Mephirot – livro-jogo está com financiamento coletivo no Catarse

Gosta de literatura interativa e de ambientesOlha só o que acabou de entrar em financiamento coletivo no Catarse! É o livro-jogo mais esperado do momento: Mephirot – Terra da Opressão. Criado pelos brasileiros Pamella Avelar e Felipe Feldrick, esse livro-jogo é a nova sensação no mundo da literatura interativa. Desde 2022, a Mistik Studio vem lançando a série de livros-jogos, mas essa nova edição é diferente de tudo que já vimos antes. Não só é a primeira versão impressa, como também reúne os principais personagens da série em uma nova história incrível.

Agora, você deve estar se perguntando: “Mas o que é um livro-jogo, afinal?” Ah, é simples, amigo! É um livro em que você controla o personagem e toma decisões que afetam o desenrolar da história. Parece RPG SOLO, mas é um pouco diferente. Aqui, o livro é o narrador e você é o jogador, o que significa que você pode se sentir como um personagem em um jogo enquanto está sentado confortavelmente em sua poltrona favorita. Demais, não é mesmo?

E não pense que Mephirot é apenas mais um livro-jogo chato e sem graça! Não, senhor! Essa obra é ambientada em um universo de fantasia sombria, onde as raças são abandonadas em um mundo caótico e sombrio. É uma loucura! A opressão é uma força que distorce a realidade e corrompe a mente dos seres vivos. O que é isso, gente? Parece uma mistura de Dungeons & Dragons com Game of Thrones!

Mas não se preocupe, a mecânica do jogo é fácil de entender, então mesmo que você seja um iniciante, ainda pode se divertir muito. Basta um dado de seis lados para as rolagens e uma ficha do personagem para registrar tudo o que está acontecendo. E se você precisar de ajuda para gerenciar seus recursos, não se preocupe, há um aplicativo gratuito para isso!

E a melhor parte? Cada partida do livro-jogo é diferente! Com diversas realidades e vários finais possíveis, você pode jogar quantas vezes quiser sem ficar entediado. Além disso, há várias side quests e uma cartela de adesivos para interação com o livro. Sério, é tão divertido que você vai querer jogar com seus amigos, familiares, vizinhos e até mesmo com seus pets.

Então, se você quer se divertir de verdade, esqueça os jogos de tabuleiro e experimente Mephirot – Terra da Opressão. Corre lá no Catarse e dá uma olhada.

Os diferenciais dos livros-jogos do Universo Mephirot são:

        • Mundo conectado;
        • Foco narrativo;
        • Mecânica fácil;
        • Jogo em terceira pessoa (você joga com o personagem pronto domundo de Mephirot, ou seja, ao mesmo tempo que o guia, também vai conhecendo a sua história).

 

Atualmente, Mephirot conta com 15 livros-jogos, o que a torna a maior série independente de livros-jogos do Brasil. As edições são publicadas mensalmente através da assinatura Universo Mephirot: Livros-Jogos. Essas histórias acompanham a jornada de Gaiwan Ronai e Héris Thaliba. Por se tratar de uma produção independente, os criadores contaram que dependem do financiamento coletivo para continuar com a produção.

“Nossa equipe é pequena e não temos muitos recursos, mas isso não nos impediu de dar o primeiro passo com dedicação. Iniciamos nossa jornada com materiais digitais, até mesmo para facilitar o acesso dos usuários com preços mais acessíveis. Aliás, alguns deles conheceram o RPG através dos livros-jogos, o que nos deu mais motivos para continuar, e agora estamos tentando o financiamento do livro-jogo impresso, pois acreditamos que Mephirot merece crescer e nossos apoiadores merecem um material ainda melhor”, disse Pâmella Avelar, autora dos livros-jogos.

A campanha completa de Mephirot: Terra da Opressão você pode conhecer aqui.

Abaixo você confere o trailer de Mephirot:

Editora Fi lança “Redes, séries e nós”, livro que debate os usos e significados da tecnologia, incluindo os videogames

Nosso destaque do dia não é propriamente um jogo, mas sim um livro que analisa as encruzilhadas das mídias com a tecnologia. Intitulado “Redes, séries e nós”, o título é um apanhado de sete textos organizados por Marcelo Prioste, que desvelam o uso e os significados das tecnologias sob diferentes prismas, seja a luta anti-homofobia; o consumo; análise dos dados abertos; governamentais durante a pandemia; influenciadores digitais; e é claro, videogames.

