Porque alguns jogos independentes não fazem sucesso?

A indústria de jogos independentes (indie) tem sido um terreno fértil para a inovação e criatividade. Muitos jogos indie alcançam sucesso estrondoso e se tornam fenômenos culturais, como “Minecraft” e “Undertale”. No entanto, para cada jogo indie que faz sucesso, existem muitos outros que falham em capturar a atenção do público. Esta disparidade levanta a questão: por que alguns jogos independentes não fazem sucesso?

Vamos explorar os fatores que podem influenciar o sucesso ou fracasso de um jogo indie. Assim, se você é desenvolvedor de jogos, fique atento nessas “pedras” para que seu jogo não tropece como outros tantos jogos que relataremos aqui, hein!

 

  1. Falta de Visibilidade e Marketing

Um dos maiores desafios que os desenvolvedores indie enfrentam é a falta de visibilidade. Jogos indie geralmente não têm o orçamento de marketing que grandes estúdios possuem. Isso significa que muitos jogos simplesmente passam despercebidos pelo público. Mesmo jogos com excelente qualidade podem falhar se não conseguirem atrair a atenção dos jogadores.

Deste modo, mesmo que você não tenha como bancar o marketing do jogo, tente dar ao seu produto alguma visibilidade. Como fazer isso? Crie redes sociais, mande atualizações para a grande impressa (estamos aqui, viu?), leve o game para aquela feira de jogos maneira. O importante é deixar que o público saiba que o jogo existe, afinal só colocar lá na Steam não vai fazer com que ele se torne um hit em meio ao caminhão de jogos que são lançados lá todos os meses.

Caso real: Salt and Sanctuary

Jogos independentes

Apesar da qualidade do jogo, “Salt and Sanctuary” não alcançou um sucesso comercial imediato comparável a outros títulos indie de alto perfil. A falta de um orçamento significativo para marketing e uma estratégia de visibilidade limitada resultaram em um lançamento relativamente silencioso. O jogo não teve o mesmo nível de exposição na mídia ou nas plataformas de streaming que outros jogos.

Como resultado, “Salt and Sanctuary” inicialmente passou despercebido por muitos jogadores potenciais. Ele eventualmente construiu uma base de fãs leal e alcançou um sucesso moderado através de boca a boca e recomendações da comunidade, mas a falta de uma campanha de marketing robusta limitou seu alcance e impacto no mercado inicial.

Comparando “Salt and Sanctuary” com jogos como “Hollow Knight” ou “Celeste”, que tiveram campanhas de marketing mais visíveis e apoio de influenciadores e mídia, fica claro que a visibilidade desempenha um papel crucial no sucesso de um jogo indie. Jogos que conseguem captar a atenção do público desde o início têm uma vantagem significativa.

 

  1. Concorrência Intensa

O mercado de jogos indie está saturado. Todos os dias, novos jogos são lançados em plataformas como Steam e itch.io, tornando-se extremamente difícil para qualquer jogo se destacar. A concorrência intensa significa que mesmo jogos bem-feitos podem ser ofuscados por outros lançamentos.

Não obstante, é importante ficar atento ao que as grandes empresas estão fazendo. Pense: quais as chances do público se interessar justamente pelo seu jogo se ele for lançado no mesmo dia que o novo Zelda ou God of War? Nenhuma, obviamente. É importante ter clareza de que seu game não é concorrente desses jogos, mas que invariavelmente colocá-lo na mesma janela de lançamento é pedir para ser ofuscado.

Caso real: Hob

Jogos independentes: HOB

“Hob” recebeu críticas geralmente positivas por seu design artístico, atmosfera encantadora e mecânicas de jogo inovadoras. Foi elogiado pela beleza visual e pela maneira como os jogadores interagiam com o mundo do jogo para resolver quebra-cabeças ambientais.

“Hob” foi lançado em um período repleto de lançamentos de jogos de alto perfil e outros títulos indie aguardados. Em setembro de 2017, o mercado de jogos estava bastante competitivo, com lançamentos de jogos como “Cuphead”, “Destiny 2”, e “Middle-earth: Shadow of War”, além de outros títulos populares que dominaram a atenção dos jogadores e da mídia.

Devido à intensa concorrência, “Hob” teve dificuldades para se destacar. Apesar de suas qualidades e das críticas positivas, o jogo não conseguiu capturar um público grande o suficiente para alcançar o sucesso comercial desejado. O foco dos jogadores e da mídia estava voltado para os lançamentos mais esperados, deixando menos espaço para “Hob” brilhar.

