EndeavorRX – EUA aprovam jogo para tratamento de déficit de atenção

Os jogos eletrônicos conquistaram um marco histórico nesta semana. A Food and Drug Administration (FDA), uma agência ligada ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos permitiu que o jogo EndeavorRX (Akil Interactive) seja prescrito para tratamento de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) para crianças de 8 a 12 anos. Sim, pela primeira vez na história um jogo será prescrito como um medicamento.

A decisão foi tomada após sete anos de ensaios clínicos envolvendo mais de 600 crianças. Segundo o experimento, um terço das crianças que participaram não tiveram mais problemas de concentração após jogar o game por cerca de 25 minutos por dia, durante cinco dias por semana em um intervalo de quatro semanas. A FDA passa assim a autorizar que médicos prescrevam o título, que está disponível na App Store.

“A melhora no TDAH após um mês de tratamento com EndeavorRX foi mantida por até um mês”, afirma o site da empresa. Os efeitos colaterais mais comumente relatados são frustração e dor de cabeça – moderados aos associados à medicina convencional. No entanto, deve-se notar que o estudo foi realizado por médicos empregados pelo desenvolvedor do jogo, e eles também observam que os resultados são “insuficientes para sugerir que o jogo deva ser usado como uma alternativa aos tratamentos estabelecidos e recomendados para o TDAH”, diz o comunicado da Akil Interactive.

Apesar de animador, é necessário manter cautela, uma vez que os estudos foram conduzidos por médicos contratados pela desenvolvedora, o que pode ser considerado conflito de interesses. Vale destacar que o próprio estudo conduzido concluiu que os resultados não são conclusivos, uma vez que não são suficientes para sugerir que EndeavorRX seja tratado como substituto de outros tratamentos.

É necessário informar que EndeavorRX possui seus efeitos colaterais, tal como qualquer outro medicamento, tais como frustração, quando não se obtém sucesso e dores de cabeça de cabeça quando jogado por longos períodos.Ainda assim, a comunidade gamer americana entende que o jogo pode ser usado como mais uma maneira complementar para reabilitar crianças com essa condição.

Sobre EndeavorRX

O game é um platformer com visuais bem infantis e que lembra clássicos do gênero como Crash Bandicoot, Spyro e Ratchet & Clank. Os jogadores devem desviar de variados obstáculos, destruir inimigos e colecionar itens. Tudo bastante colorido vibrante para capturar as atenções dos jogadores.

Abaixo você confere o trailer de EndeavorRX:

Empresas de Games se unem para promover as mensagens da OMS contra a COVID-19

Ao passo que a pandemia de Coronavírus se intensifica, debates políticos impedem que a doença seja combatida de maneira efetiva. Felizmente, há pessoas que escutam o bom senso e prezam mais a saúde do que o dinheiro. Quem iria dizer que empresas de jogos eletrônicos se uniriam para conscientizar os jogadores da necessidade de ouvir autoridades médicas da OMS, uma indústria sempre taxada como mercenária? Pois bem, um grupo de grandes empresas se uniram para subir a campanha global #PlayApartTogether.

Basicamente 18 importantes empresas de games no campo de entretenimento interativo lançaram a campanha que significa “Joguem separados mas juntos”, em tradução livre. Trata-se de uma iniciativa que incentiva a ampla rede de usuários a seguir as diretrizes de saúde da OMS – entre elas o distanciamento físico, higiene das mãos, etiqueta respiratória e outras importantes medidas de prevenção que as pessoas podem adotar para combater a COVID-19.

“Assegurar que as pessoas permaneçam conectadas com segurança nunca foi tão importante. Os games são a plataforma perfeita, pois conectam as pessoas através das lentes da alegria, propósito e significado. É com muito orgulho que participamos de uma iniciativa tão útil e necessária”, disse Bobby Kotick, CEO da Activision Blizzard.

Ao promover eventos especiais, iniciativas exclusivas, atividades, prêmios e inspiração em alguns dos jogos mais consagrados do mundo, a campanha #PlayApartTogether incentiva os usuários a adotarem as melhores práticas para proteger não apenas a própria saúde, mas também a saúde das suas famílias e comunidades.

