E se… a Microsoft tivesse comprado a Nintendo em 2004

Em 2004, a Microsoft era a líder incontestável do mercado de softwares para computadores, mas estava lutando para estabelecer uma posição no mercado de consoles de jogos. Por outro lado, a Nintendo era uma empresa de consoles de jogos bastante estabelecida, mas estava lutando para manter sua posição no mercado, com sua mais recente oferta, o GameCube, perdendo para o PlayStation 2 da Sony. É nesse ínterim que ganhava força um boato de que a Nintendo seguiria o caminho da SEGA, ou seja, acabaria produzindo jogos para todas as plataformas e abandonaria a produção de consoles.

Assim, imaginamos como seria o cenário caso o destino da Nintendo tivesse sido sua total assimilação pela Microsoft, que não poupava recursos financeiros para desfiar a hegemonia da Sony. Em primeiro lugar, é importante pontuar que a compra da Nintendo pela Microsoft seria um evento histórico que mudaria completamente o cenário do mercado de videogames.

Benefícios

Uma das principais vantagens da aquisição seria o acesso da Microsoft ao vasto catálogo de jogos da Nintendo. Isso permitiria à empresa de Bill Gates oferecer aos jogadores uma gama muito mais ampla de títulos exclusivos em suas plataformas, o que poderia impulsionar as vendas do Xbox e do Windows.

É notável que a Nintendo sempre foi uma empresa voltada para jogos exclusivos para seus próprios consoles. A Microsoft, por outro lado, sempre teve uma abordagem mais aberta, oferecendo seus jogos em várias plataformas, incluindo consoles concorrentes. Se a aquisição tivesse ocorrido, a Nintendo provavelmente teria se tornado mais aberta a disponibilizar seus jogos em outras plataformas.

Além disso, a Microsoft é conhecida por ter uma forte presença no mundo dos jogos online. Se a empresa tivesse comprado a Nintendo em 2004, é provável que a Nintendo tivesse entrado no mundo dos jogos online muito mais cedo do que o fez. Talvez a Nintendo tivesse se tornado uma das principais empresas de jogos online, em vez de estar sempre um passo atrás de seus concorrentes.

Outro benefício seria a entrada da Microsoft no mercado de consoles portáteis, que era dominado pela Nintendo com o Game Boy e o Nintendo DS. Com a aquisição, a Microsoft poderia competir diretamente com a Sony, que havia lançado recentemente o PlayStation Portable. Outra mudança significativa que a aquisição teria trazido é o hardware da Nintendo. A Microsoft teria recursos e conhecimentos para desenvolver hardware muito mais avançado do que a Nintendo poderia ter feito sozinha. É possível que a Microsoft tivesse lançado um novo console Nintendo com recursos de ponta muito mais cedo do que a própria Nintendo.

 

As coisas poderiam não ser tão boas assim…

No entanto, essa aquisição não teria sido fácil ou barata. A Nintendo era uma empresa estabelecida e muito bem-sucedida, com marcas e personagens icônicos como Mario, Zelda e Pokémon, que eram extremamente populares em todo o mundo. A Microsoft teria que desembolsar uma quantia considerável de dinheiro para adquirir esses ativos valiosos. Além do elevado custo, a aquisição também teria outras desvantagens. A cultura empresarial da Nintendo, por exemplo, é muito diferente da Microsoft, e a fusão das duas empresas poderia resultar em conflitos de gestão e na perda da essência da Nintendo, que valoriza muito a inovação e a criatividade.

Outra preocupação seria a possibilidade de a Microsoft priorizar seus próprios jogos em detrimento dos títulos da Nintendo, o que poderia afetar negativamente a qualidade e o sucesso dos jogos da empresa japonesa. Além disso, a Microsoft poderia ser vista como uma empresa invasora, o que poderia afetar sua imagem entre os fãs da Nintendo.

Além disso, o mundo jamais teria testemunhado o lançamento de plataformas inovadoras como o Nintendo Wii ou o Switch tal como conhecemos. Também é muito provável que a Microsoft tivesse tentado integrar a Nintendo em sua própria marca Xbox, o que significa que a marca Nintendo poderia ter desaparecido completamente, para tristeza dos fãs da Big N. A empresa japonesa tem uma forte identidade de marca e cultura que poderia ter sido perdida sob a gestão da Microsoft.

Outra mudança que a aquisição teria trazido seria a biblioteca de jogos da Nintendo. A Microsoft provavelmente teria mudado a direção de muitos dos jogos da Nintendo, talvez eliminando franquias populares em favor de jogos mais voltados para a ação. Por outro lado, a Microsoft também poderia ter investido em franquias menos populares da Nintendo, dando a esses jogos uma nova vida e uma nova base de fãs.

Uma aquisição também poderia ter levantado questões antitruste, já que a Microsoft já tinha uma posição dominante no mercado de software e a compra da Nintendo poderia ter levantado preocupações sobre monopólio no mercado de consoles de jogos. Observem que a recente compra da Activision tem causando bastante desgaste para os executivos da Microsoft.