A competição intensa e o desempenho comercial abaixo do esperado de “Hob” contribuíram para o fechamento da Runic Games em novembro de 2017, apenas dois meses após o lançamento do jogo. Embora a decisão de fechar o estúdio também estivesse ligada a mudanças estratégicas da empresa-mãe, Perfect World Entertainment, a falta de sucesso comercial de “Hob” foi um fator significativo.

 

  1. Falta de Recursos

Desenvolvedores indie geralmente trabalham com orçamentos limitados. Isso pode afetar a qualidade do jogo, desde os gráficos até a profundidade da jogabilidade. Além disso, limita a capacidade dos desenvolvedores de contratar ajuda externa, como artistas, músicos ou testers, o que pode resultar em um produto final que não atende às expectativas dos jogadores.

Obviamente existem jogos que foram produzidos com alguns trocados, mas esses são a exceção. A regra é que jogos são caros para serem produzidos e envolvem custos que perpassam a mera escolha da engine. Pense que há custos com funcionários, locação do estúdio, produção de panfletos etc.  Não estamos dizendo que você precisa ser milionário, mas sim que seu lançamento ficará adequado ao quanto você pode dispor de recursos financeiros. Mas não se desespere, há muitas formas de garantir um financiamento para o game, como capanhas de crowdfunding, leis de incentivo a cultura e premiações em eventos de gamejam.

Caso real: Towns

Jogos independentes: Towns

No início, “Towns” atraiu uma base de fãs devido à sua jogabilidade única e promissora. O jogo combinava elementos de vários gêneros, proporcionando uma experiência diferenciada que cativou os jogadores que buscavam um desafio de gerenciamento profundo.

A equipe de desenvolvimento de “Towns” era extremamente pequena e enfrentava limitações significativas em termos de orçamento e pessoal. Essas limitações afetaram diversas áreas do desenvolvimento, incluindo:

        • Desenvolvimento lento: O progresso no desenvolvimento do jogo foi lento devido à falta de uma equipe maior e mais especializada. As atualizações eram infrequentes, o que levou a uma sensação de estagnação entre os jogadores.
        • Problemas técnicos e bugs: A falta de recursos também significou que o jogo tinha muitos bugs e problemas técnicos. Sem uma equipe dedicada para testes e resolução de problemas, muitos desses issues persistiram por longos períodos, frustrando os jogadores.
        • Comunicação com a comunidade: A pequena equipe também lutou para manter uma comunicação eficaz com a comunidade. As expectativas dos jogadores não eram bem gerenciadas, levando a uma crescente insatisfação e perda de confiança no desenvolvimento contínuo do jogo.

A falta de recursos resultou em um desenvolvimento inconsistente e na incapacidade de atingir o potencial prometido do jogo. Em 2014, os desenvolvedores anunciaram que estavam interrompendo o desenvolvimento de “Towns” devido à incapacidade de continuar trabalhando no jogo com os recursos disponíveis. Isso deixou muitos jogadores desapontados, especialmente aqueles que haviam apoiado o jogo desde o início e esperavam ver as promessas cumpridas.

O fracasso de “Towns” devido à falta de recursos também afetou a reputação dos desenvolvedores, que enfrentaram críticas por vender um jogo inacabado e não conseguir entregar as funcionalidades prometidas. A frustração da comunidade resultou em uma avaliação geral negativa do projeto, apesar do potencial inicial.

 

  1. Qualidade e Originalidade

Enquanto muitos jogos indie são elogiados por sua originalidade, alguns jogos falham por falta de inovação ou por serem cópias de títulos populares. Os jogadores estão sempre em busca de experiências novas e únicas, e jogos que não oferecem isso podem ser facilmente esquecidos.

Caso real: Might No. 9

Might N. 9

Desenvolvido pela Comcept, liderado por Keiji Inafune, um dos criadores da série “Mega Man”. O jogo foi financiado via Kickstarter em 2013 e prometia ser um sucessor espiritual de “Mega Man”. Graças a uma campanha de crowdfunding bem-sucedida, “Mighty No. 9” levantou mais de 3,8 milhões de dólares, superando sua meta inicial de 900 mil dólares. Com um orçamento significativo para um jogo indie e uma equipe talentosa, as expectativas para o jogo eram altas.

