John Romero, criador de DOOM, vem ao Brasil para participar da BGS 2019

Se você é fã de jogos de tiro, certamente já ouviu falar de John Romero, afinal é ele a mente por trás dos icônicos Doom, Wolfestein 3D e Quake, dois dos jogos mais influentes de todos os tempos. Pois bem, o “pai” dos jogos de tiro em primeira pessoa virá ao Brasil pela primeira vez para participar da Brasil Game Show 2019, a maior feira de jogos eletrônicos da América Latina, que acontece entre  9 e 13 de outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Romero virá ao evento para cumprir uma série de atividades com seus os fãs, como sessões de fotos e autógrafos na área gratuita de meet & greet, apresentações no BGS Talks, onde revelará aos fãs curiosidades de sua carreira, participação como jurado de concursos de cosplay e  painel no BGS Summit, atração criada em 2018, voltada para profissionais do mercado de jogos eletrônicos. Além disso, Romero será um dos grandes homenageados da BGS 2019, onde deixará a marca de suas mãos gravadas no Wall of Fame e receberá o prêmio Lifetime Achievement Award.

“John Romero é uma das mentes mais brilhantes da indústria de games, por sua capacidade de inovar e se reinventar. Sua trajetória é inspiradora, tanto para aqueles que jogam quanto para os que desejam trabalhar no setor”, disse Marcelo Tavares, CEO e fundador da BGS. “Lembro que ia para lan houses jogar Doom com os amigos. Depois, um dos jogos que mais curti foi Quake. Será uma honra ter Romero na BGS deste ano. Como eu, tenho certeza que milhares de fãs vibrarão com sua presença. Estou ansioso por promover e testemunhar esse encontro”.

Além de John Romero, a organização da BGS também já confirmou a participação de Charles Martinet, dublador de Mario, icônico personagem da Nintendo, e Shota Nakama, criador da Video Game Orchestra, que, pela primeira vez, trará sua banda para o Brasil. Para mais informações sobre a Brasil Game Show, acesse o site oficial do evento.

 

Serviço – BGS 2019

Quando: 09 a 13 de outubro (1º dia exclusivo para imprensa e negócios)

Onde: Expo Center Norte – Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo/SP

Quake Champions expande presença nos eSports em 2017 com torneios nos EUA e na Suécia

A franquia Quake é uma das mais lendárias no gênero FPS e Quake Champions veio justamente para restabelecer a importância da franquia. Os objetivos agora são agarrar parte dos seguidores de eSports e parece que as coisas estão no rumo certo graças as finais do mundial Quake World Championships, na QuakeCon.

Recentemente a Bethesda e a DreamHack revelaram dois novos torneios para 2017, expandindo o alcance do jogo no atual cenário competitivo profissional: o DreamHack Denver Quake Championship, que tem premiação de US$ 75 mil, nos EUA, e o Quake Champions Invitational, um grande torneio que será realizado no festival DreamHack Winter, na Suécia, com premiação de US$ 350 mil. Novos eventos de eSports para Quake Champions serão anunciados no futuro.

DreamHack Denver Quake Championship – 20 a 22 de outubro: A Bethesda realizará um campeonato de Quake Champions em Denver, Colorado, nos EUA, com premiação de US$ 75 mil, em que os competidores irão se enfrentar tanto no modo Duel quanto no intenso modo de times 4v4, o Sacrifice. As qualificatórias para o DreamHack Denver Quake Championship começarão em setembro.

Quake Champions Invitational, na DreamHack Winter – 1 a 4 de dezembro: Os melhores jogadores estarão reunidos no primeiro Quake Champions Invitational, que será realizado no DreamHack Winter, na Suécia. Os maiores jogadores de elite de todo o mundo irão competir por uma premiação de US$ 350 mil nos modos Duel e Sacrifice.

Ambos os torneios contarão com qualificatórias abertas, além de uma seleta lista de grandes jogadores profissionais de Quake Champions que serão convidados a competir. Aqueles interessados em participar das qualificatórias abertas poderão se inscrever no site da DreamHack. Detalhes serão anunciados num futuro próximo.

Se você não quiser esperar pelos torneios da DreamHack para ver mais competições de Quake Champions, não deixe de assistir às finais do Quake World Championships, direto da QuakeCon, nesta semana, de 24 a 26 de agosto, onde os melhores jogadores do mundo irão se enfrentar ao vivo, nos do Twitch e Facebook.

