Jogo de investigação Mindcop já está disponível no Steam, PS5 e Nintendo Switch

O jogo de investigação Mindcop, desenvolvido pelo criador independente Andre Gareis, já pode ser adquirido nas plataformas Steam (com compatibilidade para Steam Deck), PS5 e Nintendo Switch. Com preço sugerido de R$ 26,99, o título promete uma experiência imersiva para os fãs de mistério, combinando uma narrativa envolvente com mecânicas inovadoras de gameplay.

O objetivo principal do jogo é solucionar um assassinato em apenas cinco dias dentro do universo do game. Cada ação tomada pelo jogador consome um recurso valioso: o tempo. Esse gerenciamento estratégico é essencial para avançar na investigação sem cair em armadilhas ou perder pistas importantes, criando uma experiência dinâmica que testa tanto a lógica quanto a capacidade de planejamento.

Entre os destaques do jogo está a mecânica de Mindsurf, que permite ao jogador entrar na mente dos suspeitos. Nesse modo, é necessário resolver um quebra-cabeça em tempo real para acessar o “Mar de Pensamentos” do investigado. Lá, é possível descobrir segredos, desmascarar mentiras e coletar informações cruciais para avançar na história. O minijogo, que mistura elementos de lógica e estratégia, termina com a escolha entre três portas simbólicas: Mentira, Incerteza e Verdade. Cada uma revela diferentes facetas da psique do suspeito, fornecendo pistas essenciais.

Além de oferecer uma trama não linear, Mindcop conta com dois finais distintos, dependendo das escolhas do jogador ao longo da jornada. Essa característica aumenta o fator replay, incentivando os jogadores a explorarem diferentes caminhos na busca pela verdade.

O jogo foi desenvolvido ao longo de seis anos e é uma realização pessoal para Gareis, que descreve o projeto como uma jornada desafiadora e gratificante.

“Espero que os jogadores se conectem com a experiência única que criei. Este jogo é um reflexo da minha paixão por histórias de mistério”, afirmou o desenvolvedor.

Com suporte a diversos idiomas, como português, inglês, espanhol e chinês, Mindcop já está disponível nas principais plataformas digitais, trazendo uma nova abordagem ao gênero de investigação. Você pode acessar a página do game na Steam aqui.

Abaixo tem o trailer de Mindcop:

Snow Bros. Wonderland: clássico dos videogames retorna com modo cooperativo e novos desafios

Depois de quase 30 anos longe dos consoles, Nick e Tom, os icônicos personagens de Snow Bros., estão de volta em Snow Bros. Wonderland. O jogo, desenvolvido pela TATSUJIN e publicado pela Clear River Games, chega com uma nova perspectiva em 3D isométrico, gráficos renovados e jogabilidade cooperativa local para até quatro pessoas. Com lançamento previsto para 28 de novembro de 2024, Snow Bros. Wonderland estará disponível para download digital no PS4, PS5, Nintendo Switch e Steam. Além disso, uma edição física do game será oferecida pela Limited Run Games, em versões padrão e de colecionador.

Na nova aventura, os jogadores devem ajudar Nick e Tom a salvar a Terra da Neve das ameaças do Rei do Mal, enfrentando inimigos diversos e explorando cenários inéditos. O jogo inclui novos movimentos, power-ups e mecânicas avançadas de combate, e é marcado pelo retorno das clássicas bolas de neve, que permitem transformar inimigos em armas de ataque.

A edição de colecionador também promete atrair os fãs da nostalgia, trazendo itens exclusivos. Em tempos de remakes e retornos nostálgicos, Snow Bros. Wonderland pretende renovar a clássica experiência da franquia, agora em plataformas modernas.

Para mais informações sobre Snow Bros. Wonderland, visite o site oficial.

Review: Mars 2120 é um bom jogo, mas expõe as dificuldades de desenvolver jogos

Mars 2120 é um jogo no estilo metroidvania desenvolvido pelo estúdio brasileiro QUBYTE Interactive, lançado em agosto de 2024 para Steam, PS4, PS5, Nintendo Switch, Xbox One e Series X|S.

Em Mars 2120, o jogador assume o papel da Sargento Anna “Thirteen” Charlotte, enviada para Marte para responder a um misterioso chamado. Ao chegar, ela se depara com uma colônia dominada por inimigos e precisa descobrir o que está acontecendo. Grande parte da trama de Mars é contada através de audio-logs, então encontrá-los é essencial para compreender mais sobre o universo do jogo.