Apesar do orçamento robusto e do talento envolvido, “Mighty No. 9” decepcionou em vários aspectos cruciais:

        • Gráficos e design visual: Os gráficos do jogo foram amplamente criticados por serem genéricos e antiquados. Muitos apoiadores esperavam um estilo visual mais polido e inovador, condizente com a quantidade de dinheiro arrecadada e a promessa de um sucessor espiritual de “Mega Man”.
        • Jogabilidade: Embora o jogo tentasse capturar a essência dos clássicos de “Mega Man”, muitos jogadores acharam a jogabilidade insatisfatória e desequilibrada. A mecânica central do jogo, que envolvia derrotar inimigos para absorver suas habilidades, não foi bem implementada e parecia repetitiva.
        • Inovação: “Mighty No. 9” foi criticado por falta de originalidade. Em vez de introduzir novas ideias e mecânicas, o jogo parecia uma tentativa mal-executada de replicar os jogos de “Mega Man” sem adicionar algo novo ou excitante.
        • Polimento e Performance: O jogo sofreu com problemas de desempenho e bugs em várias plataformas, o que afetou negativamente a experiência dos jogadores. Isso, combinado com os gráficos e jogabilidade abaixo do esperado, resultou em uma recepção morna.

 

A decepção com “Mighty No. 9” foi significativa. A crítica e os jogadores expressaram insatisfação com o produto final, e muitos sentiram que suas expectativas não foram atendidas, especialmente considerando o financiamento substancial que o jogo recebeu. A recepção negativa impactou a reputação de Keiji Inafune e da Comcept, levantando questões sobre a gestão dos recursos e o processo criativo por trás do desenvolvimento do jogo.

Aqui é um belo exemplo de como a falta de qualidade e originalidade pode levar ao fracasso, mesmo quando um jogo tem um bom orçamento e uma equipe talentosa. O jogo não conseguiu inovar ou polir suficientemente seus conceitos, resultando em uma experiência que não atendeu às expectativas dos jogadores e financiadores. Este caso destaca a importância de entregar um produto que não só atende às expectativas, mas também oferece algo novo e excitante para o público.

 

  1. Feedback e Atualizações

Muito bem, você tem a faca e o queijo na mão: seu jogo contava com qualidade, orçamento, marketing, uma bela janela de lançamento e foi bem sucedido no lançamento. Mas como garantir que ele não caia no ostracismo tão rápido? Simples, dê ouvidos a sua comunidade de jogadores.

A capacidade de um desenvolvedor indie de responder ao feedback dos jogadores e lançar atualizações pode determinar o sucesso a longo prazo do jogo. Jogos que não evoluem ou não resolvem problemas relatados pelos jogadores podem perder sua base de usuários rapidamente.

Caso real: Among Us

Jogos independentes: Among Us

“Among Us” foi lançado inicialmente em 2018 com pouco sucesso, mas após receber feedback e atualizações significativas, o jogo explodiu em popularidade em 2020. A interação contínua com a comunidade e as atualizações regulares ajudaram a manter o jogo relevante. Se os desenvolvedores tivessem se acomodado no lançamento bem sucedido, certamente o jogo não teria o legado que tem hoje.

 

  1. Desenvolvimento caótico

Desenvolver um jogo é uma tarefa complexa que requer habilidades em várias áreas, incluindo programação, design, som e narrativa. Muitos desenvolvedores indie são autodidatas ou pequenos grupos de amigos, o que pode resultar em uma curva de aprendizado íngreme e possíveis lacunas no produto final.

Porém, há casos em que o desenvolvimento do jogo se torna um verdadeiro inferno. Departamentos que não se falam, desenvolvedores em crise criativa, falta de metas e objetivos podem colocar tudo a perder rapidamente. Assim, um jogo com bastante potencial pode acabar fracassando graças a um período de desenvolvimento caótico.

Caso real: Overkill’s The Walking Dead

Overkill’s The Walking Dead

“Overkill’s The Walking Dead” é um jogo de tiro em primeira pessoa cooperativo baseado na popular série de quadrinhos “The Walking Dead”. Desenvolvido pela Starbreeze Studios e publicado pela Overkill Software, o jogo foi anunciado em 2014 e visava oferecer uma experiência imersiva de sobrevivência em um mundo infestado de zumbis.

