Estúdio alemão prepara game para Dreamcast

O Dreamcast foi lançado há 12 anos. Há quase 10 anos a Sega anunciou que sairia do mercado de consoles, cessando a produção do aparelho. Mas o derradeiro videogame da empresa japonesa continua vivo.

Agora, a desenvolvedora alemã, Redspot Games, anunciou Sturmwind, um novo jogo de naves para o aparelho, que chegará ao mercado no meio de 2011. O game terá 16 níveis, e três diferentes modo de dificuldade.

Homebrews sendo lançados para o aparelho não são novidade, mas um game desse porte ser anunciado por um estúdio, para um console que já está morto comercialmente é curioso.

O game será vendido pelo site oficial da Redspot Games por 35 euros.

Difícil de acreditar? Tem uma entrevista com Max Scharl, da Redspot Games, no YouTube. Linkaremos aqui para o YouTube porque a entrevista está em alemão, e na página existe a transcrição, traduzida para o inglês.

[Via CVG]

Brasileiro cria mini-fliperama operado por fichas

O gamer brasileiro Marcelo Alves de Souza, de 37 anos, montou um projeto curioso: um mini-fliperama com sistema de fichas e tudo.

Em entrevista ao site Geek, o entusiasta comentou que sua idéia inicial era comprar um fliperama de tamanho real, mas sua esposa não curtiu muito essa história e ele foi forçado a procurar uma solução.

O projeto chamado Mini-Arcade levou dois meses, e a máquina é um computador com o mesmo processador utilizado em netbooks, com 2 GB de RAM e HD de capacidade mais que suficiente para rodar qualquer emulador de sistemas mais clássicos.

O mais interessante é que o gamer foi atrás e desenvolveu um sistema de fichas chamado CoinDuino, que emula o uso de fichas como nas máquinas antigas.

O site oficial do projeto começará a vender os kits que, devemos dizer, são muito bem feitos. Ainda não há preço confirmado.

Dê mais uma utilidade ao seu DS

Por Leonardo Zimbres

O DS Organizer é um projeto interessante do programador americano Shaun Taylor, conhecido entre a comunidade de desenvolvedores como DragonMinded, e que visa levar para o portátil Nintendo DS uma espécie de gerenciador de arquivos anabolizado, com funções para criação de lista de tarefas, agenda, navegador web, editor de texto, tocador de áudio e calculadora, todas aproveitando os recursos de sensibilidade ao toque existentes no aparelho.

Para rodar, este homebrew exige que o jogador possua um acessório específico que possibilite a execução de programas não autorizados, como o cartão R4, embutido na entrada de cartuchos. Com o DS Organize, o portátil deixa de ser apenas uma maquininha de jogar para ganhar recursos de produtividade. Confira a nossa entrevista com ele:

Qual sua idade e com o que você trabalha ou estuda?
Tenho 21 anos. Passei os últimos 3 anos trabalhando na Best Buy e estudando no Palomar Community College. Recentemente, foi aceita minha transferência para a UCLA e tenho um novo emprego em programação na ViaSat.

Desde quando você está programando?
Comecei aos 7 anos de idade. Meu pai foi um programador e ele estava trabalhando em casa na ocasião, então eu o observei e quis fazer a mesma coisa. Ele me preparou para usar Basic no meu Tandy 1000 e eu fui construindo tudo a partir disso. Passei alguns meses tentando coisas aleatórias antes de eu conseguir meu primeiro bit de código funcionando. Se você contar o tempo, significa que eu estou programando há 14 anos até hoje.

Qual foi seu primeiro videogame? E seu primeiro computador?
Meu primeiro videogame foi Super Mario AllStars no Super Nintendo, e o meu primeiro computador foi o Tandy 1000, como mencionei anteriormente. Eu ainda tenho todos os softwares do computador, porém a máquina foi passada para frente. O Snes e os jogos foram vendidos alguns anos depois de ter sido adquirido, mas atualmente eu comprei novamente todos os jogos por nostalgia.

Por que você começou a criar software para Nintendo DS?
Eu queria algo diferente. Sempre me senti mais confortável com um ambiente menos controlado. A complexidade da Windows API para qualquer coisa fica chata, e algumas vezes eu só quero sentar e ter a habilidade de desenhar customizadamente e customizadamente programar tudo. Com certeza tem um pouco mais de trabalho, mas com esforço, de longe você termina com um produto melhor. O DS foi natural para mim na ocasião. Ele tem a touch screen, significando que eu poderia simular digitação de textos com ela, então eu não estaria limitado a métodos desengonçados como em outros consoles. Também é pequeno e decentemente potente, significando que seria um meio conveniente de carregar minhas ferramentas comigo.

Quais ferramentas você usa para criar softwares para o DS ?
Usei DevKitPro e Programmers Notepad como “canivete suíço” e ambiente de desenvolvimento. Eu também escrevi algumas ferramentas de suporte que me ajudaram a converter gráficos e fontes para o formato do DS que a minha libfb usa. Gostaria de mencionar algumas ferramentas exóticas e esquisitas, mas eu sou da velha escola e prefiro trabalhar em linha de comando, com um editor simples e dar o comando de compilação.

Alguma dica para iniciantes?
Não desista. Programar para consoles não é tão fácil como programar para PC. No computador, projetos-esqueleto já estão pronos e existem exemplos em todo lugar, sem mencionar as bibliotecas e documentação para qualquer coisa que se faça. No DS, você tem que conhecer o hardware um pouco para começar. Eu lutei por semanas nos diversos modos de vídeo, e ainda não estou 100% da forma como isso funciona. Eu sugiro pegar alguns exemplos que vêm com com a DevKitPro e modificando para ver o que acontece no sistema.

Temos uma grande variação de handhelds hoje em dia. Iphone, Palm, celulares… O que você acredita ser o futuro deles?
Algo com entrada por toque, com certeza. Navegar no PSP é muito desengonçado. Um futuro handheld também PRECISA ter um melhor serviço online para verdadeiramente ter sucesso, e talvez até com uma suíte de aplicativos como o DSOrganize para ajudar nas áreas onde o jogo não é o principal. Claro que eles vão continuar a se tornar menores, mais rápidos e impressionantes, mas isso é chute. Mas o que quer que seja, terá de ser inovador para ter sucesso no mercado dos jogos.

Mais informações podem ser obtidas em dragonminded.blogspot.com ou em dragonminded.com.