Kriaturaz – Jogo de ação coloca jogador para explorar o folclore brasileiro

O destaque do dia é para um game inspirado em The Legend of Zelda e na mitologia do folclore brasileiro. Trata-se de Kriaturaz: Guardian of Legends, um game produzido pelo estúdio Messier Data & Creative, de São Paulo. Aqui você controla o jovem Raoni, um garoto que tem a missão de libertar os seres mitológicas do Brasil, que foram enfeitiçadas pela poderosa feiticeira Cuca.

Ao longo da aventura você irá encontrar com os seres mais famosos do folclore brasileiro, como a Mula sem Cabeça, o Saci, Caipora e muitos outros. Além disso, o jogo explora uma variedade de cenários, como florestas, cavernas e até a cidade de São Paulo.

A jogabilidade de Kriaturaz é bem simples, assim como os gráficos. Já a jogabilidade tem nuances bem surpreendentes para o tamanho do jogo, pois o jogador fará diversas interações com objetos, travará batalhas e explorará cenários bem diversificados.

Kriaturaz já foi lançado na plataforma itch.io e para obter uma cópia basta preencher este formulário. A grande sacada é que os jogadores tenham maior contato mais direto com o folclore brasileiro, explorem cenários nacionais e possam se identificar com a cultura nacional.

Abaixo você confere o trailer de Kriaturaz:

Kriaturaz: jogo do estúdio Messier coloca lendas do folclore brasileiro para brigar

Um dos estandes mais bonitos da Brasil Game Show foi o do estúdio independente Messier Games. O estúdio de Santo André, SP, montou um estande todo estilizado com plantas e árvores para chamar a atenção dos jogadores para o game Kriaturaz: O Guardião das Lendas, um título que leva as lendas e folclores brasileiros para o campo de batalha à lá Killer Instinct.

O game retrata as criaturas do folclore nacional, porém com uma estética totalmente nova e agressiva. Deste modo, o Saci-Pererê ganhou traços medonhos e a Cuca deixou de ser uma mulher-jacaré, para se tornar uma criatura saída de pesadelos infantis. O estilo artístico permitiu que as personagens se adequassem ao gênero de combate (que em geral apresenta personagens agressivos e com cara de poucos amigos).

Alguns dos recursos do jogo são bastante tecnológicos e inéditos para produções locais, tais como a geolocalização e o uso de QRcodes para acesso de diferentes conteúdos. Durante a BGS, aliás, o estúdio preparou uma versão especial via Twitter em que os jogadores davam ordens de batalha online para os lutadores e estes golpes eram executados em tempo real.

Tal como funciona em Pokémon, o jogador atuará como um treinador de monstros. Ou seja, irá capturar as criaturas, treiná-las e depois coloca-las para brigar com outros seres míticos. De acordo com o estúdio, a pesquisa das quase 300 criaturas presentes no game levou cerca de 5 meses. Tais criaturas são oriundas de lendas indígenas ou trazidas pelos colonizadores europeus.

Kriaturaz conseguiu financiamento graças à lei Rouanet, que permite que impostos sejam direcionados a projetos culturais. De acordo com os desenvolvedores, o game deve chegar ao mercado em meados de 2016 para as plataformas Android, iOS e Windows Phone em um primeiro momento. Posteriormente haverá lançamentos para PC e consoles.

Veja o teaser de Kriaturaz:

Projeto Lua: game universitário retrata o folclore brasileiro

Projeto Lua

Games que exploram o folclore brasileiro são raros e só por isso merecem atenção quando surgem, afinal de contas a gente sempre fica tão antenado no que sai lá fora que por vezes esquecemos que tem tantos games nacionais sendo lançados. Nossa indicação chama-se Projeto Lua, um game que surgiu como projeto de conclusão de curso de alguns alunos do Curso de Jogos Digitais da FMU, em São Paulo.

Projeto Lua ainda é um protótipo, ou seja, ainda não está com todo o seu potencial explorado, contudo vamos falar dele mesmo assim por causa de sua ambientação e o baita serviço que faz ao retratar um pouco do nosso folclore. O game tem uma trama fictícia, porém fortemente inspirada na literatura indianista de José de Alencar (O Guarani, Iracema e Ubirajara), além de elementos da cultura indígena.  Em outras palavras, uma maneira bem peculiar de aprender um pouco sobre os nativos do Brasil.

Na pele do índio Jaci, filho do Deus Lua, o jogador deve se aventurar em meio às florestas para desvendar os segredos que se ocultam por trás de sua tribo. Além disso, o herói precisa restaurar a paz em sua aldeia com a ajuda do medalhão sagrado, que está perdido. Para isso, Jaci contará com a ajuda dos amigos Iara e Pajé.

Entretanto a vida do índio não será das mais fáceis, pois terá de enfrentar a temida feiticeira Cuca que enfeitiçou diversos animais da floresta. Outro perigo é a influência maligna do espírito de Anhangá, que vive para semear a discórdia entre os habitantes da tribo de Jaci.

Nesta versão protótipo, a equipe de desenvolvimento esforçou-se para criar pequenas quests, entretanto essas pequenas missões representarão apenas partes de puzzles na versão final. O jogador terá de executar tarefas diversas durante a jornada, tais como coletar seiva de arvores para consertar uma canoa e depois descer corredeiras; descobrir o que está deixando os animais doentes etc.

De acordo com os desenvolvedores, a intenção com Projeto Lua era de criar uma ferramenta que pudesse contribuir para com a educação indígena em um ambiente escolar. Elementos para que isso ocorra existem aos montes, afinal o jogo consegue retratar histórias lendárias desses povos e apresentar artefatos e a cultura indígena das tribos da Amazônia.

Conforme informamos, Projeto Lua é um protótipo que merece atenção especial. Não espera um primor gráfico e nem nada muito elaborado, mas sim um game que tenciona cativar o jogador com seu enredo e folclore tão bem explorados. Quem quiser testar o game, basta ir até o site oficial, pois lá tem um link para download. Depois não se esqueça de mandar um recado para os desenvolvedores contando o que achou do game!