OhShape – Jogo de ritmo com realidade virtual é lançado para SteamVR, Oculus e Viveport

Entra ano, sai ano, o objetivo de muita gente permanece o mesmo: entrar em forma. Talvez fosse pensando nesse público que a desenvolvedora Odders Lab acaba de lançar a versão final do jogo OhShape para os óculos de realidade virtual SteamVR, Oculus e Viveport. Trata-se de um game que desafia o jogador a utilizar todo o seu corpo para desviar de obstáculos. O objetivo, é claro, é se exercitar.

Durante a jogatina os jogadores se deparam com diversos obstáculos como muros e plataformas e para avançar deve utilizar seus braços e pernas, seja desviando, saltando ou socando os obstáculos. A realidade virtual é responsável por tornar a jogatina imersiva e divertida, mais ou menos no mesmo esquema de Beat Saber, pois o gamer deve seguir o ritmo das músicas para avançar. De acordo com os produtores, o título tem como inspiração o programa de TV japonês “Hole in the Wall”.

OhShape

“A experiência de jogo do OhShape é muito satisfatória, pois qualquer jogador, com bastante prática, pode superar até os níveis mais exigentes. OhShape treina sua agilidade mental e física, bem como sua capacidade de reagir. O ritmo desempenha um papel fundamental, já que cada nível é uma coreografia projetada por dançarinos profissionais para fazer você se sentir o mestre da pista”, diz o comunicado à imprensa.

Um dos destaques de OhSahpe é seu modo editor, que permite que a própria comunidade continue alimentando o jogo com novos conteúdos. Assim, a expectativa é que o título se torne um dos queridinhos entre os entusiastas por jogos de realidade virtual e deva figurar nas casas de arcade do gênero.

Ainda de acordo com os produtores, OhShape chega a sua versão final com uma jogabilidade refinada e bem simples, de modo que qualquer jogador pode apreciar, mesmo que não seja um exímio dançarino. A versão final, vale dizer, possui 12 fases, além da possibilidade de a comunidade criar seus próprios cenários através do modo editor.

Abaixo você confere o trailer de lançamento de OhShape:

Testamos o Oculus Rift. E gostamos do que vimos!

O Oculus Rift é sem dúvidas um dos gadgets mais desejados desde que o projeto foi anunciado no Kickstarter. Tanto é verdade que ele conseguiu a arrecadação necessária em poucos dias (em 36 horas a campanha já angariava mais de US$ 1 milhão). O aparelho era tão interessante que mesmo com o financiamento garantido através da ajuda dos consumidores finais, o Facebook decidiu comprar a Oculus VR e trabalhar mais no eletrônico a fim de lucrar com ele mais à frente.

Não demoraria também para a gigante Sony revelar seu próprio óculos de realidade virtual, o Project Morpheus. De acordo com a Oculus VR, o acessório deve ser lançado somente em 2015, mas isso não quer dizer que não existem pessoas com o aparelho em mãos, e que já estejam desenvolvendo ideias para ele. Uma das poucas empresas que detém o Rift no Brasil é a Enken, uma companhia mais dedicada à publicidade do que em jogos eletrônicos em si. No escritório da empresa em São Paulo está a versão DK 2 do gadget. A Enken gentilmente convidou o GameReporter para uma bateria de testes do Rift a fim de darmos nosso parecer do que nos reserva a realidade virtual em alguns anos.

Em nossos testes tivemos acesso a quatro demonstrações de como a realidade pode ser explorada nos jogos eletrônicos e, acredite, coisa boa vem por aí. A primeira coisa que chama a atenção no Rift é a qualidade de definição da tela e o efeito 3D produzido (semelhante ao do Nintendo 3DS). Ao fixar o head na cabeça, nota-se que ele é bastante leve e não causa incômodo. O ajuste é feito posicionando os óculos de acordo com o que você observa nas duas telas de OLED.

O primeiro Demo testado foi uma das mais impressionantes vistas. Trata-se de um passeio de montanha russa. Nele, não temos qualquer tipo de controle sobre a ação, mas o efeito em três dimensões consegue passar a sensação de estar em uma montanha russa verdadeira. Chego até a sentir o típico frio na barriga antes da derradeira descida antes de pegar velocidade. Neste sentido, o isolamento da vista com a ação que ocorre fora dos óculos contribui para o cérebro ser enganado. Certamente que pessoas que passam mal neste brinquedo devem sentir enjoo ao fazer o teste no Rift. Quando viramos a cabeça, podemos visualizar os entorno dos trilhos.

