Duolingo: Dicas e Melhores Jogos para Aprender um Novo Idioma

Os videogames são muito mais do que apenas um hobby; eles são formas de conexão e comunicação, exercitam a lógica, concentração e servem como distração. Além disso, representam uma maneira eficaz de aprender idiomas.

Os jogadores, altamente motivados a alcançar a vitória e interagir com outros participantes – seja para colaborar, competir ou obter informações – acabam, de forma ideal, praticando a comunicação, sem preocupações, concentrando-se na transmissão de seu ponto de vista, com o intuito de alcançar outros objetivos, como entender uma tarefa ou evitar perigos.

A natureza controlada dos videogames ajuda, pois eles eliminam algumas das variáveis mais intimidadoras do aprendizado de um novo idioma no mundo real. Muitos alunos consideram os jogos mais envolventes e motivadores do que outras atividades, já que os jogadores conduzem o aprendizado por meio de sua própria curiosidade e interesse.

Os jogadores têm facilidade em integrar informações, uma vez que precisam aprender a prestar atenção a vários elementos diferentes para obter sucesso. Desenvolvem e praticam diversas habilidades simultaneamente. Essa flexibilidade e combinação de competências são exatamente o que se espera dos alunos de idiomas.

Tendo isso em mente, o Duolingo, o aplicativo educacional número um do mundo, selecionou alguns jogos ideais, dependendo dos objetivos ao aprender um novo idioma:

Para os alunos mais jovens, jogos com diálogos de clique, como Pokémon, são recomendados, pois permitem que eles leiam no próprio ritmo. Já os alunos mais avançados podem praticar habilidades de escuta com diálogos mais naturais, rápidos e não reproduzíveis.

Aqueles que desejam utilizar o idioma dentro do jogo podem considerar a interação com outras pessoas em tempo real para realizar tarefas, como no World of Warcraft. Ou, se preferirem interagir e conhecer novas pessoas, Call of Duty é uma ótima opção.

A escolha do jogo deve ser feita de acordo com o idioma que se deseja aprender. Jogos populares de grandes desenvolvedores geralmente possuem legendas de alta qualidade e, às vezes, dublagem. Para aqueles interessados em idiomas europeus, os desenvolvedores europeus costumam oferecer suporte em suas línguas. No caso dos alunos de japonês, não faltam opções de jogos de RPG japoneses (JRPGs) para escolher, como Persona 5.

Além disso, a plataforma reuniu algumas dicas para que os jogadores aproveitem ao máximo a experiência de aprender um novo idioma por meio dos jogos, de acordo com seu nível de proficiência:

 

      1. Se você está começando tanto no mundo dos jogos quanto no aprendizado de idiomas, comece com jogos para um jogador, para que se sinta confortável usando o novo idioma por conta própria antes de interagir com outros jogadores. Jogos como The Sims podem ser úteis para trabalhar o vocabulário, especialmente em situações do dia a dia. Outros jogos de simulação de construção e gerenciamento, como o Tycoon Simulator, também serão úteis para expandir seu vocabulário. Uma opção divertida é o jogo The Stanley Parable, que apresenta uma narrativa peculiar e misteriosa.

      1. Se você já possui um nível intermediário no idioma, os jogos narrativos podem ajudar na prática do idioma, pois geralmente fornecem contexto para todos os sentidos, auxiliando na compreensão e no reforço do idioma. Existem jogos narrativos que requerem um maior entendimento para participar plenamente da experiência, enquanto outros exigem menos. Exemplos desses jogos são Dear Esther e The Vanishing of Ethan Carter.

      1. Se você já possui um nível avançado no idioma, pode se aventurar em jogos especialmente ricos em termos de idioma. Um exemplo é o jogo Disco Elysium, que inclui diversos idiomas que podem ser lidos no ritmo do jogador. A narrativa desse jogo é bastante rica, semelhante a um RPG de mesa (TTRPG) em formato digital.

      1. Aqueles que gostam de se desafiar podem alterar o idioma do sistema em seus consoles. No entanto, é importante ter a capacidade de navegar no novo idioma tanto nos menus do console quanto no próprio jogo.

