USP faz premiação de jogos sociais com criptomoedas

O Pitch for Change, etapa competitiva do IX Festival Games for Change (G4C) América Latina, organizado pela USP (Universidade de São Paulo) premiou com “Moedas da Paz” os melhores projetos de games e jogos analógicos com propostas de impacto social. Dos 25 concorrentes, do Brasil mas também do México e Portugal, a primeira colocação foi para “Memorelas”, um jogo não-digital com mensagem feminista. As apresentações e premiações ocorreram neste domingo, dia 14 de novembro, com patrocínio do Consulado dos EUA, em São Paulo.

Joana Carolina Schossler apresentou um jogo não-digital de valorização da memória das mulheres e um quebra-cabeça intitulado “Revolucionárias”. Além do certificado, ela recebeu 26 mil “Peace Coins”, criptomoedas criadas no Japão e que já começaram a circular na “blockchain”, a mesma infraestrutura usada pela bitcoin e outras criptomoedas.

A comissão julgadora decidiu premiar três projetos para o segundo lugar. Alejandro Isamu Ito Abrejo, do México, apresentou o projeto de áudio-jogo para pessoas com deficiência visual. Já as competidoras Helena e Mariana Castro trouxeram o jogo Quem matou Machado de Assis, inspirado na obra do criador da Academia Brasileira de letras. E Vania Maria Vargas também foi premiada com o jogo para orientar as crianças para os cuidados com a diabetes. Os vencedores vão dividir o prêmio de 10 mil Peace Coins.

O terceiro lugar foi para Any Caroline de Sousa, com o projeto Salva Guarda Digital, que propõe um resgate da memória do município de Niterói (RJ). Any levou 6 mil Peace Coins e recebeu o certificado do evento.

O G4C teve ainda duas menções honrosas. Uma foi para a Jacque Baumgratz pelo projeto de Rede de Proteção, que orienta ainda sobre o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). A equipe de Portugal, formada pelos alunos Lucas, Manuel e Simão, orientados pelo professor Mateus, também recebeu menção honrosa com o jogo para as pessoas com deficiências motoras ou intelectuais.

“Foram projetos excelentes e uma inovação, a premiação com criptomoedas que dão visibilidade ao valor da gratidão. Dos 25 projetos apresentados, 19 tiveram nota acima de oito, e dez projetos alcançaram nota acima de nove. Vamos continuar em contato com todos os participantes fazendo um trabalho de promoção em redes internacionais”, ressaltou Gilson Schwartz, coordenador do Festival Games for Change América Latina, professor do Departamento de Cinema, Rádio e TV da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).

O IX Festival Games for Change (G4C) América Latina foi realizado entre os dias 12 e 14 de novembro com a proposta de compartilhar conhecimento, criar jogos e apoiar a circulação de Moedas da Paz. Além disso, o evento organizado pela USP promoveu o networking social e profissional e sessões temáticas.

Os interessados poderão assistir todos os eventos do G4C por meio do Canal do YouTube e da grade de programação disponível no site do festival.

 

Sobre Games for Change

Desde 2010 no Brasil, o Festival Games for Change (G4C) América Latina tem capacitado criadores de jogos e inovadores para impulsionar mudanças no mundo real, usando jogos e mídia envolventes, que ajudam as pessoas a aprender, melhorar suas comunidades e contribuir para tornar o mundo um lugar melhor. O G4C tem como parceiros empresas de tecnologia e jogos, organizações sem fins lucrativos, fundações e agências governamentais, que contribuem para a realização de eventos em todo mundo.

G4C oferece ainda suporte a uma comunidade global de desenvolvedores de games, que trabalham no uso de jogos para enfrentar os desafios mundiais, desde conflitos humanitários até mudanças climáticas e educação. Para mais informações, aqui.

Itaú investe no desenvolvimento de Camp Wars, jogo 100% brasileiro

Em mais uma iniciativa da plataforma #IssoMudaOGame, o Itaú Unibanco anuncia uma parceria com Pedro Caxa, desenvolvedor de jogos e idealizador do Camp Wars – game em que duas equipes correm contra o tempo para capturar três bandeiras dos adversários e já é sensação nas redes sociais, mesmo antes do lançamento. O jogo será gratuito e tem previsão de estar disponível online a partir de 15 de outubro.

De acordo com Robson Harada, superintendente de Growth Marketing do banco, o objetivo da proposta é o fomento da indústria nacional de desenvolvimento de jogos.

“Temos uma série de grandes estúdios produzindo games nacionais tão bons quanto aqueles que são feitos em outros lugares do mundo. Mas o que queremos, com a nossa marca e histórico de apoio a grandes causas, é dar voz e visibilidade para projetos como o do Pedro, que começou como um jogo de estudo e foi abraçado pela comunidade gamer e nas redes sociais, onde o Pedro é um fenômeno. Precisamos e queremos que mais pessoas como ele tenham a chance de se desenvolver e tirar do papel suas ideias”, explica Harada.