O desenvolvimento de “Overkill’s The Walking Dead” foi marcado por uma série de problemas e contratempos:

        • Atrasos recorrentes: O jogo sofreu vários atrasos em seu desenvolvimento, com a data de lançamento sendo adiada repetidamente. Esses atrasos criaram incerteza entre os fãs e diminuíram o entusiasmo em torno do jogo.
        • Mudanças de direção: Durante o desenvolvimento, o jogo passou por várias mudanças de direção criativa e de design, resultando em uma falta de coesão e identidade no produto final. Essas mudanças frequentes levaram a uma falta de clareza sobre o que os jogadores podiam esperar do jogo.
        • Problemas de desenvolvimento: Relatos de problemas de desenvolvimento, incluindo problemas técnicos, falta de recursos e dificuldades na comunicação entre a equipe de desenvolvimento, contribuíram para o caos no desenvolvimento do jogo.

Quando “Overkill’s The Walking Dead” finalmente foi lançado em novembro de 2018, a recepção foi extremamente negativa. O jogo foi criticado por sua jogabilidade monótona, problemas técnicos significativos e falta de polimento geral. A reputação manchada do jogo, combinada com o atraso prolongado e os problemas de desenvolvimento divulgados publicamente, levaram a uma recepção fria por parte dos jogadores e da mídia.

Os problemas enfrentados por “Overkill’s The Walking Dead” tiveram consequências significativas para a Starbreeze Studios. O fracasso comercial do jogo, combinado com outros problemas financeiros enfrentados pelo estúdio, levou a dificuldades financeiras e a uma reestruturação interna, incluindo demissões e mudanças na gestão.

 

Conclusão

O sucesso de um jogo indie é influenciado por uma combinação complexa de fatores, incluindo visibilidade, qualidade, timing de lançamento, originalidade, recursos e suporte da comunidade. Embora seja um campo repleto de desafios, os desenvolvedores que conseguem navegar esses obstáculos podem alcançar grande sucesso. No entanto, para muitos, a jornada é repleta de dificuldades, e o fracasso não é um reflexo da falta de talento ou esforço, mas sim das duras realidades do mercado de jogos.

A história de cada jogo indie é única, e cada sucesso ou fracasso oferece lições valiosas para futuros desenvolvedores. A inovação e a paixão que movem os desenvolvedores indie continuam a enriquecer a indústria de jogos, independentemente do sucesso comercial imediato.

 

Influencer gamer Bruno PlayHard é destaque em evento da OAB SP que debate games e eSports

Com a crescente influência da Era Digital e suas inovações, os jogos eletrônicos, uma vez considerados meras formas de diversão e lazer, têm se transformado em oportunidades de sucesso e mesmo em casos bilionários de empreendedorismo. O mundo dos jogos eletrônicos, que engloba o ecossistema gamer e de Esports, tem visto um crescimento exponencial, proporcionando novas carreiras e estabelecendo recordes de receita.

De acordo com projeções da consultoria PwC, a indústria global de jogos atingiu a marca de US$ 196,8 bilhões em receitas somente em 2022, com o Brasil liderando entre os países da América Latina, contribuindo com R$ 12 bilhões desse montante. Espera-se que o valor global atinja a impressionante marca de US$ 321 bilhões até 2026.

Reconhecendo a importância crescente desse setor, a OAB SP (Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo), por meio de sua Comissão Especial de Mídia, Entretenimento e Cultura, está organizando um evento presencial intitulado “Games e Esports com Bruno PlayHard: Conteúdo, Competição e Negócios.” O evento ocorrerá no próximo dia 11 de novembro, das 10h30 às 13h00, na sede da Secional, localizada na rua Maria de Paula, 35.

O anfitrião do evento será Bruno “PlayHard” Bittencourt, um empresário influente no mundo dos jogos eletrônicos, cuja jornada de sucesso começou na adolescência. Atualmente, ele é conhecido como pioneiro nos jogos mobile no Brasil e fundador da plataforma LOUD de jogos eletrônicos. Além disso, em 2019, ele foi reconhecido pela Forbes Brasil como um dos “30 Under 30,” um destaque na lista de jovens empreendedores de sucesso.

Juntamente com Bruno PlayHard, o evento contará com a participação de renomados profissionais do direito, que proporcionarão debates e insights inovadores. José Maurício Fittipaldi, presidente da Comissão organizadora do evento e advogado premiado na área de Mídia e Entretenimento, compartilhará sua experiência como executivo especialista na indústria. Ele receberá outros membros destacados da entidade, incluindo Eric Rocha, presidente da Comissão de Direitos da Mídia na OAB Campinas, Adriana Saltarini, especializada em mídia, eSports e entretenimento, e Ingrid Sguassabia Ferreira, especialista em propriedade intelectual.