Conclusão

No final, é difícil dizer se uma aquisição da Nintendo pela Microsoft teria sido uma jogada brilhante ou um fracasso total. Mas o que é certo é que a aquisição teria mudado significativamente o cenário dos consoles de jogos, e poderia ter tido um impacto significativo no que jogamos hoje. Além disso, teríamos visto mudanças significativas na forma como a Nintendo operava, bem como na biblioteca de jogos que oferecia.

E Se… Silent Hill voltasse?

Desde meados de 2020 a comunidade gamer se depara com um novo rumor sobre a volta da franquia Silent Hill. Em março de 2020, a IGN Brasil noticiou a possibilidade de um “reboot” de Silent Hill. O retorno da série se daria com uma possível reunião de Masahiro Ito (designer de criaturas dos quatro primeiros jogos), Keiichiro Toyama (diretor e roteirista do Silent Hill de 1999) e Akira Yamaoka (compositor de grande parte da franquia). Além de um soft reboot, os desenvolvedores estariam ressuscitando o natimorto Silent Hills. Para aquecer ainda mais os boatos, uma conta oficial e verificada de Silent Hill foi criada no Twitter, em julho de 2020.

Pois bem, entra ano, sai ano e as promessas de um novo Silent Hill ficam para o vento. Mas não custa nada conjecturar: e se a Konami trouxesse mesmo a franquia de volta? O que gostaríamos de ver? Como o jogo seria?

 

KONAMI FARIA POR AMOR, NÃO POR DINHEIRO (AH TÁ)

Silent Hill não tem o potencial de vender horrores depois de tantos anos ausente. E ninguém vai querer microtransações para resolver puzzles!

Antes de responder as outras perguntas, é necessário primeiro investigar se há público para que a Konami decida investir em um novo jogo. Como sabemos, a franquia nunca foi uma super campeã de vendas quando comparada com outras franquias de terror. Estima-se que todos os jogos da franquia venderam juntos cerca de 9 milhões de unidades. Para se ter ideia, apenas Resident Evil 7 vendeu 10 milhões de cópias mundialmente.

Deste modo, é certo afirmar que na hipótese de a Konami estar preparando um novo jogo, seus acionistas e diretores estão cientes que a “salvação” da Konami não se daria através de um Silent Hill. Não sabemos qual a situação financeira da empresa, mas nos últimos anos a empresa sofreu perdas consecutivas de receita. Os investimentos na área de games certamente tem alguma relação. Ainda assim, a venda de cartas de Yu-Gi-OH e as máquinas pachinko parecem estar segurando as pontas.

Assim, vamos imaginar que a empresa estivesse interessada em fazer um novo Silent Hill para satisfazer os fãs ao invés de encher os cofres da empresa. Vale lembrar que apesar de ter uma legião de fãs fiéis, mesmo a saga Silent Hill não demonstra ser capaz de vender mais de cinco milhões de unidades nos dias de hoje. Em nossa análise não há hipótese do estúdio trazer a franquia de volta esperando que um caminhão de dinheiro estacionaria na porta da empresa após o lançamento.

 

Uma história totalmente nova

Se for pra voltar a cidade enevoada, que seja com sapatos novos.

Agora que estabelecemos que a Konami reuniria seus produtores para um último game Silent Hill, vamos conjecturar como ele seria. A primeira coisa é que os jogos antigos devem ficar no passado. A história mostra que os fãs de Silent Hill tendem a se interessar mais por histórias inexploradas, tal como foi a transição de Silent Hill 1 para o 2, ou do 3 para o 4. Quando a Konami pensou Silent Hill 2 como a antagonista do jogo, ao invés de voltar para as histórias de seitas e demônios que permearam o primeiro jogo, abriu-se um leque de possibilidades. Assim,não haveria estranhamento para a introdução de uma história nova com um personagem totalmente novo.

A trama de Alessa, James, Heather ou mesmo de Henry são interessantes e boas o bastante, mas francamente? Um novo Silent Hill deve ter uma história nova, personagens novos, ambientes novos etc. Isso não quer dizer que não se pode utilizar easter eggs, mas para o bem do próprio jogo,seria mais saudável que ele andasse com suas próprias pernas ao invés de se apoiar no que foi feito no passado.

 

Esqueçam Kojima e o P.T

Os fãs de Kojima não estão prontos para isso, mas vou dizer: Silent Hills não volta.

Sim, eu sei. Todos queríamos ter a possibilidade de pôr as mãos em P.T, aquele formidável teaser jogável produzido por Hideo Kojima. O que digo é que Silent Hills ficou em 2014. Já faz sete anos que o título foi cancelado. Não creio ser possível retomar o projeto de maneira satisfatória. Kojima e o próprio P.T são páginas passadas. Talvez um novo projeto possa sim se inspirar nas ideias trazidas da época e em elementos do terror fantasmagórico vivenciado na casa.