Apesar de ser um jogo de tiro em primeira pessoa (FPS) inspirado nos clássicos da categoria, o Camp Wars traz o conceito com uma mecânica nova e muito divertida: no lugar de balas, as armas jogam slimes (massa de modelar) nos adversários que perdem a mobilidade de acordo com a região do corpo atingida. Caso não seja salvo por um parceiro de time a tempo, o jogador que ficou preso não é eliminado, ele volta para a base de início.

Harada completa dizendo que essa não deve ser a única iniciativa do banco para desenvolvedores de jogos.

“Quando falamos em mudar o game, isso está diretamente ligado a olhar para o que acontece além do que está na frente da tela e entender a fundo esse mercado com tanto potencial de crescimento, gerando renda e oportunidades para as pessoas. O Pedro é um jovem muito talentoso, com uma história de superação proporcionada pelos games e sabemos que, como ele, muitos outros estão espalhados pelo Brasil e só precisam de uma oportunidade para transformar suas vidas”.

InfoJobs elenca 5 vantagens de incorporar a gamificação nos processos seletivos

Encontrar, conquistar e reter talentos são algumas das tarefas mais complexas para o setor de recursos humanos nos dias de hoje. Isto ocorre pela dificuldade em encontrar mão de obra capacitada para as vagas que os recursos humanos necessitam para ocupar os mais variados cargos. Algumas empresas já começam a apostar na gamificação para identificar talentos.

Uma das empresas que estão atentas a essa técnica é a InfoJobs, que vê a gamificação como uma ferramenta inteligente que torna os processos seletivos mais dinâmicos e interessantes – tanto para os candidatos quanto para os recrutadores.

De acordo com Adilson Souza, Sales Manager da InfoJobs, uma gamificação eficiente deve ter elementos como: desafios, objetivos, recompensas (pode ser pontos), níveis para avançar, história, motivação para continuar, diversão e competição saudável.

“Ao criar uma experiência imersiva e interativa, utilizando elementos de jogos, é possível avaliar e identificar habilidades que não seriam descritas no currículo ou comprovadas com certificados. Fora isso, o elemento lúdico ajuda a descontrair o momento que pode ser angustiante e estressante para a maioria dos profissionais”, afirma Souza.

Dentro desse contexto, o executivo separou cinco principais vantagens em incorporar gamificação nos processos seletivos.

1. Aumento do engajamento: isso porque a gamificação estimula os profissionais a cumprirem cada etapa, e internamente acontece até uma interação entre os participantes da atividade para acompanhar a evolução.

2. Maior motivação: sempre que temos um objetivo e uma recompensa a motivação torna-se maior, além disso, a mente humana gosta de superar desafios, por isso essa inovação é tão eficiente.

3. Treinamentos mais eficientes: essa prática permite que os colaboradores tenham uma experiência mais positiva e maior absorção do conteúdo, isso porque vão desenvolver novas habilidades, mas de forma mais lúdica e simples, tirando o aspecto cansativo dos treinamentos.

4. Experiência do candidato: com a gamificação é possível reduzir a tensão da avaliação dos processos seletivos e os candidatos tendem a ter um desempenho mais positivo.

5. Satisfação e marca empregadora: para candidatos e colaboradores a gamificação torna os processos mais fluidos e aumenta a interatividade com a empresa. Esses são pontos importantes para garantir a satisfação, e assim, conquistar recomendações, reter talentos e melhorar a reputação da empresa.

“A gamificação por si só não vai garantir o fim de todos os problemas de uma empresa. Porém, se bem aplicada, com uma ferramenta de qualidade e confiança, pode e deve gerar melhores resultados, como os citados acima”, acrescenta Adilson Souza.

Por conta da pandemia, inclusive, os processos seletivos de muitas empresas passaram a ser feitos internamente online, o que acabou aumentando a procura por ferramentas digitais, como o PandaPé, software de digitalização de processos seletivos do InfoJobs, que iniciou uma parceria com a Seppo, ferramenta online de gamificação, para tornar os processos ainda mais dinâmicos e interessantes.

“Além dos muitos benefícios para os candidatos, a prática também pode ser aplicada com os colaboradores, para garantir maior engajamento e produtividade. Por exemplo, o InfoJobs realizou recentemente a ‘InfoOlimpíadas’, dinâmica na qual havia atividades “olímpicas” entre os funcionários, com base em gamificação. A ideia era, além de diverti-los, reforçar a cultura com o game, falando da história, valores e produtos da empresa”, finaliza o executivo.