O destaque para iniciar a semana é um jogo indie produzido especialmente para quem curte mistério policial á lá Agatha Cristie: Mala Vermelha. O título acaba de chegar para dispositivos mobile através da produtora The King Owl e coloca o jogador em uma missão para encontrar um perigoso homicida em uma cidade que guarda muitos segredos.
Você encarna a detetive Muriel que descobre uma mala vermelha com um corpo dentro. Cabe a ela investigar o quanto for possível para chegar ao assassino antes que surjam mais vítimas. O problema é que nem tudo é o que parece e as pistas não serão fáceis de se obter, tão pouco espere colaboração dos moradores da cidade.
A cada pista ou interrogatório, a detetive Muriel será levada a outros pontos da cidade em busca do padrão do terrível assassino. Ao contrário do que se pode imaginar, o game é totalmente textual. Sim, aqui não há ilustrações para a aventura. A ideia é incentivar a leitura e a imaginação dos jogadores. Lembra as primeiras experiências de jogos desenvolvidos em DOS.
Outro detalhe importante de Mala Vermelha é que além do assassino, o jogador terá de lidar com uma cidade conservadora, onde seus moradores não toleram mudanças. Uma vez que a jogabilidade se baseia em decisão de escolhas e sem elementos visuais, cada detalhe se torna importante na resolução do caso. Há múltiplos finais e as escolhas feitas pelo jogador determinarão qual desfecho terá a história.
Totalmente em português, “Mala Vermelha” já está disponível na Play Store. Se você gosta de histórias detetivescas e de praticar a leitura interativa este jogo tem tudo para te cativar.
Já imaginou um game que mistura suspense, drama e musical? Pois bem, a inusitada mistura é o que compõe o jogo indie Distortions, da produtora brasileira Among Giants. Trata-se de um game em 3D em terceira pessoa ambientado em um cenário surreal, que promete prender a atenção dos jogadores, que serão desafiados a descobrir mistérios que cercam um mundo fantasioso e desconhecido.
Você controla uma garota que acorda em um quarto estranho e desconhecido. Sem entender o que se passa ou onde está, a jovem começa a investigar o quarto, mas para seu desespero percebe que o tempo parece estar parado e os objetos congelados, como se a gravidade já não mais existisse. A partir daí, o jogador deve conduzir a jovem através de um mundo vasto e solitário, na tentativa de descobrir respostas para os mistérios que a rodeiam.
Sua única arma é um violino, que deve ser utilizado para defender-se. Mas não pense que ela deve golpear os inimigos com golpes de violino, mas sim encontrando partituras perdidas de músicas que servem para deter os inimigos, manipular o ambiente, entre outras ações. Além disso, a jovem deve encontrar páginas perdidas de um estranho diário que contém pistas que a guiarão em sua jornada. De acordo com os produtores, Distortions conta com referencias de games como Shadow Of The Colossus, Silent Hill 2, e de filmes como Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças e Once, apenas uma vez.
O game é dividido em capítulos e uma das preocupações dos desenvolvedores foi com a parte estética e visual, criando cenários 3D repletos de detalhes. Além disso, o roteiro busca levar o jogador a viajar junto com a personagem em uma experiência narrativa. Outro destaque fica por conta da trilha sonora, com músicas licenciadas de várias bandas de diferentes países, entre elas, “Dredg”, “Labirinto” e “Hopesfall”.
“Fizemos muitas pesquisas e estudos de tecnologia e conceituação para fazer um game que tivesse um design bacana, com animações de qualidade. Além disso, buscamos contar uma história interessante. Tivemos uma grande preocupação com nosso roteiro”, explica Thiago Girello, um dos criadores e desenvolvedores do game. “Foi bastante trabalhoso deixar do jeito que queríamos, mas estamos contentes com o resultado”, complementa. A equipe conta ainda com Cadu Luca, Ricardo de Brito e Chris Smith.