Dois artigos, aliás, possuem os videogames como objetos de estudo. O primeiro é o “As interações entre marketing, games e as redes”, escrito pela Missila Cardozo, cujo título é autoexplicativo. O segundo texto é assinado por Marcelo Prioste. “Colette: games e dispositivos no front da resistência”, analisa o curta-metragem Colette (EUA, 2020) como mais um desdobramento na profícua relação entre cinema e games, observando a situação em que games se convertem em dispositivos para difusão de produtos audiovisuais, como no caso deste curta-metragem, um necessário e atual manifesto antifascista na forma de documentário.

O livro “Redes, séries e nós”, surgiu no transcurso de uma pandemia, da ascensão do pensamento político de extrema direita e de uma beligerância que afeta cada vez mais das relações sociais às relações internacionais. Na ousadia de se mapear um pouco o atual “universo em desencanto”, ambiente em rede por onde trafegam entes digitais desenhados por algoritmos embutidos nas mais improváveis formas de comunicação e interação.

Redes, séries e nós” possui 249 páginas e é lançado pela Editora Fi gratuitamente. Você, inclusive, pode acessá-lo aqui.

Livro “Política, desejos e videogame” é o primeiro livro do professor inglês Alfie Bown no Brasil

Mais um lançamento de livro para quem se interessa por videogames está chegando ao mercado: O professor inglês Alfie Bown acaba de lançar no Brasil o livro “Política, Desejos e Videogames”, título que investiga as relações humanas com as novas tecnologias digitais a partir de uma abordagem psicanalítica. De acordo com o autor, a obra consegue identificar aspectos da sociedade humana que nem sempre são evidentes.

O livro de Alfie Bown chega ao país através da Edições Sesc SP. Longe de ser dedicado aos gamers (que já somam mais de 3 bilhões em todo o mundo), o livro, The Playstation Dreamworld no título original, empenha-se em investigar as relações humanas com as novas tecnologias digitais nestes tempos em que estas se tornam onipresentes.

No prefácio do título, Rafael Evangelista, que é doutor em Antropologia Social e professor do programa de pós-graduação em Divulgação Científica e Cultural da Unicamp, afirma que o livro convida a ir além do senso comum que se tem em relação à cultura gamer, que, assim como as redes sociais e seus algoritmos utilizados como instrumentos para popularizar conteúdos radicais, acabam sendo associados à proliferação de mensagens negativas.

Para Evangelista, uma das contribuições de Bown é justamente a de evitar as condenações óbvias e facilitar a compreensão acerca dos diversos tipos de games e sua ampla difusão na cultura contemporânea.

“Trata-se de um chamado para que prestemos atenção em seu potencial subversivo, na importância de se investir em jogos eletrônicos que permitam sonhar com outros mundos possíveis que não sejam apenas transposição da ordem atual a cenários exóticos”, avalia.

Tendo a análise dos sonhos como protagonista, a obra foi escrita a partir de uma abordagem psicanalítica. O autor afirma que videogames não são textos para serem lidos, mas “sonhos a serem sonhados”, algo que alcança um patamar de grande relevância no âmbito da psicanálise.

“Isso significa entender que no jogar está implicado algo que vai além do consciente e passa pelo desfrute e pelo desejo. Quem fica no divã não são os jogos, mas os jogadores. É a relação dialética entre criadores, obras e criaturas que se torna objeto de estudo”, afirma.

Para adquirir o livro, basta acessar o site da Edições SESC.

SOBRE ALFIE BOWN

É professor de Arte e Mídia na Royal Holloway de Londres e lecionou Literatura nas universidades de Manchester (Inglaterra) e Hang Seng (em Hong Kong). Em 2015, publicou Enjoying it: candy crush and capitalism; três anos depois, lançou In the event of laughter: psychoanalysis, literature and comedy. Política, desejos e videogame é seu primeiro livro lançado no Brasil.

Ficha Técnica: Política, desejos e videogame

Autor: Alfie Bown
Edições Sesc São Paulo, 2021
Número de páginas: 144
ISBN:978-65-86111-52-1
Preço de capa: R$ 50