E3 2018: Os rumores que gostaríamos que se tornem reais

Já estamos naquela época do ano que a treta come solta entre os fãs de Sony, Nintendo e Microsoft. A E3 2018 desponta como uma das mais inesquecíveis que teremos nos últimos anos, afinal estamos em um ano chave para a indústria. O que os grandes players estão preparando para chamar mais consumidores para seus jogos e sistemas? Desta vez não espere novos consoles, então essa deve ser a E3 para quem curte jogos.

Rumores indicam que esta pode ser a E3 derradeira do Playstation 4, já que os planos da próxima plataforma da Sony estão em curso. Seja como for, o console esta em uma situação bastante confortável e a Sony deve aproveitar os últimos anos da plataforma para agradecer todo o suporte da comunidade com preciosidades como The Last of Us 2, Spiderman e Days Gone. Apostamos que a Sony vai mostrar isso e muito mais antes que o PS5 seja uma realidade.

Já a Nintendo conseguiu um sucesso estrondoso com o lançamento do Switch. Todo o mundo quer colocar as mãos na plataforma híbrida e agora é a hora da Nintendo mostrar a que a plataforma veio com esta E3. Notícias desanimadoras indicam a falta de suporte de alguns jogos importantes como Call of Duty, Red Dead Redemption ou ainda o provável The Division 2. Ainda assim, a falta de apoio das 3rd parties nunca foi primordial para a Nintendo desde a era N64. Podemos esperar então uma chuva de jogos 1st party arrasadores

Já pelo lado da Microsoft, sabemos que o Xbox One X é uma realidade e está na hora da Microsoft mostrar todo o poder da máquina. Os serviços disponibilizados para a família Xbox são ótimos, mas a comunidade almeja por jogos. Se depender do que a empresa de Redmond tem indicado, é justamente isso que veremos: a empresa praticamente vai fazer um evento separado da E3, com um mega estande. Além disso, últimas notícias já mostram a formação de um novo estúdio em Santa Monica e que sua função será criar estúdios AAA.

Neste texto estamos apontando conjecturas do que podemos (e gostaríamos de) ver na E3 2018.

Franquias da Rare de volta

Ainda que tenha cometido vários deslizes ao longo dos anos, a Rare ainda possui um lugar especial no coração dos jogadores, afinal algumas das melhores franquias de todos os tempos nasceram neste estúdio britânico. Atualmente a produtora está focada em Sea of Thieves. O lançamento do jogo dos piratas não foi tão legal quanto poderia em termos de crítica, mas o número de jogadores é bem expressivo, o que vai manter o estúdio ocupado com upgrades e novos conteúdos para agradar a sólida base de jogadores.

Mas então o que acontece com as outras franquias da empresa? Nossa aposta é que elas devem seguir o mesmo caminho de Killer Instinct, ou seja, parar nas mãos de outros estúdios. Já não é de hoje que ouvimos falar que a Microsoft tem planos de reviver Battletoads ou Perfect Dark. Além disso, existem milhares de jogadores esperando uma sequência de verdade do Conker. Não ficaríamos exatamente surpresos de ver um novo Banjo-Kazzoie ou Viva Piñata vindos de outros estúdios da Microsoft.

 

Um novo Elder Scrolls

Lá se foram sete anos desde que Skyrim apareceu pela primeira vez para o Xbox 360 e Playstation 3. Desde então vimos relançamentos para todos os sistemas da atual geração. Já está mais do que na hora da amada franquia de RPG ressurgir. Nos últimos anos a Bethesda se empenhou bastante com as novas entregas de Doom e Wolfstein, agora é o momento de apostar nos RPGs.

Alguns apostam que Fallout é quem deve dar as caras, mas acreditamos que uma coisa mais bombástica seria a aparição do lendário Elder Scrolls VI. Se os rumores estiverem certos, o tempo de desenvolvimento serviu para a produtora criar outra engine, melhorar o sistema de combates e entregar o maior mapa de um jogo digital jamais visto. Claro, há quem aposte que um novo Elder Scrolls não saia nesta geração, mas será que a Bethesda vai mesmo ignorar uma base de jogadores tão grandes quanto à de PS4, Xbox One e PC?

 

Bloodborne 2 se tornando real

Bloodborne é apontado por muitos como tecnicamente superior ao seu irmão mais velho (Dark Souls), o que elevou o status do game para cult. Não por acaso ele está invariavelmente nas listas de melhores jogos do PS4 desde seu lançamento no equidistante ano de 2015. Seria uma aposta segura que o próximo jogo da From Software será uma sequência de Bloodborne, desta vez, quem sabe, multiplataforma?

