Marvel leva os Vingadores para os smartphones com Marvel Initiative

Vingadores

Os Vingadores foram, sem dúvidas, os grandes heróis do verão. A bilheteria do filme foi assombrosa e até rendeu um post aqui no GameReporter, e olha que em geral nós falamos quase que exclusivamente de jogos eletrônicos. Com o sucesso no cinema do grupo de heróis da Marvel, é natural que a máquina do marketing explore os heróis até a última gota possível.

Recentemente a Marvel anunciou o lançamento do projeto Avengers Initiative, que consiste em vários lançamentos de jogos para smartphones baseado nos heróis. O primeiro deles é o Hulk, que ganha um jogo que conta uma história inédita e serve para apresentar um pouco mais do vingador mais temível.

O game segue o estilo de ação e está em desenvolvimento pelo estúdio Wideload Games, que tenciona levar aos smartphones a experiência de jogo similar ao que é encontrado nos consoles de mesa, graças aos gráficos em HD e um esquema de combate mais intuitivo com as telas sensíveis ao toque e os golpes elaborados dos personagens.

De acordo com a produtora, há a possibilidade de customizar o Hulk, escolhendo roupas e definindo habilidades e superpoderes que mais se adequarem aos momentos do jogo, melhorando as estatísticas de combate.

“O Avengers Initiative representa o maior e mais ambicioso projeto de jogo para celular da Marvel até hoje”, disse TQ Jefferson, vice-presidente de produção de jogos da Marvel. “Com este lançamento, a Marvel oferece gráficos e estilo de jogo com qualidade de console para jogos de celular, junto com uma experiência que terá continuidade com a adição de novos Vingadores.”

O game está interligado com Marvel: Avengers Alliance do Facebook e conta um pouco mais do evento Pulso, um desastre que acabou libertando famosos vilões como os Skrulls, Wendigo, Abominável, etc, que estavam encarcerados numa prisão de segurança máxima da S.H.I.E.L.D. A missão do Hulk é pegar esses criminosos antes que façam mais estragos.

Avengers Initiative já está disponível por $6,99 na App Store para iPhone 4, iPhone 4S, iPad 2 e o novo iPad. O jogo também está disponível para dispositivos Android específicos no Google Play. Vamos ver se a Marvel conseguirá repertir nas telinhas o mesmo sucesso que fez nas telonas.

Confira o trailer de lançamento abaixo:

[Off-topic?] Vingadores: o melhor filme do ano, sem exagero

O melhor filme do ano. Parece exagero? Não é. Eu poderia até terminar esta resenha aqui, mas como não passaria de um tweet e eu não quero trollar os leitores, vamos lá (mas sem spoilers, claro).

Joss Whedon prometeu e cumpriu. Tudo o que o criador da série televisiva Buffy não estava conseguindo fazer nos últimos tempos na telinha (apesar das excelentes premissas, Firefly e Dollhouse não conseguiram emplacar – ainda que esta última tenha merecido uma segunda temporada), ele realizou, e com folga, em Os Vingadores.

Se você não viu nenhum dos filmes anteriores dos super-heróis Marvel produzidos desde Homem de Ferro, pare de ler esta resenha agora e se atualize. Os Vingadores é definitivamente O FILME TRANSMÍDIA, ou seja, um filme cuja narrativa não se esgota nele próprio – a história é redonda e fechada, mas para você entende-la cem por cento é preciso conhecer bem os heróis e ter visto os filmes anteriores, a saber: Homem de Ferro 1 e 2, Thor, Capitão América (as cenas pós-créditos inclusive, pois elas são as peças que vão encaixando os filmes e dando sentido a todos eles, preparando o terreno para a obra-prima que está estreando nos cinemas agora).

E o que é Os Vingadores, afinal? Para quem conhece quadrinhos, é a história de como os maiores heróis da Marvel se uniram para combater uma grande ameaça, mas repaginada para o século vinte e um: se na versão clássica Loki manipulava o Hulk e o fazia provocar uma serie de estragos nos EUA, fazendo com que os heróis se juntassem para combater a ameaça e descobrissem que, se separados já são bons, mas juntos são ainda melhores, nesta versão Loki ainda é o vilão, mas Hulk (que desta vez está EXCELENTE, tanto na versão de CG quanto na ótima interpretação do Bruce Banner de Mark Ruffalo) já começa do lado dos mocinhos, que, além dos já citados acima, contam com o Gavião Arqueiro e a Viúva Negra. Desta vez, entretanto, Loki manipula outro Vingador (não vou contar qual), o que dá um tom sombrio à história desde o começo.

E o eixo em torno do qual a trama gira é o Tesseract, aquele objeto azul brilhante já visto em Thor e Capitão América e que é mais conhecido pelos fãs de HQs como o Cubo Cósmico. Esse objeto confere poder absoluto ao seu dono, e a confusão toda começa aí, porque Loki o rouba da SHIELD e Nick Fury (agora sim, Samuel L. Jackson em toda a sua glória) recruta todos os heróis com os quais tem contato para formar a Iniciativa Vingadores e resgatar o objeto. Claro que o grupo não se dá bem de cara (as discussões entre eles são ótimas, principalmente as que envolvem Tony Stark – Robert Downey, Jr. deve ter pedido isso no contrato, porque rouba todas as cenas com as melhores piadas e tiradas do filme), e o conflito fica maior ainda quando Thor entra na história e exige não só Loki para julgamento em Asgard, como também o próprio Tesseract, porque (lembram do filme Thor?) com Odin o objeto estava mais seguro.

Mas se pensam que o último parágrafo conteve spoilers, vocês não sabem de nada. O filme tem duas horas e vinte e dois minutos (que passam voando, você nem sente) de ação, diálogos inteligentes e narrativa coerente, e, o principal: equilíbrio. Cada personagem tem momento certo para aparecer, se sobressai bem na hora em que tem que se sobressair, e o espectador não fica em momento algum com a sensação de que tem herói sobrando ou faltando na película. Joss Whedon é patrão bom: super-heroi com ele trabalha o tempo todo, não pendura o paletó na cadeira.

A batalha pelo Cubo Cósmico gera uma considerável dose de suspense: nós sabemos (sabemos?) que nenhum Vingador vai morrer, mas e o resto dos personagens? O filme não tem só ação, mas momentos de suspense daqueles em que o espectador mal se segura na poltrona. Batalhas na Terra, no espaço, com ameaças conhecidas e desconhecidas – e a famosa cena pós-créditos (acharam mesmo que não ia ter? Fiquem até depois do fim, por favor), onde fica mais do que claro que, SIM, haverá Os Vingadores 2. E, se for metade do que o primeiro foi (este resenhista é de um otimismo incurável), será sensacional. Porque Os Vingadores já é o melhor filme do ano.