Carta de um desenvolvedor de jogos desconhecido (1985)

O GameReporter não poderia deixar de publicar uma carta do lendário desenvolvedor de jogos e produtor John Romero (Wolfstein, Quake, Deus Ex etc), escrita em 1985 para o também produtor de jogos Jordan Mechner (Karateka, Prince of Persia, The Last Express etc).

Na carta, Romero se apresenta como um jovem desenvolvedor de jogos muito interessado nos games criados por Mechner, aproveitando a ocasião para fazer perguntas sobre o desenvolvimento de jogos. Além disso, Romero ainda fala sobre os jogos que ele esteve trabalhando na época.

Vale lembrar que naquele período John Romero não era nem um pouco conhecido por suas obras como é hoje. Ou seja, a carta serve como incentivo para novos desenvolvedores, pois a carta mostra que até mesmo os mais proeminentes produtores de jogos da indústria um dia já tiveram dúvidas e admirou trabalhos de outros profissionais. A tradução e adaptação são livres. A carta original pode ser lida na íntegra no aqui no formato PDF.

“Olá, deixe que eu me apresente.

Meu nome é John Romero e atualmente vivo em Needingwonth, Inglaterra. Eu sou um norte-americano e vivo aqui com minha família.

Eu estou escrevendo porque eu joguei o jogo Karateka (na verdade, eu tenho o jogo). Estou escrevendo porque você precisa ser parabenizado por este jogo. Fiquei absolutamente impressionado com os efeitos gráficos, sombras e tudo mais. Você fez um ótimo trabalho. Eu acho que ele define o conceito de arte para os futuros jogos da Apple. A tecnologia estava no hardware da Apple todo esse tempo para reproduzir esses gráficos e só precisava de um programador como você para torná-los reais.

Agora tenho de me trair. Eu também sou um programador de jogos, embora desconhecido. Pelo que eu vi na tela, deduzi muito das técnicas utilizada na elaboração dos gráficos.

Para a música. Eu gostaria de saber se você usou o Music Construction Set. Eu terminei o jogo muitas vezes e eu continuo jogando para ouvir mais daquela música excelente. Você compôs aquela música ou o que? Se você fez isso, você deve ser algum músico!

Tudo somado, o jogo é absolutamente incrível. Eu tenho estudado os jogos da Brodenbund e todos eles têm animações não-intermitentes e demos excelentes. Fiz toneladas de jogos, mas até recentemente eu não usei todas as técnicas de animação avançados como o “Page flipping” ou animação. Agora que eu sei como essas técnicas são boas estou começando a usá-las (a técnica de flipping requer uma tremenda quantidade de trabalho)!

Eu também o agradeço por redefinir os meus métodos de animação. Desde Karateka, minha visão gráfica mudou. Eu criei novas rotinas de desenho e algoritmos de inversão. Se você pudesse ver a minha última obra de arte (que ainda está privada de avançadas técnicas de animação é claro, mas ainda assim é boa o suficiente), basta me escrever para e requisitar (não se esqueça de incluir o endereço). O jogo se chama The Pyramids of Egypt.

Muitas pessoas acham que é melhor do que Lode Runner, e quase todo mundo grita Tutankamen (!) quando eles o vêem pela primeira vez. Ele funciona com teclado e joystick e seu carro define suas chaves. Existem 108 níveis e planejo fazer 100 níveis de expansão.

De qualquer maneira, solicite-me e ele é seu. Atualmente, estou tentando vendê-lo a qualquer um que puder (o estúdio Broderbund é a primeiro na minha lista). Meu próximo projeto vai ser incrível (usando a técnica de flipping, é claro). Eu mal posso esperar até ter uma idéia para o meu próximo jogo!

Outra coisa que eu queria lhe perguntar é como foi fazer o fundo em rolagem? Desde Choplifter fiquei curioso em saber que tipo de dados e algoritmos são usados para desenhar um fundo em rolagem como o seu. Ah, sim, eu sei como fazer o movimento de “agitada” no cenário de fundo, mas não como vocês o fazem. Se decidir responder esta carta, eu seria eternamente grato se pudesse me explicar isso.

E se você tiver interesse de ver alguns dos meus jogos mais antigos, não procure mais longe do que a edição de junho de 1984 da revista nCider e a futura edição de junho (1985) e outra cujo eles ainda não me falaram ainda, também olhe na American Magazine de dezembro-1984 o meu jogo premiado Cavern Crusader. Sim, eu fiz algum material de respeito, mas eu ainda não entrei para a “grande liga” ainda. Basta esperar o meu próximo jogo!

Atenciosamente,

John Romero

Discípulo do grande Jordan e adorador de Mechner, o Magnífico!”