 

Conectar seus hobbies e interesses com o aprendizado de idiomas é uma ótima maneira de se manter motivado e praticar a nova língua sem nem perceber. Além disso, para os alunos que são jogadores, há benefícios adicionais de aprendizado, como os encontrados no Duolingo, que utiliza elementos de gamificação no processo de ensino.

Aproveitar os jogos como uma ferramenta para aprender idiomas pode tornar o processo mais divertido e envolvente, permitindo que os jogadores desenvolvam suas habilidades linguísticas enquanto se divertem. Com as dicas e os melhores jogos recomendados pelo Duolingo, os alunos têm à disposição recursos valiosos para aprimorar seu domínio de um novo idioma. Mais informações no site oficial.

Top 5 – videogames educacionais recomendados por especialista em EdTech

Os benefícios dos videogames podem incluir a melhora da capacidade de concentração, criatividade, memória, linguagens e trabalho em equipe, desde que sejam acessíveis, reutilizáveis e focados em um objetivo de aprendizagem.

Você já deve saber que os jogos eletrônicos são ferramentas poderosas para soluções educacionais. Mas você já parou para pensar quais são os jogos que auxiliam educadores, de fato? Pois bem, a Patricia Herrera, Diretora de EdTech para LATAM na CYPHER LEARNING acaba de eleger 5 games que são perfeitos para impulsionar ações educativas.

Antes de elencar os jogos, vale lembrar que a aprendizagem baseada em jogos é uma abordagem que consiste no uso de dinâmicas de videogames como ferramentas lúdicas que podem apoiar a aprendizagem do aluno. Hoje, esses recursos digitais podem ser usados para desenvolver as habilidades dos alunos, desde que focados em um objetivo de aprendizagem. É o que chamamos de gamificação.

“É importante levar em consideração a diferenciação entre Gamificação e aprendizagem baseada em jogos, pois a primeira consiste em aplicar conceitos e dinâmicas típicas do design de jogos que estimulem e tornem mais atrativa a interação do aluno com o processo de aprendizagem, com o objetivo de conseguir determinados resultados. Usa-se a predisposição natural do ser humano para a competição e o jogo para tornar certas tarefas menos chatas, que, graças a esses métodos, tornam-se mais dinâmicas e eficazes”, explica Patricia Herrera, pedagoga, criadora de programas de treinamento, especialista em gamificação e conselheira em digitalização no ensino na América Latina.

Top 5: Jogos educativos:

 

Google Word Coach

Este jogo desenvolvido por linguistas ajudará os alunos a melhorar suas habilidades de comunicação verbal por meio de jogos divertidos relacionados às palavras. O Google Word Coach foi lançado em 2018 e projetado para nos ajudar a expandir o vocabulário em inglês de uma maneira divertida e envolvente. Ele aparece em nosso dicionário e caixas de tradução ou quando alguém pesquisa “Google Word Coach”.

 

Civilization

O que faz uma civilização prosperar enquanto outra morre? Os jogadores aprenderão isso enquanto constroem seus próprios impérios neste jogo clássico. O jogo oferece lições de estratégia, culturas antigas e modernas e os fundamentos da sociedade humana: um ótimo acompanhamento para as aulas de história. Não é à toa que está no mercado há mais de 30 anos e está disponível em plataformas como PS4, Xbox One e Nintendo Switch.

 

Rocket Math

Este excelente jogo de aprendizado de matemática tem um valor real, especialmente porque várias fontes o nomearam um dos melhores jogos para crianças. Certamente ajuda a tornar a matemática divertida, fornecendo aos jogadores 56 missões matemáticas diferentes.

 

Spore

Os alunos podem se empolgar com a evolução jogando este videogame que os leva através de organismos unicelulares para a exploração e colonização do espaço. Os jogadores projetam lentamente suas próprias criaturas, adicionando características e comportamentos ao longo do caminho que ajudarão ou dificultarão sua sobrevivência à medida que evoluem. É divertido, viciante e sorrateiramente educativo. O melhor? Está disponível em todas as plataformas.

 

Minecraft

Minecraft

Este videogame não é apenas um jogo educativo, tornou-se um fenômeno mundial. O desafio viciante cativou alunos e pais. Por quê? Inspira a criatividade e a resolução de problemas, enquanto é simplesmente divertido. Este jogo multiplataforma está disponível no Xbox, Playstation 4, Nintendo Switch, iOS, Android e Windows.