Mas esperar apenas pela finalização daquele projeto é pedir pouco. A Konami não pode ter medo de ousar com essa franquia. Seu principal concorrente mostrou que não é necessário temer fugir as próprias raízes. Um Silent Hill totalmente em primeira pessoa pode sim funcionar, uma vez que pode inserir o jogador em uma experiência de terror totalmente pessoal.

 

Menos enfermeiras, por favor

Se fosse um jogo do Mario você esperaria ver o Mario, certro? O game chama-se Silent Hill, não “Nurses from Silent Hill”

Quando você pensa em Silent Hill é fatal que vá imaginar o Pyramid Head, cães raivosos em carne viva, enfermeiras e a neblina onipresente. Pois bem, com exceção da neblina, nenhum outro elemento é indispensável. Todos adoramos o Pyramid Head, mas ele só faz sentidono segundo game mesmo, uma vez que ele personifica angústias do personagem. O mesmo pode ser dito das enfermeiras ou dos manequins. Um jogo novo não precisa desse fan service descarado. Vejam que Silent Hill 4 trouxe toda uma gama de novos monstros e de longe foi o que teve as criaturas mais assustadoras da franquia, mesmo tendo suas próprias enfermeiras…

 

Um único estúdio para a todos governar

Que tal um pouco da loucura da Remedy?

Desde a dissolução do Team Silent a Konami colocou diversos estúdios para produzir Silent Hill. Apesar de cada um ter suas próprias qualidades ficou evidente que faltou um elo de encaixe nos jogos. Tal elo é o que se chama entrosamento no futebol. Para que a franquia volte aos tempos de glória, faz-se necessário que um único estúdio concentre as diferentes produções por vir. Os filmes da Marvel funcionam bem como universo compartilhado justamente porque falam a mesma língua, são geridos pelo mesmo grupo de pessoas. Assim, entendemos que Silent Hill só terá relevância novamente como franquia se os próximos jogos tiverem elementos em comuns, pequenas pinceladas que só podem ser dadas se o artista for o mesmo sempre.

E aí fica a sugestão: caso não for possível trazer o Team Silent de volta, quem sabe um convite para a Remedy não cairia bem? Afinal, esses caras já mostraram eficiência para elementos de terror e suspense.

 

Silent Hill é mais sobre melancolia, não ação

O infame Book of Memories de PSVita. Não é de todo ruim, mas não tem nada a ver com Silent Hill.
O infame Book of Memories de PSVita. Não é de todo ruim, mas não tem nada a ver com Silent Hill.

Por fim, a Konami certamente já caiu na tentação de usar mecânicas de outros estilos em Silent Hill. Vejam que Silent Hill já teve game em point and click, visual novel e até dungeon crawler. O fiasco desses games se dá por uma razão bem simples: o público que consome Silent Hill de verdade não está interessado na ação em si, mas sim na trama, na melancolia, no que está por vir a cada chiada de rádio. As mecânicas podem ser elaboradas, mas jamais pensadas que Silent Hill deve rivalizar com o próximo Call of Duty. O público aqui quer sentir medo, não sentir-se como Rambo numa cidade enevoada. O segredo do sucesso é simples: coloque uma história triste, um personagem quebrado, canções melancólicas, um pouco de piano e pronto!

E se… a Nintendo não fabricasse mais consoles?

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Por décadas a Nintendo tem sido sinônimo de videogames e sua importância na indústria é muito maior do que a de suas concorrentes Sony e Microsoft, ainda que muitos discordem. Personagens como Link, Samus, Pokémons e Kirby são altamente reconhecidos mesmo entre as pessoas que não são fãs de videogames. Poxa, não existe um ícone maior na história dos videogames do que o Mario!

Aceitemos o fato, mesmo que nem todos sejamos nintendistas, é fato que a Nintendo moldou a indústria de videogames como a conhecemos hoje. Pense em quantas não foram as contribuições da empresa para o público gamer. Desde alavancas analógicas até controles sensíveis ao movimento ou jogar com canetas: foi tudo por causa desses japoneses. Nós devemos muito para a Nintendo.

Hoje em dia a empresa não está na melhor das situações: o Wii U amargou um ano péssimo nas vendas e os concorrentes estão prestes a lançar suas plataformas (que acreditam os analistas, irão superar com folga o console da Big N). Tal cenário nos remete ao ano de 2002-2003 quando a Nintendo estava numa situação muito precária com seu GameCube, sem qualquer assistência de 3rd Parties para alavancar as vendas do console. Naqueles anos especulavam-se muito nos bastidores que a Nintendo estava seguindo o trágico caminho da SEGA, ou seja, deixaria de fabricar consoles para se dedicar exclusivamente em criar jogos.

Obviamente tal hipótese está longe de acontecer, certo? CERTO? Mas ainda assim vamos especular como a indústria de jogos eletrônicos e os jogadores reagiriam em um cenário que a Nintendo deixasse de existir.