 

Halo 6 liderando a estratégia do Xbox

O Xbox One precisa vender e qual melhor game para fazer o console vender do que o jogo mais amado do Microsoft Studios? Halo 5: Guardians recebeu uma recepção mais morna da comunidade de jogadores, mas ainda assim vendeu mais de 5 milhões de unidades ao redor do mundo, se tornando o game mais vendido do One.

É bem seguro afirmar que a 343 Industries está entusiasmada em tornar a sexta entrega mais palatável e ainda mais seguro afirmar que Halo 6 deve aparecer de alguma maneira na E3 2018.

 

Pikmin 4 dando as caras

Em meados de 2015, Shigeru Miyamoto já dava entrevistas abertamente falando sobre Pikmin 4 e como ele estava progredindo, mas que não era prioridade da empresa no momento. Agora que a poeira acerca de Mario e Zelda baixou, a Big N vai precisar manter o interesse do público com lançamentos menores.

Já que Smash Bros, Metroid e Pokémon são muito aguardados e a Nintendo não deve desperdiçar este três lançamentos, apostamos que Pikmin pode ser um dos jogos de transição entre um lançamento e outro. Talvez algo mais concreto apareça em breve.

 

Um novo Pokémon para o Nintendo Switch

Tem gente que venderia um rim para jogar um novo Pokémon para um console de mesa e a Nintendo sabe disso. Após a estratégia para o lançamento de Breathe of the Wild, talvez o próximo peso pesado da empresa seja Pokémon mesmo.

Metroid, Mario Kart e Smash Bros. já devem estar bem evoluídos, portanto a hora é de apostar nos monstrinhos de bolso, já que eles devem demorar um pouco mais e talvez vender mais que esses jogos.

 

Mortal Kombat XI com muitos lutadores

A Netherealm sabe que Mortal Kombat voltou a ser o jogo de luta número 1 do mundo e que seus concorrentes estão chegando forte. Para contratar e assegurar a hegemonia no gênero, nada melhor do que um novo Mortal Kombat, certo? A franquia ganhou bastante maturidade com MK XL e a tendência é um game ainda mais refinado e divertido.

Há já quem aposte que o vilão do jogo será nada menos que Raiden, o deus do trovão. Outro palpite é que a produtora resolva mesmo apostar no crossover novamente com a Liga da Justiça, afinal o último projeto deles foi Injustice 2. Veremos o que a Netherealm preparou para a E3, mas é bem certo que algo vá ser mostrado.

 

Smash Bros chutando bundas e recheado de personagens especiais

Smash Bros é umas das poucas certezas que todos têm sobre a apresentação da Nintendo no evento deste ano, afinal a própria empresa já antecipou que o game é parte do show e o teaser do ano passado não deixa qualquer sombra de dúvidas que o game está a caminho. Então, porque estamos falando deste game num texto sobre rumores?

Bem, é simples: este game já é cotado como um dos mais aguardados do evento inteiro. Quase todos querem saber quem serão os personagens jogáveis, quais os cenários vão aparecer? Seguindo uma linha de rumores do GameSpot, gostaríamos muito de jogar com Captain Toad, Tetra, King K. Rool e o icônico Snake. Esta é a chance da Nintendo finalmente superar Smash Bros. Brawl.

 

Franquia Fable ressurge aos moldes antigos

Ainda que alguns jogadores ainda nutram qualquer esperança de a Microsoft reviver o promissor Scalebound, acreditamos que as chances são praticamente zero e que ao invés disso, a empresa de Redmond vai apostar em um revival mais seguro e com uma base de fãs já grande como é o caso de Fable. Esqueça o fim prematuro da Lionhead, acreditamos que o projeto Fable deva passar para outra produtora. Inclusive um rumor bastante convincente dizia que a Playground Games (Forza Horizon) abraçou o projeto.

Há quem diga que o game possa ser focado no multiplayer e será free-to-play, seguindo a estratégia recente de apostar em jogos para múltiplos jogadores como ocorreu em Sea of Thieves. Outro rumor já aponta que o título será mais focado na história singleplayer mesmo e que o cão terá um papel muito mais ativo no desenrolar dos acontecimentos. Seja como for, os fãs de RPG estarão muito atentos nesta E3.

 

Sony aposta no retorno de Jak & Daxter

Por fim, um rumor que faz bastante sentido. Recentemente a Sony tem apostado bastante em franquias já consagradas do grande público e que detém um histórico quase impecável. God of War foi o mais recente, mas não podemos esquecer que nos últimos anos a empresa entregou os sólidos Ratchet & Clank, Killzone e Shadow of the Colossus.