“Na Ubisoft, acreditamos que cuidar dos nossos concidadãos e promover um espírito de união nos ajudará a superar os desafios que enfrentamos hoje. Nos unimos aos nossos pares na iniciativa #PlayApartTogether na esperança de que ao tornarmos os videogames mais acessíveis faremos a nossa parte para incentivar as pessoas a permanecerem conectadas aos seus amigos, divertindo-se, mas acima de tudo, a ficarem em casa em segurança”, disse Yves Guillemot, CEO e Cofundador da Ubisoft. A expectativa é que a campanha conscientize os jogadores da necessidade do distanciamento social e das boas práticas de higiene, principalmente entre os mais jovens.

Os participantes do programa são:

  • Activision Blizzard
  • Amazon Appstore
  • Big Fish Games
  • Dirtybit Games
  • Glu Mobile
  • Jam City
  • Kabam
  • Maysalward
  • Playtika
  • Pocket Gems
  • Riot Games
  • SciPlay
  • Snap Games
  • Twitch
  • Unity
  • Wooga
  • YouTube Gaming
  • Zynga
  • Akupara Games
  • AIV – Accademia Italiana Videogiochi
  • CCP Games
  • Drone Racing League
  • East Side Games
  • ESPAT Media Group
  • Etermax
  • Facebook Gaming
  • FunPlus
  • G5 Entertainment
  • Gameforge
  • GameHouse
  • Gismart
  • Golden Poppy Inc
  • Google Play
  • Jagex
  • Lenovo Legion
  • Logitech G – ASTRO Gaming
  • MobilityWare
  • MY.GAMES
  • N3TWORK
  • Next Games
  • Nordeus
  • Oculus
  • PlayMob
  • PUBG MOBILE
  • Razer
  • Rogue Games
  • Rovio
  • Scopely
  • Stadia
  • Tilting Point
  • Twitch Prime
  • WellPlay
  • Wildlife Studios
  • YANA
  • Yodo1

 

As empresas interessadas em participar do #PlayApartTogether podem conferir mais informações aqui.

Residencial Club de São Paulo aposta nos jogos eletrônicos em fisioterapia

Já imaginou que os videogames poderia ser utilizados em tratamentos fisioterápicos de idosos? Pois é justamente essa a nova aposta do Residencial Club Leger de São Paulo. O uso da gameterapia já começa a ser mais aceita na sociedade, pois os profissionais de fisioterapia enxergam as possibilidades que os jogos digitais têm em trabalhar o equilíbrio, o condicionamento físico e a estimulação cognitiva. A ideia é tornar os tratamentos mais efetivos e relaxantes.

De acordo com Vanessa Frakas, fisioterapeuta do Residencial Club Leger, “(…) os jogos produzem movimentos semelhantes ao que fazemos dentro da fisioterapia convencional e abrange pacientes que fazem fisioterapia ortopédica, neurológica entre outras”. Os estudos realizados pelos profissionais apontaram que a utilização do videogame na reabilitação faz com que os idosos tenham mais motivação.

Ainda der acordo com os profissionais, cada ponto conquistado ou fase superada, o idoso consegue visualizar de forma muito interativa e rápida, fazendo com que as terapias se tornem mais lúdicas e leves.

“Isso ajuda a humanizar o tratamento, muitas vezes doloroso e exaustivo, além de possibilitar acessibilidade para pacientes com deficiência. Muitos movimentos que o paciente, às vezes, não consegue mais realizar, através do jogo consegue vivenciar novamente aquela atividade ou movimento há muito tempo não executado”, afirma Vanessa.

Alguns estudos científicos já haviam demonstrado que os games ajudam, tanto em adultos quanto em idosos, no aumento das atividades do hipocampo (responsável pela memória), córtex pré-frontal dorsolateral (que controla o planejamento, a tomada de decisões e a inibição) e cerebelo (responsável por atuar no controle e no equilíbrio motor). O uso de sensores de movimento são o ponto principal no uso do tratamento no Residencial Club.

“Os principais consoles utilizados e mais acessíveis são Wii e o XBox, porém temos outros tipos e há também a possibilidade de desenvolvimento de jogos para programas específicos de reabilitação, porém o custo é mais elevado”, explica Vanessa.

Apesar das facilidades, resultados apresentados e a facilidade de acesso a videogames, o time de fisioterapeutas alertam que o tratamento com videogames não dispensa a necessidade de acompanhamento profissional. Pois o uso dos jogos tem de ser colocado dentro de um planejamento visando os objetivos traçados e observando os bons resultados que possam gerar.

“Mesmo divertidos, os movimentos, quando mal executados, podem até agravar a situação. Além disso é muito importante ressaltar que a os jogos não substituem a fisioterapia convencional, mas complementa o tratamento”, finaliza Vanessa.