Vamos conjecturar nessa viagem digna de chá de cogumelos:

Os game designers iriam para outras empresas

 

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Ora, de todos os cenários possíveis este é o mais óbvio. Afinal, caras como Shigeru Miyamoto, Yoshiaki Koizum, Eiji Aonuma e Katsuya Eguchi não ficariam desempregados nem se quisessem. Empresas como Sony, Microsoft, Square-Enix (ou quem sabe a Apple?) pagariam rios de dinheiro se pudessem contar com esses talentos em seus times de criação. Então mesmo que esses caras não trabalhassem mais com Mario ou Zelda, é certo que eles criariam coisas de qualidade em outras empresas. Imaginem como Fable ficaria melhor sob a direção de Aonuma ou como Sonic seria com os (caros) serviços de consultoria de Miyamoto?

Neste cenário perderíamos a Nintendo, mas as produtoras de games concorrentes ganhariam muito talento.

O fim dos jogos plataforma como conhecemos

Hoje em dia o gênero de jogos plataforma vive sob a sombra gigantesca de Mario. Outros games até têm seu espaço como Sonic, Rayman e Kirby, mas se existe uma franquia que movimentou e ainda movimenta este gênero é Super Mario.

Num cenário em que a franquia simplesmente deixasse de existir, fica claro que o gênero iria perder a força que tem. Iria perder tão rápido a força que em dois ou três anos ninguém mais iria investir em jogos plataformas. Talvez um ou outro desenvolvedor tentasse alguma coisa, mas iria cair em descrédito rapidamente e amargaria vendagens pífias. Goste ou não, Mario ainda é a grande fonte de inspiração de quem se mete em jogos do gênero.

Sony perde sua “fonte de criatividade”

sony-vs-nintendoAqui vai nosso tópico mais polêmico. A Nintendo introduziu o Wii Mote + Nunchuck e logo a Sony lançou o kit PS Move. A Nintendo criou o controle do SNES e em seguida vimos como o controle original do Playstation era parecido. Depois a Nintendo colocou uma alavanca analógica no controle do N64, a Sony colocou duas no joystick do Playstation. O Nintendo 64 tinha entrada para 4 controles, então veio o adaptador Multitap do Playstation 2. Playstation All-Stars Battle Royale é nada menos que uma cópia de Super Smash Bros. E por aí vai…

Sim, é verdade que a Nintendo não inventou todas essas coisas. A alavanca analógica, por exemplo, já existia na era do Atari 5200, por exemplo. Mas foi a Nintendo que popularizou cada um dos itens acima graças a um cuidado para garantir a qualidade muito maior do que os reais inventores originais. Após a Nintendo mostrar que as ideias podem dar certo, a Sony invariavelmente lança produtos semelhantes ou soluções que supram a deficiência de seus hardwares, a fim de torná-los mais competitivos com os produtos Nintendo. O próprio Gamepad do Wii U nem é tão inovador assim, mas nenhuma outra empresa teria a audácia de transformar um “tablet” no controle de seu videogame de mesa.

Num cenário em que uma empresa “corajosa” como a Nintendo deixe de existir, é possível que a Sony não se arriscasse tanto. O resultado disso é óbvio: a indústria dos videogames seguiria um caminho de previsibilidade irritante. Faltaria aquela companhia a investir pesado e tentar algo diferente do que já foi feito. Poderíamos dizer adeus à inovação e nos acostumarmos a jogar videogames somente da forma tradicional. Talvez a Microsoft tentasse coisas novas (lembra-se do illumiroom?), mas a Microsoft jamais conseguiria preencher o espaço de empresa inovadora que a Nintendo preenche na cabeça dos jogadores.

Tudo fica odiosamente online

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Na geração 128 bits, o Xbox já tinha a Xbox Live e a Sony já bolava sua rede online. Em contrapartida a Nintendo era cabeça dura: “nada de online para nós”, era a filosofia da empresa. Mas daí veio a sexta geração de videogames e a companhia teve de se render ao mundo online. Porém, mesmo hoje o Wii U e o 3DS não oferecem um serviço de rede online pomposo como o da Microsoft e da Sony. Porque será? Ao passo em que a PS Plus e a Live oferecem games gratuitos, tal ação não acontece na E-Shop.

Mesmo que a Nintendo tentasse nadar contra a corrente, não há muito que se fazer neste aspecto, o futuro é estar conectado. Se imaginarmos que a Nintendo sempre foi meio arredia com a jogatina online e ela deixasse de existir de repente, imaginamos que seria a chance que a Microsoft e a Sony esperavam para enfim aplicar medidas DRM ferrenhas. Não que a Nintendo não tenha quaisquer medidas para combater a pirataria (sabiam que a empresa pode brickar um 3DS por qualquer motivo?), mas a BIG N sempre foi um pouco menos obcecada do que as concorrentes.