O que falta no pacote? Se analisarmos por esse prisma, fica claro que falta algo para o ícone Sly Cooper e a dupla Jak & Daxter. Como o Sly está meio esquecido e quem cuidou tanto tempo de Jak foi a Naught Dog, é bem razoável imaginar que a empresa comece a trabalhar num retorno da franquia o mais rápido possível, certo?

 

E você, o que espera para a E3 2018?

Os 5 melhores (e piores) momentos da Microsoft na E3 2017

A E3 2017 está a todo o vapor e dentre as três fabricantes de hardware já tivemos a apresentação da Microsoft ontem (11 de junho). A conferência foi marcada por novidades e muitos games. A Microsoft dedicou quase todo o espaço para mostrar jogos, e foram muitos jogos mesmo! Vai faltar tempo para jogar tanto jogo bom.

Como não poderia deixar de ser, também tivemos os detalhes do Xbox Scorpio, que já até ganhou um nome definitivo. Selecionamos aqui os cinco momentos mais legais da conferência da Microsoft e os cinco menos empolgantes.

Confira abaixo os “highlights” da apresentação da Microsoft na E3 2017:

 

Xbox One X

A Microsoft cumpriu a promessa: O Xbox One X (ex-Scorpio) é realmente muito poderoso e surpreendeu até os mais descrentes graças as suas configurações top de linha: são 12 GB de memória RAM e 6 teraflops de GPU. O aparelho é belíssimo, menor que o modelo S e totalmente compatível com acessórios dos modelos antigos.

E sim, ele roda os jogos a 4K com elementos gráficos exagerados (os efeitos de luz, sombras, reflexos e partículas é algo que você nuca viu). Já até saiu a data de lançamento (7 de novembro). Até o preço agradou (US$ 499), pena que no Brasil vai sair caro.

 

Retrocompatibilidade com o Xbox

A segunda melhor coisa da conferencia da empresa de Redmond foi ainda com relação com o Xbox One X: Phil Spencer anunciou que a plataforma será retrocompatível com a biblioteca do Xbox original. Ou seja, você vai poder jogar megassucessos como Jade Empire, Knights of the Old Republic, Conker Live & Reloaded, Pazer Dragon Orta e muitos outros.

Vale lembrar que os jogos do Xbox 360 já estão compatíveis com o One, deste modo, a plataforma da Microsoft possui a maior biblioteca de jogos compatíveis dentre os três consoles do mercado. Muita gente torce o nariz para essa ideia de jogar games antigos, mas a comunidade retrogamer agradece.

 

Forza Motorsport 7

O primeiro grande título do Xbox One X não podia ser melhor: Forza Motorsport 7 é a realização dos sonhos de qualquer aficionado por corridas e jogos foto-realistas. Sim, o game é bonito demais e serve para dar um norte das possibilidades do novo console.

O visual de mudança dinâmica de clima impressiona e dificilmente vamos ver algo mais impressionante no primeiro ano da plataforma. A Turn 10 é especialista em apresentar jogos com qualidade gráfica e de jogabilidade impecáveis. Quem não curte simulador, pode apenas imaginar o que esses caras vão fazer numa provável sequência de Forza Horizon.

 

Sequências matadoras

Muita gente reclama que o Xbox não tem jogos exclusivos e isso é bem verdade, mas ainda assim os jogos apresentados impressionaram. Alguns dos destaques são justamente sequências muito esperadas de jogos famosos, como Metro Exodus, Assassins Creed Origins, State of Decay 2, Ori and the Will of the Wisps.

O novo Ori, aliás, é sem dúvidas um dos melhores da conferência e apesar de não servir para mostrar as capacidades técnicas do One, ao menos diverte muito e tem todo o potencial para agradar os jogadores que investiram na plataforma.

 

Novas IPs

Por muitos anos se diz que a indústria está estagnada em velhas franquias. Isto não foi o que se viu na conferência da Microsoft, pois a empresa de Redmond mostrou um batalhão de novas IPs. Algumas já eram velhas conhecidas do público, como Cuphead e Sea of Thieves, mas se colocarmos na balança, fica claro que os produtores estão investindo em novas ideias e estão saindo do lugar comum.

Entre os jogos apresentados estavam PlayerUnknown’s Battlegrounds, The Darwin Project, Deep Rock Galactic, The Last Night, The Artful Escape, Super Lucky’s Tale, Ashen, Anthem. Vale dar um destaque especial para Code Vein, um game da Bandai Namco com uma estética bem parecida com Dark Souls.

