Óculos de Realidade Virtual faz mal para os olhos?

Quem nunca ouviu a frase “videogame estraga a televisão”, ou “televisão prejudica a visão”.  Pois é, a tecnologia é alvo de discussões há tempos. A bola da vez é a realidade virtual, já que é o próximo nível evolutivo dos videogames e da indústria cinematográfica. A pergunta que fica é: será que a realidade virtual pode prejudicar sua saúde, já que os óculos ficam realmente muito perto dos olhos?

De acordo com os especialistas da iorj, diversas atividades podem representar ameaças à visão, tais como ler por longos períodos, assistir televisão ou jogar videogames por horas. Entretanto ainda não há estudos significativos que possam listar de forma conclusiva os perigos. De acordo com os especialistas do Instituto de Oftalmologia do Rio de Janeiro (IORJ), não é possível traçar um parâmetro dos danos causados pela VR, pois tal tecnologia ainda não atingiu bilhões de pessoas e não está em uso há décadas.

“Apesar da falta de estudos de longo prazo e do uso limitado da realidade virtual, oftalmologistas de todo o mundo levantaram algumas preocupações. A exposição constante a essas tecnologias variados em fones de realidade virtual pode causar alguns problemas. Fabricantes de headsets de realidade virtual têm limites de idade rigorosos e não aconselham crianças de treze ou doze anos para usá-las”, diz o comunicado da IORJ. “Isso pode ser devido aos efeitos desconhecidos da realidade virtual em crianças cuja visão ou visão ainda está se desenvolvendo e talvez possa haver um impacto adverso. Tal medo também é infundado, pois nenhuma pesquisa ou estudo inferiu qualquer dano potencial ao desenvolvimento dos olhos, sua saúde e função”, continua o comunicado da entidade.

Dois problemas com os quais todos os usuários terão que lidar são fadiga e esforço

De acordo com o estudo da iorj, o cansaço visual não é exclusivo em caso de realidade virtual ou um problema com os fones de ouvido. Isso vale para todas as atividades que demandam foco de visão por um longo período de tempo. Assista televisão por horas ou leia quinhentas páginas de um livro de uma só vez e você vai sentir fadiga ocular e tensão. É impossível não sentir qualquer desconforto depois de usar fones de realidade virtual por um longo período de tempo.

Os olhos também podem ficar mais secos do que o normal. Algumas pessoas sentirão tontura. Observar constantemente imagens em movimento obriga o cérebro a pensar que o corpo está se movendo ou que há movimento físico real dos objetos. Aqueles que têm a doença do movimento experimentarão sintomas.

Pessoas com um desequilíbrio diagnosticável na força da visão entre os olhos, olhos desalinhados, percepção de profundidade limitada e qualquer condição que interfira no foco terão alguns problemas. De acordo com Kléber Leite, oftalmologista da iorj.med.br, se você tem ambliopia ou estrabismo, então você deve consultar seu oftalmologista para descobrir a melhor maneira de usar um fone de realidade virtual. Algumas pessoas podem ter que usar seus óculos enquanto usam fones de ouvido de realidade virtual.

Vale lembrar que quando a Nintendo lançou o 3DS, a própria empresa recomendava que não se usasse o modo 3D por longos períodos para não prejudicar a visão. No caso dos óculos de realidade virtual, o caso é ainda mais sensível, já que eles ficam muito mais perto da visão e minam qualquer possibilidade de uso da visão periférica para descansar os olhos. Deste modo, recomenda-se uso por tempos limitados. Afinal, vale a máxima: tudo em excesso faz mal.

 

16º Encontro Game Developers Brazil discute o uso de games na saúde e no desenvolvimento infantil

Na próxima quarta-feira (26 de setembro), a cidade de São Paulo irá recebe o 16º Encontro de Game Developers Brazil, um encontro de desenvolvedores de jogos nacionais que visa debater alguns aspectos de nossa indústria. Na edição deste ano, o evento recebe o Bruno Tachinardi, Co-fundador e Diretor de Produtos da Startup Fofuuu, para compartilhar um pouco da sua experiência e contar um pouco da trajetória da Fofuuu, que recentemente foi premiada durante o BIG Festival 2018 com seu jogo Fófuuu, na categoria de melhor jogo infantil.

O grande tema discutido por Tachinardi é a interação entre games e a sua usabilidade para a saúde. Basicamente o desenvolvedor irá discutir como os games podem ajudar no tratamento de crianças com Lábio Leporino, Síndrome de Down, Autismo, Apraxia e Atraso na fala. O executivo conta ainda como é possível unir fonoaudiologia, neurociência e o lúdico dos games para ajudar na saúde e desenvolvimento infantil de milhões de crianças com distúrbios da comunicação.

