Por Maurício Piccini
Dizem que o Amor foi inventado por poeta medieval anônimo do século XII. Assim mesmo, inventado. Algum cantador com um alaúde debaixo do braço teve uma ideia tão melosa e atraente que se espalhou. E bagunçou com as vidas de todos.
Quantos filmes, novelas, contos, músicas e mesmo games têm um fundo nessa ideia? Resgatar a amada ou encontrá-la pela primeira vez; encontrar a roupa certa, o perfume certo, aquela palavra certa para salvar a princesa; tudo isso faz parte do imaginário ocidental. Mas para quê?
Foi só no final do século XIX que Charles Peirce propôs que, talvez, o significado das coisas esteja ligado aos resultados, não a nossas intenções e preconceitos. É o que chamamos “pragmática”. Nos estudos da linguagem, a pragmática trata da relação da estrutura das palavras e frases com o mundo. Na prática, qual o resultado do que eu digo? Ou seja, ao chamar um jogo de “joguinho”, não estou me referindo ao significado da palavra (jogo pequeno), mas a uma aplicação pejorativa que tenta diminuir a importância do jogo.
E se olharmos os jogos com os olhos da pragmática? O que um game faz? Como os videogames se relacionam com o mundo? Continue lendo “Do Leitor: Uma análise pragmática dos games”