Imaginem se por acaso a Sony seguisse os passos da Microsoft e o Playstation 4 tivesse várias restrições como o Xbox One teria quando foi anunciado? Certamente os jogadores que se sentissem abusados teriam de ir para o lado da Nintendo se quisessem jogar sem grandes preocupações. Imagino que a Sony não seguiu a maré não porque não quisesse, mas porque a comunidade de jogadores foi muito clara em dizer que NÃO queria tanta frescura para jogar e trocar seus jogos, além disso, tinha a Nintendo ali do lado, né? Seria como entregar a geração na mão da concorrência…

Sem a Nintendo, talvez a Sony não se preocupasse tanto com a reação dos jogadores e assim o futuro dos jogos eletrônicos se resumisse a medidas rígidas contra a pirataria e todos os consoles fossem totalmente online…

Big N torna-se 3rd party e faz rios de dinheiro vendendo Zelda em HD

zelda-wii-uOutro cenário mais amistoso é o da Nintendo continuar a existir, mas apenas como uma empresa 3rd party, assim como a SEGA. Ou seja, dedicar seus recursos financeiros apenas na criação de excelentes jogos, mantendo uma boa parte do seu quadro de funcionários. Se anos atrás seria impensável ver Sonic em uma plataforma Nintendo, imagine o absurdo ver Super Mario Bros. no meio da coleção de um jogador de Playstation, ali dividindo espaço com algum título God of War ou Halo? No mínimo seria bizarro.

Mas nem tudo seria ruim nesse cenário: os jogos da Nintendo são de uma qualidade inegável, não por menos muitos a consideram a melhor produtora de jogos do mundo. Imaginem como seria massa ter um Legend of Zelda em HD correndo a 4K no Xbox One? Como se não bastasse, a Nintendo (mais do que a concorrência) é dona de franquias que vendem efetivamente consoles. Imagine só o quanto a Sony não pagaria para que a Nintendo lançasse Pokémon exclusivamente para a família Playstation? Ou quanto dinheiro a Microsoft não estaria disposta a pagar por um Zelda exclusivo?

Ou a Nintendo poderia recusar a oferta de lançar jogos exclusivos e lançar suas obras primas para as duas plataformas, garantindo o dinheiro de uma base muito grande de jogadores. Com certeza não faltariam compradores para Animal Crossing, Donkey Kong Country, Kirby, Metroid ou Star Fox. Ora, vejam vocês, na hora de escolher um console portátil eu escolhi o 3DS justamente porque não haveria a menor possibilidade de jogar Zelda no PS Vita. E olha que o portátil da Sony é mais poderoso. Talvez a empresa japonesa até começasse a lançar jogos para celulares. Afinal, como dizem, gráficos não é sinônimo de qualidade…

Inicia-se um leilão pelas IPs da Nintendo

auction-hammerA Nintendo está numa situação crítica neste tópico. Sem dinheiro para pagar funcionários e suas dívidas, a solução é leiloar suas IPS, tal qual a 38 Studios está a fazer com Kingdons of Amalur. Deste modo, qualquer softhouse do mundo tem a chance de botar as mãos na franquia Mario para todo o sempre e fazer com o bigodudo o que der na telha, até mesmo um Mario FPS, ou um Mario Sandbox em que pudéssemos percorrer o Reino do Cogumelo livremente e sair aloprando os goombas como se estivéssemos em um Mario GTA (com direito a roubar os carros à lá Mario Kart) e sair zoando sem culpa.

Interessados no leilão não faltariam. A Sony adoraria ter os direitos sobre Zelda a fim de fazer um crossover com Kratos, por mais bizarro e estúpido que a ideia parecesse. Já a Microsoft investiria tudo para criar um Nintendogs Kinect ou realizar o sonho de intercalar ano após ano o lançamento de Metroid e de Halo (talvez até rolasse do Master Chief entrar numa missão com a Samus). Talvez a Rare pudesse voltar a trabalhar com Donkey Kong…

A Disney seria a mais ambiciosa: tentaria comprar toda a Nintendo para algum dia lançar um Kingdom Hearts que juntasse os personagens da Square/Disney/Nintendo. Em seguida a Disney lançaria o fabuloso jogo Mickey Mouse: Adventures in Pikmin World. Outra interessada seria a Bandai Namco, que não mediria esforços para colocar os Pokémons e Digimons em um lugar comum. Consegue imaginar a bagunça?

Ah, e pode esquecer! Nunca mais seria lançado um Smash Bros.

Miyamoto faz um jogo decente e inovador com o kinect

miya1_01_thumb2Talvez o Miyamoto não tenha curtido muito o Kinect durante a E3 2010. A expressão no rosto do lendário japonês era indecifrável. Vamos assumir que Miyamoto estava curioso com o acessório do Xbox e estivesse pensando “o que se pode fazer com isso além de jogos de dança?”. Vamos imaginar que a Microsoft nutra um sonho antigo de contar com os talentos de Miyamoto-San. Vamos imaginar que nessa realidade alternativa a Nintendo caia fora da indústria e comece a fazer uma viagem pelo mundo ao melhor estilo aposentado endinheirado. De repente ele recebe uma ligação do próximo presidente da Microsoft.