José Maurício Fittipaldi expressou a importância deste evento ao afirmar: “Mesmo já estabelecido em um patamar bilionário, o ecossistema gamer ainda é um ramo pouco explorado pela advocacia paulista e muito promissor para jovens profissionais. Por isso, queremos conectar talentos nesse encontro da OAB SP e mostrar que, para além dos conhecimentos do direito, o advogado ou advogada que ingressar nesse setor precisa dominar os méritos e desafios da indústria do entretenimento. E não há meio mais eficiente para isso do que a partir de quem entende e vive o assunto todos os dias.”

As inscrições para o evento presencial “Games e Esports com Bruno PlayHard: Conteúdo, Competição e Negócios – A bilionária indústria dos games na visão de um dos mais influentes empresários do setor” já estão abertas e podem ser acessadas por meio deste link. No entanto, é importante observar que as vagas são limitadas.

 

SERVIÇO – Games e Esports com Bruno PlayHard: Conteúdo, Competição e Negócios

Quando: dia 11 de novembro de 2023, das 10h30 às 13h

Onde: Plenário da OAB São Paulo (Rua Maria de Paula, 35)

Inscrições: https://www.sympla.com.br/evento/games-e-esports-com-bruno-playhard-conteudo-competicao-e-negocios/2218236

Leona e Julia Brant: duas dentistas que são referência no cenário do PUBG MOBILE

O PUBG MOBILE, um dos battle royale mais populares do mundo, está sempre revelando talentos e incentivando a comunidade. Leona e Julia Brant são exemplos desse estímulo que o jogo oferece à comunidade. Além da paixão pelo jogo, ambas possuem mais uma paixão em comum: a odontologia.

Daniela “Leona” Dantas é dentista formada pela UniCatólica (Centro Universitário Católica de Quixadá), no Ceará. A dentista conta que decidiu seguir na carreira odontológica devido à insegurança que sentia por conta do sorriso na época da escola. “Isso me fez perceber profundamente o impacto que o sorriso tem na qualidade de vida. Foi por isso que tomei a decisão de ingressar na faculdade de odontologia, com o objetivo de devolver a autoestima de quem enfrenta as mesmas dificuldades que eu vivi”, explica Daniela.

O PUBG MOBILE chegou depois na vida de Daniela, quando começou a acompanhar o competitivo e a se interessar pela produção e narração. “Comecei sendo comentarista, e vivenciado esse mundo tive o interesse de me arriscar como narradora também”, conta a caster. “Percebi que havia falta de voz feminina. Via as mulheres só nos comentários e não nas narrações”, complementa.

Hoje, após quase três anos narrando, a dentista tem que conciliar sua agenda do consultório com o estúdio. “Agora tenho mais flexibilidade de horário. Consigo montar minha agenda para atender meus pacientes e conciliar com as horas de transmissão, lives e criação de conteúdo”, explica a dentista.

Já Julia Brant sempre soube que seguiria na área da saúde, como seus pais, avô e tios, que já são dentistas e a quem desde pequena acompanha na profissão. “Sempre participei de vários encontros que meus pais faziam com seus antigos amigos de faculdade. Claro que o assunto da odontologia sempre era pauta, e eu acabei gostando de participar das conversas e decidi seguir a carreira da família”, comenta.

A dentista se formou em 2022 na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), e mesmo com tudo para seguir somente na carreira odontológica, conheceu o PUBG MOBILE no meio do caminho. “Comecei jogando o competitivo feminino, mas chegou um momento que meu time se desfez, e com a faculdade eu acabei deixando o competitivo de lado por outras prioridades, mas decidi que eu não iria abandonar o jogo, porque me encontrei nesse mundo”, conta a narradora. “Decidi então entrar para a organização de scrims (treinos) femininas. Um belo dia, resolveram começar a colocar lives dos treinos das 19h, mas ninguém sabia quem chamar para narrar. Foi aí que, em um consenso, decidiram que eu iria narrar! Fui pega desprevenida e nunca tinha pensado em narrar ou comentar na vida, mas encarei o desafio pensando ‘por que não? Vou me divertir e ver no que vai dar’. E foi aí que me encontrei. O que começou com apenas um desafio para sair da minha zona de conforto se tornou o que sou hoje!”

Com os atendimentos na parte da manhã, a caster consegue organizar sua agenda entre a clínica, a criação de conteúdo e a narração.

Tanto Julia quanto Leona foram descobertas na comunidade do PUBG MOBILE, unidas pelo amor ao battle royale e à profissão, trazendo juntas visibilidade aos talentos da comunidade do jogo.

Parabéns a todas as dentistas pelo seu dia!