Colégio Santa Marcelina lança projeto pioneiro de gamificação para estudantes do 6º ano no RJ

Já é bem corriqueiro que instituições de ensino desenvolvam projetos de gamificação em suas variadas atividades. A bola da vez é o Colégio Santa Marcelina, instituição educacional que acaba de lançar uma iniciativa pioneira para os alunos do 6º ano da Unidade do Rio de Janeiro. Trata-se do projeto “Minecraft: Geografia e criatividade”, cuja proposta está alinhada ao conteúdo “Cartografia e novos meios de representação”, com o objetivo de enriquecer o repertório dos estudantes, além de fornecer subsídios para diferentes mecanismos de representação do espaço geográfico.

Basicamente a turma recriou, a partir do jogo, a maquete da Unidade do colégio, localizado no coração da Floresta da Tijuca. O projeto teve início em 2021 e contou com a participação de 20 estudantes do ensino fundamental. Deste montante, todos participaram integralmente da proposta, atingindo os objetivos propostos na atividade.

De acordo com a Professora de Geografia responsável pelo projeto, Luana Correia, a aplicação do conceito de gamificação em sala de aula é extremamente importante para instigar, ainda mais, a curiosidade dos estudantes, além de motivá-los no desenvolvimento do raciocínio geográfico.

“É evidente que a tecnologia possui um papel fundamental na construção do conhecimento. Durante o projeto, ficou nítido como o interesse por parte da turma aumentou após a utilização do jogo, além do nível de conhecimento com relação ao conteúdo que envolve a cartografia e os novos meios de representação do espaço geográfico. Isto mostra como existe uma influência positiva das características dos jogos no desempenho dos estudantes”, explica.

Da proposta a execução

Luana relembra que os próprios estudantes solicitaram, durante as aulas, algo mais próximo ao seu cotidiano como forma de interlocução entre o conteúdo geográfico e a gamificação. Por este motivo, os próprios alunos sugeriram o Minecraft para produzirem a maquete da escola, em virtude da familiaridade da turma com o game. Desta forma, antes da construção coletiva da maquete no jogo Minecraft, os estudantes, mediados pelos princípios pedagógico-curriculares, cumpriram as etapas que envolveram: orientação da proposta de atividade e organização dos grupos, trabalho de campo e sistematização dos dados de campo e cartográficos.

Luana ressalta que, dentre as habilidades desenvolvidas pela turma durante a atividade, destacam-se aquelas propostas pela Base Nacional Comum Curricular — BNCC e a própria matriz do colégio.

“Nossa intenção era fazer com que o estudante se associasse as diferentes formas de representações cartográficas aos meios lúdicos-tecnológicos, relacionasse as habilidades da Cartografia ao cotidiano escolar e, ainda, compreendesse as diferentes representações construídas no jogo Minecraftcom base nas noções de escala, orientação e localização”, afirma.

Por conta da pandemia do covid-19, os recursos escolhidos para execução do projeto foram ferramentas que pudessem ser usadas em casa ou no colégio, uma vez que parte da turma ainda estava na modalidade remota. Diante disso, optou pelo uso do Google Earth, plataforma utilizada para visualização do terreno do colégio por meio de imagens de satélite, e o Google Maps que auxiliou os estudantes a explorarem e localizarem o entorno do prédio.

Além disso, os estudantes utilizaram a plataforma Teams, para visualizar o roteiro de trabalho e reunir as equipes. Diante da repercussão da atividade, a professora foi convidada a participar de um curso de formação continuada de Minecraft Educacional, no qual teve a oportunidade de aprender ferramentas e possibilidades do uso do jogo em outros contextos de aprendizagem.

“Nós professores aprendemos também com os estudantes. Nessa experiência, eles puderam me ajudar tirando dúvidas e oferecendo, até mesmo, dicas de como utilizar o game. Daqui para frente, quero seguir com o uso da gamificação, mas com outros conteúdos da geografia que podemos aproveitar nesse contexto, como domínios morfoclimáticos, áreas preservadas e naturais, por exemplo”, finaliza.