Número de mulheres triplica na indústria de games e cursos se tornam uma boa jogada contra o desemprego

A cada novo estudo cobre o mercado de jogos eletrônicos comprova-se um fato: as mulheres estão cada vez mais atuantes no mercado de tecnologia. Desde a idealização e produção até o monitoramento de público. Do último censo do Ministério da Cultura, divulgado em 2014, para o atual, deste ano, a participação delas na indústria dos games passou de 15% para 20,7%, um crescimento de 38%. Representando apenas um quinto do total. Para virar o jogo, contra o público masculino que ainda é maioria na indústria, elas estão investindo o tempo no aprimoramento profissional com cursos.

Segundo um estudo realizado pela empresa Homo Ludens e apresentado pelo Ministério da Cultura, o número de mulheres na indústria de games brasileira triplicou nos últimos 6 anos. A pesquisa também mostra que há pouca diversidade de gênero e etnia entre os estúdios. Dos 2.731 trabalhadores da indústria, menos de 10% são negros (234), 0,8% são indígenas (24), e 0,4% são pessoas trans (12). Dos 375 estúdios nacionais levantados pelo estúdio, apenas oito tem mulheres negras como sócias.

De olho nesse cenário, a Full Sail University aposta na formação do público feminino voltada para o mercado de games e entretenimento. Para isso, tem como referência no Brasil, desde 2016, a Community Outreach Director, Carol Olival. A especialista em gerar resultados e promover mudanças na vida das pessoas tem realizado, desde o início da pandemia de Covid-19, lives com grandes talentos do setor de games, com o intuito de inspirar novos profissionais e dar um gás naqueles que já atuam no mercado de tecnologia e entretenimento. Para Carol, com ou sem isolamento, a indústria de tecnologia criativa seguirá se reinventando.

Carol Olival

“O setor de games sempre vai criar conteúdos inovadores para entrar em contato com os gamers por diferentes canais, aumentando, cada vez mais, a demanda e, consequentemente, as vagas e oportunidades de negócios”, conclui Carol Olival.

A instituição oferece uma vasta programação de serviços gratuitos como tour ao vivo pelo campus da universidade, que acontece todas às segundas-feiras, às 19 horas, além de lives diárias sobre jogos digitais, plataformas de redes sociais, mercado de publicidade e propaganda e storytelling. Mas é no webinar com a Carol Olival que é possível entender as plataformas digitais, e também aprender como usá-las na criação de um post com a utilização da ferramenta Spark, da Adobe.

Representatividade Feminina nos Games é o tema da próxima palestra do Conselho da Diversidade da Abragames

A representatividade é uma pauta bastante atual e necessária nos dias de hoje. Não é por acaso que a Abragames promoveu no último mês de agosto o 1º Ciclo de Debate sobre representatividades de minorias no Conselho da Diversidade da Abragames, onde se discutiu a Representatividade Negra nos Games e criou-se o Selo de Apoio e Incentivo à Diversidade na Indústria de Games. No próximo dia 22 de outubro, será realizado o 2º encontro, na Unibes Cultural, cujo tema será a Representatividade Feminina nos Games.

De acordo com a Abragames, a discussão abordará a participação das mulheres na indústria de games e a construção de personagens femininos nos títulos AAA e nas produções independentes. O tema vai trazer números e fatos de uma indústria que sempre foi dominada pela figura masculina e relegou às mulheres o papel de coadjuvante.

Segundo o relatório da Indústria Brasileira de Jogos Digitais, realizado pelo Ministério da Cultura, em 2018, apenas 20,7% da indústria brasileira de games é ocupada por profissionais mulheres, apesar de representarem 58,9% dos fãs de jogos casuais, segundo a Pesquisa Game Brasil 2019. O evento reunirá mulheres que trabalham com jogos para debater o papel das mulheres na indústria de games brasileira e para discutir ações que possam diminuir o gap entre trabalhadores da indústria x jogadoras.

“Queremos mostrar que apesar do gap ser grande, o que acaba por influenciar a construção de personagens femininos, existe um contra-movimento preocupado em mudar esse cenário. Se pegarmos o jogo Tomb Raider de 1996, a protagonista Lara Croft era a típica mulher gostosa, porém a partir de 2013 a franquia repaginou a personagem e hoje temos uma Lara muito mais real, em que as mulheres se sentem representadas e que não está no jogo para satisfazer os homens. Esse é um dos exemplos, mas tem muitos outros. Porém, ainda um grande caminho a ser percorrido”, afirma Camila Malaman, do Conselho da Diversidade da Abragames e coordenadora do Ciclo de Debates.

O debate “Representatividade Feminina nos Games” acontece no dia 22 de outubro, às 19h, na Biblioteca da Unibes Cultural (Rua Oscar Freire, 2.500), entrada franca.  Entre os debatedores, estão: Rany Ferraz – Garotas Geeks, Aiami Garcia – PushStart, Nayara Brito – More Than Real, Renata Rapyo – Tapps Games e Amanda Rolim – pesquisadora. Mais informações aqui.

 

Serviço – 2º Conselho da Diversidade da Abragames – Representatividade Feminina nos Games

Quando: 22 de outubro de 2019

Onde: Biblioteca da Unibes Cultural – Rua Oscar Freire, 2.500

Quanto: gratuito

National Free Fire Association (NFA) anuncia lançamento da Liga Feminina NFA

As garotas gamers acabam de ganhar mais força: a National Free Fire Association (NFA), uma associação brasileira de Free Fire, iniciou o lançamento da Liga Feminina NFA. De acordo com a associação, o objetivo da nova liga é levar maior competitividade e oferecer um ambiente confortável para as jogadoras, a competição acontecerá entre as doze equipes associadas da liga entre os dias 13 e 31 de Julho com transmissão ao vivo pelas redes sociais da NFA.

A Liga Feminina NFA teve lançamento no último sábado (13) às 19h e irá continuar hoje (14). Todos os jogos acontecerão no horário nobre da NFA, sendo aos sábados e domingos, das 19h às 22h. Com séries melhor-de-cinco, as doze equipes associadas da NFA irão disputar a premiação de R$ 1.000,00. Para quem não conhece, a NFA é inspirada no modelo de franquia da NBA e NFL

“O objetivo da NFA com a Liga Feminina é estimular cada vez mais que as mulheres entrem no cenário competitivo.”, comentou Bernardo Assad, CEO da NFA. “A primeira temporada premiação de R$ 1.000,00 e já estudando as possibilidades para aumentar a premiação para as próximas temporadas que estão por vir. Queremos que a Liga Feminina seja um produto recorrente da NFA”, completou.

Você pode acompanhar as novidades da NFA através do canal oficial.