesar dos eventos presenciais estarem voltando, temos a chance de dar mais amplitude de alcance de tudo que é presencial através do virtual. O digital nunca vai suprir a profundidade emocional que pode atingir o presencial, desenhado para envolver os 5 sentidos e, por outro lado, o presencial não consegue chegar na amplitude que o digital alcança”, explica.
Para Akbari, a melhor forma de criar eventos marcantes é utilizar o que o presencial e o virtual tem de melhor. “Para promover uma boa experiência no virtual, pense em cada detalhe. Desde o convite digital da pessoa, que pode ser acompanhado por um vídeo teaser para gerar desejo em participar do evento, até como é transmitida esta experiência”, pontua.
Nos eventos virtuais, o sentido mais relevante é o visual. Por isso, Marvin defende que a identidade visual deve ser estrategicamente pensada. “No digital é mais fácil atrair o desejo das pessoas pelo conteúdo, então palestrantes e tópicos que chamem a atenção e interesse do seu público alvo são o coração do projeto. Ao mesmo tempo, a experiência em volta disso é o que estabelece o posicionamento do padrão de trabalho que você quer transmitir”.
Um outro ponto a ser considerado é o esforço para evitar qualquer problema de transmissão como qualidade do som e da imagem, ruídos de conexão e a estabilidade da rede. “Fazer um evento virtual de excelência é algo que envolve um conhecimento técnico importante para poder prevenir todos os erros e imprevistos que podem aparecer, então sugiro se apoiar em uma equipe especializada”, aconselha Marvin Akbari.
Por fim, o especialista acredita que mesmo eventos digitais podem ter uma surpresa presencial. “Caso o número dos convidados da transmissão seja reduzido, é possível também enviar um kit personalizado para a casa de cada convidado para poder fazer uma experiência online com um chef, sommelier, mixologista ou qualquer tipo de experiência que funcione neste formato, combinando o online com algo presencial que faça o convidado interagir”, opina.