– Alô, Miyamoto?

– Arô, tudo bem?

– Miyamoto-San, venha para Redmond, trabalhe conosco, vamos lhe oferecer US$ 50 milhões por ano.

– Não estou interessado. Não vou trabalhar com a Rare e não pretendo fazer nada com Halo ou com Fable, obrigado.

– Espere, queremos que você faça alguma coisa com o Kinect, estamos ficando sem ideias e ninguém mais quer criar jogos para ele, só a Ubisoft.

– Hum. Eu queria fazer alguma coisa com o Kinect, mas tem de ser do meu jeito e só será lançado quando ficar pronto.

– Ótimo, bem vindo a Redmond.

E assim passam-se anos desde essa ligação. A indústria já até duvida que Miyamoto esteja mesmo trabalhando em algum jogo para a Microsoft. Até que chega a E3 e Miyamoto sobe ao palco para apresentar uma nova IP para o Kinect. O mundo fica assombrado com a genialidade do game designer mais uma vez. O título vende horrores e a Microsoft consegue passar o Playstation 4. Que jogo seria esse?

A empresa continua no ramo de portáteis

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Bom, se há algo em que a Nintendo nunca pisou na bola, foi no mercado de portáteis. Mesmo com hardware inferior à concorrência, a Big N e seus títulos exclusivos sempre venderam feito água. Num cenário em que o Wii U vai mal das pernas e o 3DS segura as pontas da Nintendo não é absurdo pensar que a empresa resolvesse focar apenas no mercado de portáteis. Mas e aí o que aconteceria com os jogos da empresa?

Um caminho é que tudo e qualquer produto com o logo da Nintendo possa ser jogado apenas em consoles de bolso. Outro cenário é que a empresa crie jogos para consoles, mas em menor quantidade que no 3DS. Neste último cenário, a Sony e seu Vita seriam varridos completamente do mercado de portáteis, afinal a Big N teria pelo menos um grande lançamento por mês durante o ano todo. Pouca gente iria se interessar no Vita.

Chegaria um momento em que o 3DS precisaria de um upgrade, então seria lançado um novo console portátil muito mais poderoso e inventivo. O resto da história vocês já conhecem: por mais de duas décadas o mercado de portáteis é conhecido por um nome.

A Nintendo leva mais uma pra cova

O Xbox One e o Playstation 4 são muito parecidos, isto é fato. Há algumas peculiaridades, mas em geral as duas plataformas são PCs embutidas em caixas parecidas com videogames e entradas para joystick. Se você vai escolher uma dessas plataformas é tão somente porque acha mesmo que as especificações técnicas fazem diferença ou porque é muito fã de algum título exclusivo em específico. Pois com relação a jogos 3rd party pode apostar que as duas plataformas oferecerão os mesmos jogos.

Num cenário sem Nintendo, veríamos uma guerra de consoles em que as duas empresas concorrentes estariam fazendo as mesmíssimas coisas, sem qualquer inovação, sem se preocupar muito com jogadores casuais, enfim. Chegaria um momento em que a comunidade gamer perceberia que não faz sentido ter as duas plataformas no mercado. Lembram quando Iwata disse que o Wii é a segunda opção dos jogadores e que se todos os consumidores do PS3 e do 360 tivessem o Wii como segundo sistema estaria tudo bem?

Pois então, sem a Nintendo a guerra dos videogames seria previsível e muito aborrecida ao melhor estilo guerra de trincheiras. De qualquer forma, uma das empresas iria se sobressair nas vendas e lucros, relegando a outra o esquecimento. A empresa que saísse derrotada não veria porque continuar, visto que não conseguiria entregar um próximo novo produto diferente o bastante da rival que fizesse jus a um lançamento de console. Deste modo, a indústria de videogame sofreria a iminente hegemonia de uma única empresa fabricante de consoles. Assustador?

O fim da Nintendo leva a um novo crash do mercado

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Um cenário mais assustador ainda é o fim da Nintendo gerar um crash da indústria. Seria uma ironia e tanto, visto que quem tirou a indústria de jogos eletrônicos do buraco foi justamente a Nintendo. Sem a Nintendo a indústria poderia caminhar para o mesmo crash da época pós-Atari. Como isso poderia acontecer?

Expandindo ainda mais a megalomania do cenário anterior, vimos que haveria uma única empresa fabricante de hardware. Sem concorrência e sem nada a perder a tal empresa não se importar em deixar que qualquer produtor lance seu game independente de um controle de qualidade rígido. Afinal de contas, o desenvolvedor pagaria royalties para o dono da plataforma e sempre vai ter algum “otário” para comprar o jogo por pior que ele seja. Imediatamente a plataforma estaria entupida de jogos de baixo orçamento e qualidade duvidosa.