O enredo é uma analogia sobre relacionamentos que não deram certo e até onde alguém iria por uma memória. O mundo é aberto e há escolha de quão fundo o jogador quer entrar na mente de alguém. A intenção do estúdio é que o clima de mistério e desolação chamem as atenções dos jogadores ávidos por histórias emocionantes e de mistérios.
O primeiro capítulo (que reúne prólogo, parte 1 e parte 2) de “Distortions” tem previsão de lançamento para o primeiro trimestre de 2017. Por enquanto o lançamento é apenas para PC, mas a intenção é levar Distortions para os consoles de nova geração também.
A internet é cheia de coisas raras e um espaço comum para teorias terríveis e conteúdos obscuros. Nosso tema de hoje é o jogo indie Ben and Ed, um “jump & run” lançado em dezembro de 2015 que a princípio parece bem inocente, mas que por trás pode esconder um mistério muito inquietante. No jogo você controle Ben, um zumbi que é forçado a participar de um bizarro programa de TV cujo objetivo é desviar de armadilhas e obstáculos até que se chegue ao final e salve seu amigo humano chamado Ed.
As armadilhas são mortais, de modo que Ben deve pular para desviar de lâminas e martelos enquanto corre em um cenário linear. A jogabilidade é bem simples e o macete é a dificuldade que aumenta gradativamente. Até aqui o jogo não tem nada de espetacular, certo? Mas as coisas ficam mais sombrias ao passo que, apesar dos visuais cartunescos, as mortes no jogo deixam uma péssima sensação. Desmembramentos, quedas e esmagamentos são frequentes. O game possui easter eggs bem sombrios, como a aparição de Ben Drowned, da famosa creepypasta de Zelda. Mas isto não é nada…
Ao passar todas as armadilhas e terminar o game (spoiler alert), você recebe seu prêmio que é reunir-se com o menino Ed. Adivinhem o que Ben faz ao encontrar seu amigo? Começa a devorá-lo. Um final nada feliz. No mesmo dia em que o jogo foi lançado, surgiu no Facebook uma página chamada Bennnnnnn, cuja descrição é “Chopped up, hiden” (picado, escondido) e que trazia ilustrações dos personagens do jogo e uma foto com as escritas “press e to celebrate”, a mesma que aparece no final do game. A ligação da página com o jogo era óbvia.
Além desta imagem, a página contém muitas outras fotos com mensagens desconhecidas e rostos encobertos pelas sombras. Há até fotos de Armin Meiwes (o notório Canibal de Rotenburg), que pode significar uma alegoria do final do game. Com tantos segredos, não demorou para o game ser postado na comunidade 4Chan, onde os internautas descobriram coisas interessantes, como a localização das estranhas fotografias.
De acordo com as pesquisas utilizando geolocalização, chegou-se à conclusão que o local das fotos são as imediações de Essen, uma cidade na Alemanha repleta de bosques. Uma das fotos foi claramente tirada em uma dessas áreas florestais. Pois bem, um dos interunautas chamado Ryan que mora nas proximidades de Essen teria resolvido ir até o local para esclarecer o mistério entre a ligação entre o jogo Ben and Ed e a página do Facebook. O que Ryan descobriu é perturbador: um iPod abandonado e restos de uma ossada.
Até então ninguém pode ter certeza do que tudo isto significa, mas há quem acredite que o jogo é uma alusão a um crime de morte e canibalismo real. Será que o suposto assassino seria um desenvolvedor de jogos que utilizou sua obra como alegoria como uma metáfora para suas atividades depravadas? Seja como for, há de se concordar que a ligação entre o jogo e a página é bastante perturbadora. Ainda assim, a popularidade da teoria certamente teria despertado a atenção das autoridades e o caso já teria sido solucionado.
O caso circulou a internet e até apareceu no canal DrossRotzank, onde alcançou uma grande audiência. Se você ficou curioso acerca deste mistério, junte-se aos outros internautas e tente solucionar o mistério acerca deste game. O jogo é para PCs e pode ser acessado através da Steam.