 

E os cinco momentos menos empolgantes

 

Minecraft em 4K

https://www.youtube.com/watch?v=Nq_Q77bJ3H0

Sim, Minecraft é um dos jogos mais populares do mundo e é fácil entender por que a Microsoft continua investindo pesado na marca. Entretanto é desapontador que a empresa tenha dedicado um tempo considerável para anunciar que o jogo estará em 4K.

Não nos entenda mal, mas um anúncio rápido teria sido mais efetivo e poder-se-ia utilizar esse tempo para mostrar mais um pouco de outros games que ficamos curiosos. Além de mostrar Minecraft em 4K, a Microsoft já falou que haverá cross-play entre todas as plataformas em que o jogo foi lançado (com exceção do PS4).

 

Crackdown 3

Crackdown 3 é vendido como um dos pilares do Xbox One desde sua apresentação em 2014. Dsde então o game está no limbo do desenvolvimento. A julgar pelo trailer (e a data de lançamento marcada para 7 de novembro), finalmente os jogadores poderão botar as mãos no produto. Mas ainda assim, ele não é bem o jogo para vender plataforma que a Microsoft precisa.

Além disso, pelo tempo em desenvolvimento e a promessa de utilizar a nuvem para gerar efeitos destruidores de ultima geração, parece que Crackdown 3 está longe de ser essa bola toda. Visualmente o game também decepciona. Resta torcer para que o fator diversão nos cale. Mas confesso que pelo gameplay, não fiquei muito animado.

 

Sea of Thieves só em 2018

Outra notícia triste foi que Sea of Thieves somente será lançado em 2018, sem mês definido. Este sim é um jogo que me deixou muito animado e gostaria de jogá-lo o quanto antes. Naturalmente o tempo maior em produção vai servir para polir arestas e tornar a experiência mais próxima da perfeição.

O vídeo mostrado na E3 teve quase 10 minutos e apresentou uma missão de caça ao tesouro com exploração, luta de espadas e bastante ação. Parece que a Rare acertou o passo dessa vez, uma pena ter de esperar tanto por um game tão promissor.

 

Nada de VR ou AR

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Uma dúvida ficou no ar ao fim da apresentação da Microsoft: será que a empresa desistiu dos óculos de realidade virtual e aumentada? Nas quase duas horas de conferência não se ouviu um pio sobre os planos ou jogos futuros que façam uso da tecnologia. E isto não foi apenas um problema da empresa, mas sim de todas as produtoras de jogos até o fechamento desta matéria.

O que acontece? Será que os desenvolvedores sacaram que este é um produto de nicho e resolveram abandonar o suporte, ou vão apenas deixar para mostrar jogos para os óculos em outros eventos futuros? Mistério!!!!!!!!!!

 

Microsoft foi “honesta demais”

A E3 é mais do que um evento de games, mas sim um evento para vender sonhos. A Sony sacou isso há alguns anos. Parece que a Microsoft ainda não entendeu, ou se recusa a dançar a mesma música que a concorrência. Não que a lealdade da empresa de Redmond seja execrável, mas não custava nada revelar coisas que vão sair em dois anos, tal como a Sony já fez no passado revelando God of War 4, The Last of Us e Shenmue 3.

Imaginem se a Microsoft encerra-se sua apresentação com a revelação de um novo Halo, Fable, ou quem sabe um Conker novo? Sim, sabemos que a essa altura Halo 6 deve estar em produção e só deve sair em 2018 ou 2019, talvez. Mas apenas o fato de vender o sonho de que o novo capítulo será o maior e mais surpreendente de todos os tempos deixaria as pessoas entorpecidas por meses a fio.

A maior polêmica gamer para 2017: Young Conker e o Hololens

Faça uma lista dos melhores games do Nintendo 64. Vai ter Conker’s Bad Fur Day, certo? Não é à toa: o game da Rare não foi apenas um marco para a plataforma, mas também para toda a indústria de games graças ao seu humor negro, violência explícita e paródias com a cultura pop. Ele era um jogo de plataforma que quebrava o estigma de que todo jogo do gênero tinha de ser fofinho e infantil.

Não por acaso, seu único game conquistou uma legião de fãs e cravou o nome da Rare como o estúdio mais engenhoso da época. Tão logo a empresa britânica foi adquirida pela Microsoft, houve um remake muito bonito para o Xbox clássico chamado Live & Reloaded e desde então o esquilo boca suja somente foi visto em participações especiais do Project Spark (que, aliás, foi cancelado).

