Fundador de estúdio criador de Just Cause diz que DRM é prejudicial

Proteções DRM são muito criticadas por gamers, por desenvolvedores independentes e, vez ou outra, por membros em posições privilegiadas da indústria. Foi o caso das declarações recentes de Christofer Sundberg, fundador da Avalanche, criadora de Just Cause.

Em entrevista ao site da revista Edge, o executivo afirmou que embora a pirataria afete bastante o mercado de games, principalmente para PCs, proteções DRM não são a solução, e apenas punem o consumidor legítimo.

“Se um sistema DRM precisa ser defendido constantemente, algo deve estar errado”, comentou acrescentando que esse tipo de proteção é mostrar ao consumidor baixa confiança.

E, o mais grave, é que o jogador punido é o que paga pelo game, afinal, as cópias pirateadas vem sempre com a proteção quebrada. “Eu conheço pessoas que compram o jogo, mas baixam a versão pirata apenas para se livrar da proteção always-on”, afirmou, se referindo aos jogos cuja proteção DRM exigem que o jogador esteja sempre online.

“Jogos de PC sempre foram e sempre serão pirateados, destravados, modificados e o que você pensar. Essa é a natureza do PC como plataforma; você nunca poderá resolver esse problema”, defendeu acrescentando que acredita que a solução é provar aos clientes que há valor em comprar uma cópia original, ouvindo suas demandas e tentando atendê-las.

É claro que, em muitos casos, o desenvolvedor tem pouca responsabilidade no uso da DRM. “Não temos muita escolha, já que a distribuidora detém os direitos da franquia, mas posso garantir que gritaríamos antes de qualquer coisa assim acontecesse em um título da Avalanche”, disparou.

Sony critica nova política da Microsoft

Demorou alguns dias, mas a Sony finalmente se pronunciou a respeito das novas políticas de publicação de conteúdo da Microsoft, que restringem gamedevs que queiram publicar um game primeiro em consoles concorrentes ou oferecer conteúdo extra a eles.

De acordo com o novo acordo, os títulos para Xbox 360 precisam ser lançados, no mínimo, simultaneamente com a(s) outra(s) plataforma(s), e precisa ter ao menos o mesmo conteúdo que nos outros videogames. “Se essas condições não forem respeitadas, a Microsoft se reserva no direito de não permitir que o conteúdo seja lançado para o Xbox 360”, diz o acordo.

Logicamente, isso provocou irritação na concorrência. Rob Dyer, de relações públicas da Sony, acredita que a decisão da Microsoft é a de proteger uma tecnologia que ela sabe que é inferior. “Emburrecendo” a tecnologia e limitando que ela não esteja em um disco Blu-ray ou coisas dessa natureza, por exemplo, a Microsoft conseguiria diminuir a vantagem de concorrentes.

É uma decisão meio maluca, é verdade, mas tendo em vista que hoje quase todos os games são multiplataformas e que os desenvolvedores dependem de lançamentos em diversos consoles, isso pode significar que a Microsoft esteja dando as cartas e limitando uma evolução tecnológica um pouquinho maior dos games. Ou não? O que você, leitor, acha?

[Via Joystiq]

Criadores de Super Meat Boy não estão nem aí para pirataria

Enquanto a indústria combate a pirataria com ferro e fogo, alguns desenvolvedores não podiam se importar menos. É o caso de Tommy Refenes e Edmund McMillen, criadores do independente – e genial – Super Meat Boy.

Em uma declaração ao podcast DarkZero, eles disseram que o game foi amplamente pirateado e eles não estão nem aí.

“Se tivermos, vamos dizer, 200 mil cópias de Super Meat Boy que estão sendo pirateadas, são 200 mil pessoas que estão jogando o game”, comentaram, concluindo que isso gera publicidade gratuita e indicações para outros amigos que eventualmente comprarão o jogo para testar.

Você concorda?

[Via CVG]