O jogo rapidamente dá controle total ao jogador, que já começa com o pulo duplo, o que torna a exploração, um elemento crucial em metroidvania, bastante agradável. A exploração é dividida em diferentes áreas, com biomas que são fundamentais para aumentar o desafio do jogo. Na área de gelo, por exemplo, qualquer descuido pode resultar em congelamento ou até mesmo morte. É um jogo que sabe punir o jogador: cair em abismos pode significar o fim da exploração, portanto, salvar o progresso em cada ponto de salvamento é crucial.

Em Mars, o combate é dividido entre tiros e ataques corpo a corpo. Alguns inimigos morrem mais rapidamente no combate físico, enquanto outros resistem mais. Cabe ao jogador identificar isso durante a jogatina e planejar a melhor forma de derrotar os inimigos. Habilidades e melhorias podem ser encontradas ao longo da jornada, aprimorando esses aspectos. O sistema de upgrade está vinculado ao acúmulo de experiência obtida no mapa ou derrotando inimigos. No entanto, além de ter os pontos necessários para “comprar” as melhorias, o jogador precisa encontrá-las no mapa, o que incentiva a exploração e a revisita de áreas já exploradas com o uso de habilidades adquiridas posteriormente. Esses elementos são o que tornam o gênero metroidvania interessante, e Mars faz isso muito bem.

Ao longo do jogo, o jogador encontra diversos tipos de tiros que também funcionam como chaves para abrir portas ou acionar botões. No que diz respeito às mecânicas, algo que incomodou foi a necessidade de mirar com o segundo analógico, semelhante ao jogo quase esquecido Shadow Complex. Inclusive, se a memória não falha, o desenvolvedor mencionou na BGS 2023 que esse jogo foi uma das inspirações nesse aspecto. É bastante trabalhoso acertar um inimigo com o analógico, devido a uma certa imprecisão no comando. Andar, atirar, esquivar e trocar de tipo de tiro durante o combate com múltiplos inimigos tornou-se algo burocrático. No entanto, a opção de mira automática, disponível nas configurações de acessibilidade, ajudou a contornar essa dificuldade.

Mars 2120 é um jogo cheio de potencial, desde seu mapa bem desenhado, com diversos biomas que impactam diretamente a exploração e o combate, até seus chefes e a trama, que são envolventes o suficiente para prender a atenção do jogador. No entanto, aqueles que desejarem chegar ao final desta aventura terão que enfrentar situações que evidenciam as dificuldades de desenvolver um jogo, como a necessidade de tempo para polir o trabalho.

MARS 2120

Não se sabe ao certo se o estúdio teve tempo para melhorar as animações. Sabe-se que houve a transição da Unreal para Unity, de acordo com o documentário divulgado (inserir link), mas o que se vê no jogo demonstra essa carência. Isso pode prejudicar a experiência, causando estranheza. Muitas das animações são desengonçadas; é possível entender o que o personagem está fazendo, mas a execução não é das melhores. Comparando com a versão testada na BGS 2023, o jogo final está bem melhor, e ele vem recebendo atualizações que estão melhorando a experiência. Contudo, os pontos que fazem dele um jogo mediano ainda estão presentes. Vale lembrar que se trata de um jogo de baixo orçamento, e seu preço reflete isso: R$59,90 em todas as plataformas. A jornada leva cerca de 6 horas, e o jogo está legendado e dublado em português brasileiro.

Desenvolver jogos nunca foi uma tarefa fácil. As dificuldades variam entre animações, design de níveis, enredo, programação, engine gráfica, marketing e, claro, polimento e otimização. Esses dois últimos tópicos são muito comentados atualmente: se um jogo apresenta quedas de desempenho ou bugs, é comum culpá-los. O que poucos sabem é que são raros os jogos que têm o luxo de serem lançados com um bom polimento.

 

Casos como Zelda: Tears of the Kingdom, onde a Nintendo reservou um ano apenas para otimizar o jogo para o Switch, ou Baldur’s Gate 3, que entrou em Early Access e conseguiu um impacto significativo, são exceções, mesmo no cenário dos jogos AAA. Comparar um jogo indie, feito com dedicação por uma equipe pequena, com esses gigantes não faz sentido, mas evidencia a diferença entre um jogo indie de baixo orçamento e os colossos da indústria. Ao considerar esses fatores, a nota atribuída ao jogo reflete uma análise justa de um título que levou cinco anos para ser desenvolvido.

Há muita expectativa para o próximo trabalho da QUBYTE. O estúdio demonstrou competência, e certamente Mars 2120 foi uma experiência que trouxe aprendizados valiosos para o futuro, permitindo que evoluam em projetos ainda melhores. O título está disponível na Steam.

Nota: 7

Texto por: Victor Cândido