Brasil é o sexto país com maior tempo médio diário de jogos de videogame, segundo pesquisa da Kantar

O Brasil é o sexto país com maior média diária de tempo de jogo entre jogadores de videogame, segundo dados da Kantar IBOPE Media, divisão da Kantar especializada em pesquisa de mídia. A Kantar preparou o relatório “O mundo dos games”. Além desse dado, o relatório ainda aponta que três dos 10 maiores negócios na história da indústria de games foram fechados nos primeiros meses de 2022. O maior destaque fica para a compra da Activision Blizzard pela Microsoft, por US$ 68,7 bilhões em janeiro.

A proposta do relatório é oferecer uma visão geral a respeito dos gamers. Com ajuda da pesquisa Target Group Index Global Quick View 2021, além de dados das ferramentas Video Streaming Report e TG.Net, a empresa descobriu quem são eles, como se comportam e como se relacionam entre si e com outras atividades enquanto jogam.

 

Potência global

Globalmente, a força dos games é nítida, uma vez que 72% dos usuários de internet jogam os títulos. E mais: esse público gasta 2h14min diariamente com a atividade. Ao analisar os países de forma individual, o Data Stories aponta que o consumo ocorre com maior intensidade em regiões da Ásia e do Pacífico. O primeiro lugar fica com a China, onde 90% das pessoas jogam videogame e gastam 2h02min por dia com o lazer — veja aqui o Data Stories completo “O mundo dos Games”.

O Brasil também marca presença, ocupando a 15ª posição no ranking mundial. Dados apontam que 67% dos brasileiros jogam videogame, sendo que 42% o fazem todos os dias da semana. O público gamer gasta 2h30min diariamente com a atividade.

 

Hábitos nacionais

Os gamers brasileiros usam diferentes dispositivos para jogar. Os favoritos são smartphone (83%), console (47%) e computador (44%). Também é possível notar, em menor proporção, o uso de tablet (15%) e console portátil (14%).

Jogar, no entanto, não é um ato isolado. Os brasileiros costumam realizar outras atividades durante as partidas. Entre elas, destacam-se ouvir música (39%), conversar online (33%), navegar por redes sociais (30%), assistir a vídeos (22%) e pedir comida (19%).

Ainda vale ressaltar que 54% deles afirmam que é melhor jogar com outras pessoas. Prova disso é que 62% dos Gamers gostam de participar de jogos multiplayer online com desconhecidos e 51% aproveitam a modalidade com amigos.

Mercado de games para mobile crescem durante a pandemia

Durante a pandemia os hábitos das pessoas tiveram seus hábitos de lazer modificados. E quem se deu bem com isso foram os produtores de jogos digitais. Pelo menos é isso que uma pesquisa realizada recentemente pela Justmob & Unity mostra. A pesquisa revela que os jogos mobile impulsionaram o setor neste período tão conturbado.

Segundo o levantamento, 38% dos entrevistados jogam 5 vezes ou mais por dia em seus aparelhos celulares. O dado revela que os aparelhos celulares são a principal forma de acesso a jogos durante a pandemia e que os jogadores têm passado mais tempo na telinha.

Outra pesquisa que mostra o crescimento do consumo de games, principalmente no mobile, foi realizada pela operadora de telefonia norte-americana Verizon, que destaca o aumento de 75% no uso de internet para jogos eletrônicos.

Podemos notar que o avanços das tecnologias para smartphones fez com que eles se tornassem o novo console dos games. Para comentar mais sobre esse momento de crescimento do mercado de games, Gabriel Duarte, diretor de novos negócios da Fina l Level, maior plataforma de entretenimento gamer do Brasil fez um vídeo destacando o potencial dos jogos digitais em plataformas móbile.

VACC – jogo produzido na USP conscientiza sobre a campanha de vacinação contra o coronavírus

A crise do coronavírus uniu grande parte da população em um objetivo único: imunizar a população frente a esse novo desafio. Quem está unido nesse desafio é a comunidade gamer! Pelo menos é isso que mostra o grupo de estudos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, que acaba de desenvolver o game VACC que te coloca no controle da vacinação, que se torna mais difícil à medida que o isolamento social é rompido. O desafio é alcançar as pessoas antes que elas se aproximem de elementos como fakenews e aglomeração, tornando-as alvos suscetíveis para os vírus que estão à solta pelo jogo.

VACC acaba de ser lançado e já está disponível neste link. O jogo foi idealizado por Helder Nakaya e outros membros da Campanha Todos Pelas Vacinas, e tem o apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas do CNPq, do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Vacinas da USP e da Universidade Federal do Paraná.

Para ajudar a Maria Gotinha a vacinar a população em VACC, o jogador deve utilizar as setas do teclado para se mover e o botão direito do mouse para aplicar a vacina. Uma versão beta do jogo para mobile foi submetida ao Google Play e está sob análise da loja de aplicativos.

“Eu sempre achei que um modo de ensinar de forma divertida poderia ser através de jogos. Porque a informação de qualidade já existe na internet, o problema é fazer as pessoas acessarem e se interessarem por isso. Neste momento, algumas escolas estão abrindo para aulas presenciais, então se a gente conseguir alcançar jovens e crianças será importante. O jogo e todo o resto é para pedir à população que fique do lado da vacina; a importância da máscara e do isolamento social (mesmo com as vacinas por aí); a imunidade de rebanho; as variantes virais que surgem em epidemias e como elas podem escapar da proteção da vacina; e até o perigo em se acreditar em fake news. Tudo isso o jogador irá aprender sem nem perceber”, explica Nakaya.

Helder Nakaya, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Idealizador do jogo VACC e coordenador do Laboratório de Bioinformática e Biologia de Sistemas Computacional. Quando o coronavírus encosta em uma pessoa sem a vacina, ela desaparece e em seu lugar surgem dois novos vírus. Cada cor de vírus representa uma variante viral diferente. O mais perigoso deles é o verde, que, embora se mova lentamente, tem 50% de chance de infectar até mesmo aqueles que já foram vacinados, mas não mantiveram o uso de máscaras e o isolamento.

Até aqui, você pode pensar que a missão de vacinar a todos com tantos obstáculos terminará em game over. Mas VACC conta com duas ajudas excepcionais: a ciência, representada pelo tradicional frasco de Erlenmeyer – aquele, de vidro, com formato de balão e boca estreita – e os insumos das vacinas – representados pelas seringas.  Ao encontrar estes itens, sua capacidade de vacinação é ampliada, já que será necessário vacinar duas vezes cada pessoa.

Após receber a primeira dose da vacina, a pessoa fica com um escudo de cor clara ao redor do corpo por um tempo. Ao se aproximar de uma ameaça, o escudo rebate o vírus, mas não o destrói. Com a segunda dose, o escudo se torna mais forte e permanente, sendo também capaz de eliminar o vírus.

O jogo dá conta ainda daquelas pessoas que não podem ser vacinadas: seja por doenças preexistentes, seja por idade. Quanto mais pessoas próximas estiverem vacinadas, mais a imunidade coletiva se torna possível. Ela é uma estratégia do jogo para passar de fase e adquirir novas conquistas, ainda que nem todos estejam imunizados na fase anterior.  Para mais informações do VACC, acesse o site especial.

Abaixo tem um trailer de VACC: