O jogo musical Beat Saber é a grande sensação dos jogos focados em realidade virtual. O título da produtora Hyperbolic Magnetism conquistou muitos fãs após viralizar nas redes sociais. Não nenhuma surpresa que o game entrasse no circuito de eSports mundial. Neste sábado (18) começa o primeiro Campeonato Internacional de Beat Saber e a Voyager, nova casa dedicada a realidade virtual de SP será uma das sedes da etapa brasileira.
De acordo com or organizadores do torneio, o vencedor será definido por meio da soma das duas pontuações nas partidas, que serão filmadas e registradas, para poderem ser comparados e chegar a um resultado mundial. Aquele que obtiver a maior pontuação dentre todos os árcades participantes, será o vencedor. A premiação é um kit HTC Vive (Óculos de Realidade Virtual para PC). Quem ficar entre a 1ª e a 5ª colocação geral, levará para casa US$ 100 de crédito na Steam.
A disputa promete ser extremamente acirrada, pois serão 120 arcades participantes do torneio em todo o mundo. Este já é o maior torneio de realidade virtual já realizado no mundo. Para se inscrever, basta adquirir o ingresso do Voyager neste site ou no local e informar algum dos atendentes na entrada de que deseja participar do campeonato. Durante o torneio, valerão as músicas “$100 Bills” e “Escape ft. Summer Haze”.
O campeonato de Beat Saber ocorre das 10h às 21h. A participação no torneio já está inclusa na compra do ingresso do Voyager (R$ 49,90 para 30 minutos ou R$ 69,90 para uma hora) e dá direito a experimentar mais de vinte experiências entre games, cinemáticos e outras narrativas interativas em realidade virtual. Além dessas opções, os interessados em participar somente da competição poderão comprar ingressos especiais no local por R$ 19,90.
Para quem não conhece, Beat Saber é o game musical de realidade virtual mais falado do momento. Com o uso de sabres de luz, o jogador corta cubos e desvia de obstáculos no ritmo da música. O título se tornou bastante conhecido nas redes sociais e um dos jogos que mostram as possibilidades as realidade virtual.
Abaixo tem um trailer de Beat Saber:
Serviço – Voyager: centro de entretenimento de realidade virtual
Na última quinta-feira (09 de agosto) a cidade de São Paulo ganhou um novo centro de entretenimento voltado para os fãs de jogos digitais: o Voyager. Localizado no terceiro andar do Shopping JK Iguatemi, o Voyager foi criado pelo estúdio ARVORE e promete uma experiência pioneira no Brasil, um centro de entretenimento dedicado à realidade virtual. Podemos simplificar o projeto como um fliperama totalmente dedicado à jogos, cinemáticas e demais experiências que fazem uso dos óculos de realidade virtual.
O espaço possui 350 metros (bastante aproveitado ) e comporta jogos e experiências diversificadas, tais como o multiplayer Jousting Time, que tem ambientação medieval; o famoso Beat Saber; a animação Asteroids; e o brasileiro Pixel Ripped 1989. A intenção é oferecer variedade e divertir os jogadores. De acordo om Ricardo Laganaro, Chief Storytelling Officer da ARVORE, o Voyager conta com um catálogo de 20 jogos que serão trocados de tempos em tempos.
“Temos cerca de vinte jogos aqui no Voyager, eles devem ser trocados em cerca de quinze a 20 dias para as pessoas conheçam coisas novas”, disse Ricardo Laganaro. Segundo o executivo a ideia é abrir seis unidades até o final do ano, de modo que a Voyager não ficara restrita apenas aos jogadores de São Paulo. Outra ideia para o futuro é abraçar produções nacionais, diz Laganaro. “Os produtores independentes terão sim a oportunidade de colocar seus jogos no Voyager. Temos planos de abrir espaço para a indústria nacional, até porque o mercado de VR ainda é bastante experimental”, conclui o executivo.
Além de a tecnologia VR ainda não ser massificada, um fato destacado por Ricardo Laganaro é que o tempo de jogatina no Voyager é de cerca de uma hora, inviabilizando jogos grandes que já fazem uso do VR, tais como Resident Evil 7 ou Skyrim. Ainda assim, é possível que os jogos estejam em formato de demonstração, tal como Pixel Ripped 1989, da própria ARVORE, que na versão final tem cerca de quatro horas de jogo.
A aposta da ARVORE não é injustificada: de acordo com relatório da Goldman Sachs, a realidade virtual movimentou cerca de US$ 2 bilhões apenas em 2017 e a previsão é de alta, principalmente no Brasil. A expectativa é que o público jovem conheça a experiência e passe mais tempo conhecendo a tecnologia.
E engana-se quem pensa que só os videogames são afetados pelo VR: as empresas de publicidade, cinema, automobilismo e telecomunicações já sonham com os lucros da realidade virtual. Para se ter ideia, só no Brasil o número de empresas que começaram a trabalhar com o VR subiu de 8 para 150. Até mesmo o Grupo Globo já cresceu os olhos para a tecnologia.
Por que vale a pena o ingresso para o Voyager?
Durante nossa visita pudemos testar vários dos jogos expostos no Voyager. Desses, podemos destacar quatro projetos em especial que merecem uma jogada: Pixel Ripped 1989, Life of Us, Dreams of “O” e o Race FX. Esses quatro são os mais indicados para entender o Voyager e a tecnologia de realidade virtual e todas as suas possibilidades.
Pixel Ripped 1989
Já falamos algumas vezes sobre o projeto criado pela Ana Ribeiro, mas vale a pena falar sobre as primeiras impressões. O jogo transportar o jogador para um mundo fantástico em que videogame e vida real se misturam. Você é uma garota no meio da sala de aula que não consegue evitar uma partida de seu Gameboy. O problema é que a professora está atenta e vai fazer de tudo para o jogador largar o console. Em alguns momentos, Pixel Ripped mistura o 2D e o 3D de uma maneira que surpreende bastante. Mesmo nos momentos em que o objetivo é distrair a professora, Pixel Ripped consegue soluções inventivas para não entediar o jogador.
Life of Us
Este aqui não é bem um jogo, mas sim uma experiência interativa onde duas pessoas passam por toda a história da vida na Terra, passando por diferentes fases da nossa existência. O jogador vai ter a oportunidade de ser um peixe pré-histórico ou mesmo um dinossauro. O conceito e bastante interessante e os gráficos são bem desenvolvidos.
Dreams of “O”
Outra experiência sensorial é o Dreams of O, inspirado no Cirque du Soleil. Basicamente o jogador se torna um expectador de acrobacias e números audaciosos de artistas do circo mais famoso do mundo. A trilha sonora e os efeitos visuais são o ponto alto. Como é uma experiência mais voltada ao visual, Dreams of O pode ser apreciado por pessoas pouco familiarizadas com videogames. É uma experiência bem artística.
Race FX
Esta experiência é ideal para quem gosta de corrida. Trata-se de um simulador de formula 1, incluindo um cockpit em tamanho real com giroscópio. Ao usar os óculos de realidade virtual, espera-se uma experiência bem próxima de um carro de verdade. Já que o cockpit se move de um lado a outro, o jogador acaba sentindo na pele as colisões e curvas. Mas não se engane: é uma experiência intensa e pode causar estranheza em quem não tem familiaridade com arcades. Já dá para imaginar como as coisas vão ser no futuro quando autoescolas implantarem realidade virtual com gráficos foto realistas.
Serviço – Voyager
Onde: Shopping JK Iguatemi – Av. Juscelino Kubitschek, 2041, Vila Olímpia, SP