Chegaria uma hora que os jogadores postarão em fóruns da internet: “bons eram os dias em que anunciavam um Zelda novo. Essa série nunca teve um jogo ruim”. Depois de alguns meses que a indústria estivesse cansada de ter de escolher entre o Call of Duty genérico ou o plágio do plágio de Pokémon, as pessoas simplesmente parariam de comprar jogos. Um game seria lançado e ficaria estacionada nas prateleiras. O problema é que a percepção das massas alcançaria também os jogos AAA (“afinal de contas, mesmo que Resident Evil seja melhor que esses joguinhos aí, a Capcom vai dar um jeito de me extorquir de novo”).

De um lado teríamos os jogos de baixo e médio orçamento que seriam intragáveis e do outro teríamos jogos AAA com dezenas de conteúdos DLCs ou muitas vezes sem qualquer inspiração. Além dos jogos ficarem estacionados, os consoles também ficariam parados nas lojas porque ninguém vai querer comprar um videogame que só tenha jogos parecidos e jogos ruins. E assim se formaria um crash da indústria de games.

Philips cria o CD-i 2

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Esta é uma história antiga. Em meados da década de 90 a Sony queria muito fazer um leitor de CDs para o SNES da Nintendo, mas o acordo não vingou e a Sony partiu sozinha para criar o Playstation. A Nintendo temia perder o controle sobre sua própria plataforma por causa das cláusulas de contrato que tinha com a Sony, mas a ideia de ter um leitor de CDs para o SNES parecia interessante…

Após algumas conversas, a Nintendo firmou um acordo com a Philips para o desenvolvimento do tal sistema. Porém, como a história mostrou, a Nintendo não estava disposta a criar o leitor de CDs e por isso o acordo com a Philips também não deu certo. Assim como a Sony, a Philips resolveu seguir adiante e criou o CD-i. O aparelho não chegava a ser um videogame, mas sim um reprodutor de CDs interativos. O foco era mais voltado para aplicações educacionais, música e adaptações de jogos de tabuleiro. Entretanto o CD-i tinha um controle, uma clara tentativa de transformar o aparelho em um videogame competitivo.

Por causa do contrato que havia sido firmado com a Nintendo, a Philips tinha direito a utilizar personagens Nintendo enquanto o contrato estivesse em vigor, mesmo que o tal leitor não tivesse saído do papel. Assim, a Philips desenvolveu e lançou games licenciados da Nintendo como Hotel Mario, Zelda: Link: The Faces of Evil, Zelda: The Wand of Gamelon e Zelda’s Adventure. Apesar da qualidade questionável, esses títulos são lembrados por vários jogadores (nem todos com bons olhos).

Imaginem um cenário em que a Philips ainda estivesse interessada no mercado de jogos e subitamente a Nintendo deixa de existir. De repente os executivos da Philips compram as IPs da Big N e desenvolvem o CD-i 2. Um cenário dos mais improváveis.

Vita enfim deslancha no Japão

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Sem a Nintendo, a Sony finalmente tem a chance que esperava de abocanhar de vez o mercado de consoles portáteis. Mesmo que o Vita tenha poucos jogos e a qualidade deles seja duvidosa, os consumidores japoneses não teriam outro videogame para jogar o próximo Monster Hunter. Logo o console da Sony começa a explodir nas vendas e o apoio restrito que as softhouses davam ao sistema passa a ser mais efetivo.

Vários games de qualidade começam a surgir, impulsionando de vez as vendas do aparelho. Este cenário é bem plausível, mas serve para cutucar a Sony. Enquanto a Nintendo estiver por aí, dificilmente alguém vai dominar o mercado dos consoles de bolso.

Miyamoto e Aonuma criam uma nova produtora de jogos

miyaaouEiji Aonuma e Shigeru Miyamoto recusam-se a ficar parados para sempre. Mesmo sem poder utilizar os personagens de Mario e Legendo of Zelda, os dois criadores decidem continuar na indústria de jogos. Chamam alguns mais chegados da Nintendo e criam seu próprio estúdio de games para criar jogos para celulares e consoles de mesa.

Com a expertise dos game designers e a dedicação dos colaboradores, os jogos lançados mostram-se muito interessantes, arrebatando elogios da crítica especializada e o dinheiro dos jogadores. Logo as novas propriedades do estúdio Miyamoto-Aonuma vão parar em outras mídias como animes e adaptações para o cinema. Neste cenário a Nintendo deixa de existir para dar lugar a um novo e promissor estúdio cheio de gente criativa disposta a criar novas franquias. A magia não estaria totalmente perdida.

