Relatório aponta que América Latina é a que menos vê investimento em publicidade nos jogos eletrônicos

“Falta investimento em jogos eletrônicos”. Você certamente já ouviu essa frase em algum lugar, porém ainda não havia base científica para essa afirmação, até agora. Pois bem, a Liftoff, plataforma líder em aceleração de crescimento para a indústria mobile, lançou o Relatório de Aplicativos de Jogos Casuais, analisando o desempenho de anúncios deste segmento ao redor do mundo. Ao observar o panorama global, o relatório aponta, entre outras tendências, que os games mobile aumentaram sua participação no mercado de jogos, representando mais de 60% da indústria. Outro dado é que a região é que menos vê investimentos em publicidade de jogos.

Para mostrar mais a fundo as tendências de comportamento e perfil dos jogadores, o levantamento parte das análises que envolvem não somente o comportamento do jogador, como também os custos para aquisição dos usuários. Por meio dos dados da Liftoff, as empresas desenvolvedoras de aplicativos de jogos e seus profissionais de marketing podem avaliar quais são os investimentos ideais a serem feitos para conquistarem os jogadores com suas campanhas de publicidade dentro de apps.

“Os anúncios são o primeiro ponto de contato de muitos usuários mobile com os jogos, sendo um dos principais fatores de crescimento desses aplicativos. Assim, é importante que os criativos estejam gerando conexão com os potenciais jogadores e atraindo seu público-alvo para gerar instalações”, explica Renata Altemari, Leading Director da Liftoff na América Latina.

Os dados mostram que as empresas gastam mais ao anunciar para o público que gosta de jogos no formato “Estilo de vida”, ou seja, incluem histórias interativas, customização de casas e vestuário de personagens. Nesta categoria, os anunciantes pagam US$ 1,40 aos publishers a cada usuário adquirido nos anúncios veiculados em outros apps.

Enquanto os jogos no estilo “Quebra-cabeça”, que se destaca por ser um gênero mais abrangente ao envolver desde enigmas e objetos escondidos ao famoso “Paciência”, custam em média US$ 1,12. No outro extremo, os jogos de “Simulação”, que envolvem criação de cenários e cidades, economizam mais ao investirem apenas US$ 0,91 no custo de instalação (CPI).

Para além destas categorias de jogos, a diferença no investimento para as empresas anunciantes também se reflete em cada região do mundo, com a média global de US$ 1,10. O relatório revela que a América Latina é a mais econômica para atingir, com uma média de preço de US$ 0,66 por usuário, enquanto aqueles que estão na região da América do Norte custam quase cinco vezes mais, com US$ 3,32.

Já quando se trata em criar uma publicidade que seja tão atraente a ponto de fazer o usuário assistir até o fim, os jogos de Quebra-cabeça lideram o ranking, com 97% de taxa de conclusão. Para atingir esse resultado, os profissionais de marketing costumam elaborar criativos em vídeo que premiam o jogador com uma recompensa ao final do anúncio.

Mais detalhes e para baixar o relatório completo da Liftoff, clique aqui.

Brasil é o sexto país com maior tempo médio diário de jogos de videogame, segundo pesquisa da Kantar

O Brasil é o sexto país com maior média diária de tempo de jogo entre jogadores de videogame, segundo dados da Kantar IBOPE Media, divisão da Kantar especializada em pesquisa de mídia. A Kantar preparou o relatório “O mundo dos games”. Além desse dado, o relatório ainda aponta que três dos 10 maiores negócios na história da indústria de games foram fechados nos primeiros meses de 2022. O maior destaque fica para a compra da Activision Blizzard pela Microsoft, por US$ 68,7 bilhões em janeiro.

A proposta do relatório é oferecer uma visão geral a respeito dos gamers. Com ajuda da pesquisa Target Group Index Global Quick View 2021, além de dados das ferramentas Video Streaming Report e TG.Net, a empresa descobriu quem são eles, como se comportam e como se relacionam entre si e com outras atividades enquanto jogam.

 

Potência global

Globalmente, a força dos games é nítida, uma vez que 72% dos usuários de internet jogam os títulos. E mais: esse público gasta 2h14min diariamente com a atividade. Ao analisar os países de forma individual, o Data Stories aponta que o consumo ocorre com maior intensidade em regiões da Ásia e do Pacífico. O primeiro lugar fica com a China, onde 90% das pessoas jogam videogame e gastam 2h02min por dia com o lazer — veja aqui o Data Stories completo “O mundo dos Games”.

O Brasil também marca presença, ocupando a 15ª posição no ranking mundial. Dados apontam que 67% dos brasileiros jogam videogame, sendo que 42% o fazem todos os dias da semana. O público gamer gasta 2h30min diariamente com a atividade.

 

Hábitos nacionais

Os gamers brasileiros usam diferentes dispositivos para jogar. Os favoritos são smartphone (83%), console (47%) e computador (44%). Também é possível notar, em menor proporção, o uso de tablet (15%) e console portátil (14%).

Jogar, no entanto, não é um ato isolado. Os brasileiros costumam realizar outras atividades durante as partidas. Entre elas, destacam-se ouvir música (39%), conversar online (33%), navegar por redes sociais (30%), assistir a vídeos (22%) e pedir comida (19%).

Ainda vale ressaltar que 54% deles afirmam que é melhor jogar com outras pessoas. Prova disso é que 62% dos Gamers gostam de participar de jogos multiplayer online com desconhecidos e 51% aproveitam a modalidade com amigos.