A volta na Montanha Russa não é um jogo, mas serve bem para mostrar as capacidades do gadget. Outro ponto interessante é que a vista não se sente cansada como ocorre quando usamos o efeito 3D do portátil da Nintendo.

De acordo com a Enken, a versão 2.0 do Rift melhorou muito a latência em relação à primeira versão e é justamente isso que garante a ausência de desconforto. Há ainda uma câmera semelhante ao Kinect posicionada na tela do monitor à frente do Rift. Com ela é feita a captura de movimentos que permite que os movimentos executados a cada virar de cabeça sejam mais preciso.

Nosso segundo teste foi com outra demo técnica que não chega a ser um jogo. Tratava-se de uma aplicação que visa assustar os usuários mais desprevenidos. No demo, encontramo-nos em uma sala com um notebook na mesa e somos advertidos de que nossa coragem será testada até os últimos limites. A ideia é segura algumas teclas no computador e não soltá-la por nada. Uma vez que as teclas sejam liberadas significa “game over”.  O primeiro desses testes é uma invasão de moscas e varejeiras. O barulho das criaturas e ensurdecedor, mas não chegam a assustar de fato. O verdadeiro susto viria depois…

Há uma porta aberta à frente e de lá surge um velociraptor. O dinossauro posiciona-se à nossa frente rugindo de forma ameaçadora. Graças aos fones de ouvido de alta definição da Sony, a sensação de realidade é maximizada. Mais real que isso somente se fosse possível sentir o cheiro do animal e o vento produzido por sua respiração à nossa frente. De repente surgem facas que ficam sobrevoando à minha frente. Sem aviso elas caem muito próximas à minha mão. Desta vez sim, o instinto de alta preservação falou alto e por pouco não tirei o braço do caminho das facas.

Passados alguns segundos, as facas desaparecem para dar lugar a um novo horror: atrás do notebook surge uma aranha. A criatura começa a subir por meu braço direito de forma assustadora até chegar à minha orelha. O barulho reproduzido pelos fones é angustiante e foram produzidos a fim de causar pânico em pessoas que sofrem de aracnofobia.

Mesmo a ambientação não foi o bastante para convencer de que tudo o que ocorria era real o bastante para me fazer soltar os botões. Após passar pelo teste, o notebook avisa que somente há mais um teste a ser vencido. De trás do notebook salta em direção aos meus olhos outra aranha, desta vez em movimento de ataque como ocorre em filmes que exploram o temor das pessoas por aracnídeos. O susto não foi pouco, mas conseguir resistir até o final. A aplicação serviu para mostrar que o Rift será um acessório capaz de mexer com a sensação do jogador de forma que nenhum aparelho de imersão foi capaz até hoje. Imagine um game de terror como Slender: The Eight Pages ou Silent Hills, que explore as funcionalidades do Oculus Rift.

Nosso terceiro teste foi com Alien Isolation com a ajuda do controle do Xbox One. A imersão do game não é lá essas coisas, visto que todo o controle do personagem é feito com o controle. O Rift serve apenas para olhas pelos cantos. Quem já jogou Alien Isolation sabe que o game não é nada espetacular e, portanto, mesmo o headset de realidade virtual não pôde fazer milagres. A impressão que a menos que um game seja desenvolvido com o Rift em mente, o gadget torna-se dispensável.

O quarto e último teste foi com um game do gênero shooter espacial. Este sim, desenvolvido especialmente para o Rift. A jogabilidade é feita apenas movendo a cabeça para mirar nos inimigos que surgem ou para desviar de lixo espacial que está espalhando pelo espaço. Os tiros são efetuados automaticamente assim que a mira é travada nos inimigos. O game não é nenhum primor, mas apresenta ambientes bem trabalhados que proporcionam paisagens belíssimas. O fator desafio é mínimo e em geral, o game apenas serve para mostrar como o Rift pode ser usado como controle em um game de verdade.

De acordo com a Enken, muita coisa do Rift 2.0 ainda está sendo trabalhada pela Oculus VR e será aprimorada até chegar à versão final. Mas nosso teste provou que a imersão possível no headset é fantástica. Em jogos de ambientação de terror ou em aplicações que simulam situações reais como a montanha russa, o Rift mostra sua força. A Enken, inclusive, tem algumas ideias de possíveis aplicações para o Rift. Ao consumidor final, resta aguardar pelo lançamento do “brinquedo”, ciente de que todo o ceticismo é descabido: o Oculus Rift será o sonho de consumo de todo gamer. Resta esperar para ver se a Microsoft vai mesmo ignorar a realidade virtual, ou vai seguir os passos da Sony com seu Playstation 4.