SEGA volta ao campo de batalha

Dreamcast2-TQ-600x378Disposta a manter viva a chama da inovação, a SEGA resolve que é a hora de lançar um novo videogame, pois a Sony e a Microsoft seguirão invariavelmente na mesma direção. A ideia de lançar um novo console surge numa conversa informal entre Satoru Iwata, presidente da Nintendo e Mike Hayes, presidente da divisão ocidental da SEGA, em que Iwata revela que a Nintendo está para fechar as portas. Hayes vê na conversa a chance de ocupar o lugar da antiga concorrente como a fabricante de hardwares mais voltada para jogadores casuais e recursos inovadores.

Um ano após o fim da Nintendo, a SEGA revela durante a E3 sua nova plataforma o Dreamcast 2, recheado de recursos inovadores e games interessantes. Por causa da recente proximidade da SEGA com a Nintendo (Sonic Lost Worlds é um exclusivo dos consoles Nintendo), a Big N concorda em lançar títulos exclusivos para o Dreamcast.

Logo, os antigos fãs da SEGA fazem filas para comprar o novo console, que se torna um sucesso graças ao esperado retorno de Crazy Taxi e Shenmue, que se juntam a Mario Dreamcast e Legend of Zelda no maior e melhor lineup da história dos videogames. De repente ficamos nos perguntando: porque as coisas tomarão esse rumo tão irônico???

A Nintendo leva consigo todas as suas séries

A Nintendo desaparece, mas antes de partir a empresa obriga cada um de seus colaboradores a não divulgar nada sobre o tempo que trabalharam na empresa, nem mesmo projetos secretos que seriam lançados no futuro. O motivo para tanto sigilo jamais é revelado. Cada uma das franquias da Nintendo desaparece ao mesmo tempo, no mesmo dia que a Nintendo fecha as portas. Nunca mais haveria qualquer notícia de um Pokémon novo, nem mesmo em anime!

Fãs entrariam em desespero, amaldiçoando os céus por ter deixado uma empresa tão queria sumir e levar consigo séries tão aclamadas como Mario e Donkey Kong. Em uma grande onda de comoção, a comunidade cria uma lápide simbólica na antiga sede da empresa. O fim da Nintendo vira notícia em todo o mundo, reverberando ainda mais que a morte do Michael Jackson. A cada aniversário de “morte da Big N”, os nintendistas se reúnem trajados de Link, Mario, Peach e Luigi para relembrar os anos dourados.

Em algum lugar da Europa executivos da Sony e da Microsoft brindam com champanhe.

A Nintendo volta por bem… ou por mal!

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O fim da Nintendo significa o fim de muitos paradigmas da indústria, na verdade uma parte da indústria morreria de fato. Neste cenário as coisas tomam um rumo inesperado, caótico, sanguinolento e embaraçante. Assim que Iwata anuncia durante o Iwata Ask que a Big N vai fechar as portas e nunca mais existirá qualquer game da empresa para qualquer plataforma (nem mesmo celulares), o mundo faz uma pausa dramática.

Os sites de notícias divulgam a informação incessantemente, agências como a Reuters cobrem o acontecimento como se fosse algo mais assombroso que a edição 2014 do furacão Katrina. O Jornal Nacional dedica um bloco inteiro para falar das contribuições da empresa para os jovens. Em contrapartida, sites de fofoca como o TMZ e tabloides britânicos trazem notícias como “O que Miyamoto comeu antes de Iwata dar a notícia”, ou “Confira fotos da Carlota na praia, uma das Booth Babes da Nintendo na E3 2001”. Revistas de games trazem a emblemática capa preta. Creepypastas como a do Majora’s Mask tornam-se mais populares que a novela da Globo.

Em meio a essa onda de comoção, fãs da Nintendo criam campanhas no Kickstater para trazer a empresa de volta. Porém, todo o dinheiro arrecadado é em vão. Logo os enlutados fãs da Nintendo iniciam uma onda coletiva de suicídio, o detalhe é que cada um dos suicidas comete o ato com um boné do Mario na cabeça. Outra onda nintendistas apoia a causa, mas acredita que o ato é muito extremista, preferindo organizar greves de fome através de grupos no Facebook.

A hashtag #voltabign torna-se a mais utilizada no Twitter e no Facebook, o Google e o Yahoo anunciam que a palavra “Nintendo” é a mais pesquisada da história da internet. Jovens rebeldes picham a Triforce nos muros das cidades como se fosse um novo símbolo de anarquia. A polícia bate nos manifestantes que vão até a Av. Paulista protestar contra o fim da Nintendo (nos protestos, a frase mais gritada é “It’s me, Mario”). Charles Martinet e Miyamoto dão inúmeras entrevistas na BBC e até no Fantástico para tentar acalmar os ânimos. Mas tudo é em vão.

Com a situação descambando para pior, o governo japonês não vê outra solução a não ser ressuscitar a Nintendo para garantir o futuro da nação nipônica. O governo então cria um fundo de ajuda que angaria bilhões de dólares que são doados para a Nintendo. Deste modo, a Big N retorna à ativa e a indústria segue firme e forte. Os protestos, vandalismos e suicídios cessam imediatamente.

E vocês achavam que a Nintendo não estava com nada?