 

O encontro é uma ótima oportunidade para se conhecer os desafios que os desenvolvedores encontram para criar um produto que engaje e conecte pais, fonoaudiólogos e crianças no tratamento, que vai desde o design pensado para múltiplas personas, inovações tecnológicas envolvendo Inteligência Artificial e Realidade Aumentada, além de estudos acadêmicos e comprovações científicas da eficiência dos jogos na terapia. Você consegue mais detalhes através da página da Fofuuuno Facebook.

Além de Bruno Tachinardi, o Encontro de Game Developers Brazil também recebe Pedro Bruno (PBoss) que atualmente trabalha na Fofuuu e irá compartilhar um pouco de sua experiência e trajetória no mercado de games. O evento irá acontecer no auditório da Alura, próximo ao metrô vila mariana.

Para participar do evento você deve trazer sua carteira de identidade. Leve também cartões de visitas e blocos de notas para o networking e anotações. As vagas para o evento são limitadas, portanto é recomendado que se não puder comparecer ao evento (e já tiver confirmado presença) libere a vaga para outros membros da comunidade. Se no momento de sua inscrição as vagas estiverem lotadas, você pode ficar na fila de espera, e assim que uma vaga for liberada ela será disponibilizada aos membros da fila de espera.

Obs: Mesmo que não consiga uma vaga, recomendamos tentar dar uma passada pelo local do evento para checar se houve alguma desistência de última hora.

 

Sobre o GDBR

O Game Developers Brazil foi fundado com o intuito de aproximar profissionais e entusiastas da área de jogos, passando por desenvolvedores, artistas, músicos, roteiristas, dubladores, game designers, estudantes, e demais profissionais da área. Nosso objetivo e ser ferramenta na construção desta indústria no Brasil.

O Game Developers Brazil tem uma curadoria que busca em seus eventos, conteúdos relevantes e inspiradores para ser transmitido em nossos eventos. Para isso sempre levamos players renomados na indústria de games.

 

Serviço – 16º Encontro Game Developers Brazil

Quando: 26 de setembro de 2018 (19:00 até 22:00)

Onde: Auditório Alura – R. Vergueiro 3185 – 2º Andar · São Paulo

Inscrições: https://www.meetup.com/pt-BR/Game-Developers-Brazil/events/254875562/

PlayTable – Games interativos para pedagogia hospitalar são destaques da Hospitalar 2018

Já falamos inúmeras vezes o quanto os jogos digitais e suas aplicações são importantes para a àrea médica. Uma das empresas mais focadas nessas interações é a Playmove, criadora da PlayTable, a mesa digital que tem foco no aprendizado e integração de crianças mais jovens. A PlayTable é um dos destaques da feira Hospitalar 2018, evento que mostra as novas pesquisas da área da saúde. Esta é a primeira que a Playmove participa do evento.

A feira Hospitalar 2018 acontece entre os dias 20 a 25 de maio em São Paulo (SP) e deve reunir mais de 90 mil visitantes de mais de 70 países. A ideia da produtora é mostrar como os jogos digitais podem ser ferramentas de aprendizado para crianças a partir de três anos. Entre as opções a serem mostradas no evento estão games que seguem a matriz curricular brasileira e englobam lições relacionadas às disciplinas de português, matemática e ciências, que formam a base do ensino fundamental.

Um dos jogos participantes é o Guardiões da Natureza, que fala sobre a fauna brasileira e é um instrumento de apoio à aprendizagem relacionada ao tema, como a característica dos animais que compõem o bioma. Outros jogos também fazem parte da mostra, como o Papa-Letras e o Alfabééto, que auxiliam na alfabetização e são ideais para utilização também na pedagogia hospitalar. Um exemplo de utilização da mesa é o Hospital Santo Antônio, de Blumenau (SC), que integra os jogos ao ensino regular voltado a crianças com internação prolongada. Outra entidade que utiliza o equipamento para entretenimento e educação é a Rede D’Or. A ideia é tornar o tratamento médico mais tranquilo para os pequeninos.

A PlayTable utiliza uma superfície sensível a vários toques a fim de facilitar o uso por crianças com dificuldades motoras ou uso de cateteres, soros, curativos e outros materiais hospitalares. O portfólio de jogos apoia no desenvolvimento de habilidades motoras e cognitivas. A Playmove espera que a tecnologia seja utilizada de modo a tornar o aprendizado mais rápido e divertido, de modo que crianças em tratamento médico prolongado não tenham o aprendizado interrompido por sua condição.

“Além de trazer um ambiente lúdico, que deixa a criança mais confortável durante o tratamento e a tira do foco do seu problema de saúde, os jogos também ajudam o profissional responsável por aplicar as lições educacionais. Temos games com conceitos matemáticos, de português, ciências, geografia e até mesmo educação financeira”, diz Marlon Souza, CEO da Playmove. Mais informações no site da empresa. O cronograma da Hospitalar 2018 pode ser visto aqui.