3015168-conkerNo início de 2016 as esperanças dos fãs de Conker foram renovadas graças aos rumores que apontavam um novo game. Entretanto, após a revelação de Young Conker a comunidade se deu conta de que a Microsoft não está ouvindo seus fãs. A imprensa de games brasileira parece ter passado batida a este projeto, mas lá nos EUA a recepção foi das mais negativas possível.

Para quem não ficou sabendo, Young Conker apresenta um novo modelo do personagem em um game para os óculos de realidade aumentada Hololens, da própria Microsoft. Aqui os jogadores podem interagir com Conker, e guia-lo para cumprir missões dentro da sua sala de estar. O game está em desenvolvimento pela Asobo Studio, um estúdio francês muito pouco conhecido, mas que já trabalhou em alguns games famosos como ReCore, Toy Story 3 e Up. O trailer do Youtube já teve mais de 540 mil visualizações, sendo que apenas 1750 deram sinal positivo, enquanto que 27 mil pessoas negativaram o vídeo.

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Muito desta reação negativa se deve ao redesign do personagem, que não lembra nada a versão clássica do personagem do N64, nem o “fofinho” do Xbox. Aqui temos um Conker esquelético e sem o mesmo humor ou brilho de outrora. Mais importante do que isso: a comunidade desejava uma verdadeira sequência para o mascote, ou seja, um game de plataforma em terceira pessoa com muitas piadas e level design bem produzidos. Quem sabe com paródias de games da própria Microsoft, como Halo ou Alan Wake?

O poderio gráfico do Xbox One seria capaz de gerar um game do Conker especialmente bonito, como deu para ver no natimorto Project Spark. Mas ao invés disso, os executivos preferiram utilizar o personagem para vender um acessório que nem todos poderão comprar logo no início. O problema está justamente nisso: a comunidade está à espera de um verdadeiro jogo do Conker há mais de dez anos. Mas ao invés disso, teremos uma aplicação para poucos.

conkers-big-reunion-conker-with-chainsawSe você fizer uma rápida pesquisa no Google vai ver que já rola até abaixo assinado para que Young Conker seja totalmente cancelado e nunca mais se fale no assunto. No Youtube há centenas de “vídeos reações” de personalidades online malhando a ideia. De outro lado, os maiores sites de games do mundo escreveram artigos negativos. Para se ter ideia, o site The Verge disse que “(…)Conker parece um vilão da Hannah Barbera em recuperação de uma overdose de cocaína”.

Claro que o jogo em si pode ser um killer app divertido e que cale a boca dos críticos, mas a verdade é que este não é o Conker que a comunidade espera e se pudéssemos adivinhar qual o desejo que a comunidade gostaria que a Microsoft atendesse seria “dê-nos um game do Conker verdadeiro”. As boas vendas do Rare Replay são um bom sinal de que a comunidade ainda gosta do Conker e quer vê-lo em seus dias de glória.

E afinal, será que a Microsoft tem algum problema pessoal com a Rare? Porquê não deixar a criadora do personagem criar um novo game? Tudo bem que os funcionários da antiga Rare não estão mais lá, contudo seria importante para a marca e para o público ver que o novo pessoal que está tocando o barco pode fazer tão bem (ou até melhor) que o time de Chris e Tim Stamper. Bastaria um voto de confiança.

A nova Rare, aliás, não têm tido muita oportunidade de colocar a mão em suas franquias desde que veio para o lado verde da força, certo? A última vez foi com Banjo-Kazooie: Nuts & Bolts, que não lembra nada as duas aventuras do N64. Killer Instinct para Xbox One é excelente, mas foi produzido pela Double Helix. Rumores sugerem que um novo Perfect Dark está em desenvolvimento, mas visto que a Rare está nos preparativos finais para o lançamento de Sea of Thieves, é praticamente impensável que a produção do novo game de Joana Dark esteja a cargo da produtora.

Muita gente acredita que um dos capítulos mais negros da história dos videogames foi a compra da Rare. Pessoalmente acredito que o estúdio ainda tem bastante potencial. Basta ver o que eles fizeram com Viva Piñata e Kameo: Elements of Power. Quem sabe colocar o Conker de volta na mão deles fosse melhor escolha do que uma aplicação estranha para o Hololens?

Afinal de contas, qualquer personagem poderia substituir o Conker neste jogo, se a intenção é apenas criar um personagem para interagir com a casa do jogador. Para a comunidade só resta uma esperança: se a Microsoft teve coragem para cancelar um game tão aguardado quanto Scalebound, que tomem a mesma decisão com Young Conker.

Confere o vídeo abaixo e nos diga se você é capaz de amar Young Conker: