Na última quinta-feira (09 de agosto) a cidade de São Paulo ganhou um novo centro de entretenimento voltado para os fãs de jogos digitais: o Voyager. Localizado no terceiro andar do Shopping JK Iguatemi, o Voyager foi criado pelo estúdio ARVORE e promete uma experiência pioneira no Brasil, um centro de entretenimento dedicado à realidade virtual. Podemos simplificar o projeto como um fliperama totalmente dedicado à jogos, cinemáticas e demais experiências que fazem uso dos óculos de realidade virtual.
O espaço possui 350 metros (bastante aproveitado ) e comporta jogos e experiências diversificadas, tais como o multiplayer Jousting Time, que tem ambientação medieval; o famoso Beat Saber; a animação Asteroids; e o brasileiro Pixel Ripped 1989. A intenção é oferecer variedade e divertir os jogadores. De acordo om Ricardo Laganaro, Chief Storytelling Officer da ARVORE, o Voyager conta com um catálogo de 20 jogos que serão trocados de tempos em tempos.
Ricardo Laganaro, Chief Storytelling Officer da ARVORE
“Temos cerca de vinte jogos aqui no Voyager, eles devem ser trocados em cerca de quinze a 20 dias para as pessoas conheçam coisas novas”, disse Ricardo Laganaro. Segundo o executivo a ideia é abrir seis unidades até o final do ano, de modo que a Voyager não ficara restrita apenas aos jogadores de São Paulo. Outra ideia para o futuro é abraçar produções nacionais, diz Laganaro. “Os produtores independentes terão sim a oportunidade de colocar seus jogos no Voyager. Temos planos de abrir espaço para a indústria nacional, até porque o mercado de VR ainda é bastante experimental”, conclui o executivo.
Além de a tecnologia VR ainda não ser massificada, um fato destacado por Ricardo Laganaro é que o tempo de jogatina no Voyager é de cerca de uma hora, inviabilizando jogos grandes que já fazem uso do VR, tais como Resident Evil 7 ou Skyrim. Ainda assim, é possível que os jogos estejam em formato de demonstração, tal como Pixel Ripped 1989, da própria ARVORE, que na versão final tem cerca de quatro horas de jogo.
Um dos destaques do Voyager é o viral Beat Saber
A aposta da ARVORE não é injustificada: de acordo com relatório da Goldman Sachs, a realidade virtual movimentou cerca de US$ 2 bilhões apenas em 2017 e a previsão é de alta, principalmente no Brasil. A expectativa é que o público jovem conheça a experiência e passe mais tempo conhecendo a tecnologia.
E engana-se quem pensa que só os videogames são afetados pelo VR: as empresas de publicidade, cinema, automobilismo e telecomunicações já sonham com os lucros da realidade virtual. Para se ter ideia, só no Brasil o número de empresas que começaram a trabalhar com o VR subiu de 8 para 150. Até mesmo o Grupo Globo já cresceu os olhos para a tecnologia.
Por que vale a pena o ingresso para o Voyager?
Durante nossa visita pudemos testar vários dos jogos expostos no Voyager. Desses, podemos destacar quatro projetos em especial que merecem uma jogada: Pixel Ripped 1989, Life of Us, Dreams of “O” e o Race FX. Esses quatro são os mais indicados para entender o Voyager e a tecnologia de realidade virtual e todas as suas possibilidades.
Pixel Ripped 1989
Já falamos algumas vezes sobre o projeto criado pela Ana Ribeiro, mas vale a pena falar sobre as primeiras impressões. O jogo transportar o jogador para um mundo fantástico em que videogame e vida real se misturam. Você é uma garota no meio da sala de aula que não consegue evitar uma partida de seu Gameboy. O problema é que a professora está atenta e vai fazer de tudo para o jogador largar o console. Em alguns momentos, Pixel Ripped mistura o 2D e o 3D de uma maneira que surpreende bastante. Mesmo nos momentos em que o objetivo é distrair a professora, Pixel Ripped consegue soluções inventivas para não entediar o jogador.
Life of Us
Este aqui não é bem um jogo, mas sim uma experiência interativa onde duas pessoas passam por toda a história da vida na Terra, passando por diferentes fases da nossa existência. O jogador vai ter a oportunidade de ser um peixe pré-histórico ou mesmo um dinossauro. O conceito e bastante interessante e os gráficos são bem desenvolvidos.
Dreams of “O”
Outra experiência sensorial é o Dreams of O, inspirado no Cirque du Soleil. Basicamente o jogador se torna um expectador de acrobacias e números audaciosos de artistas do circo mais famoso do mundo. A trilha sonora e os efeitos visuais são o ponto alto. Como é uma experiência mais voltada ao visual, Dreams of O pode ser apreciado por pessoas pouco familiarizadas com videogames. É uma experiência bem artística.
Race FX
Esta experiência é ideal para quem gosta de corrida. Trata-se de um simulador de formula 1, incluindo um cockpit em tamanho real com giroscópio. Ao usar os óculos de realidade virtual, espera-se uma experiência bem próxima de um carro de verdade. Já que o cockpit se move de um lado a outro, o jogador acaba sentindo na pele as colisões e curvas. Mas não se engane: é uma experiência intensa e pode causar estranheza em quem não tem familiaridade com arcades. Já dá para imaginar como as coisas vão ser no futuro quando autoescolas implantarem realidade virtual com gráficos foto realistas.
Serviço – Voyager
Onde: Shopping JK Iguatemi – Av. Juscelino Kubitschek, 2041, Vila Olímpia, SP
Os fãs de realidade virtual finalmente terão uma casa para desfrutar do melhor que a tecnologia tem a oferecer no quesito games, pois o estúdio ARVORE (Pixel Ripped 1989) irá inaugurar o Voyager. Trata-se de um centro de entretenimento totalmente dedicado à realidade virtual, como se fosse uma casa de fliperama com a tecnologia de ponta.
O lançamento do Voyager é agora em agosto no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. O projeto é fruto de uma parceria com o empresário Roberto Justus (O Aprendiz) e visa trazer um espaço de lazer diferenciado na capital paulista, oferecendo uma nova opção dentro do ramo de jogos eletrônicos. A aposta é certeira, visto que o mercado de games é um dos que mais cresce globalmente.
O projeto Voyager conta com mais de vinte experiências entre games, cinemáticos e outras narrativas interativas em realidade virtual. O centro ainda conta com 10 VR Pods, englobando aventuras em simuladores de corrida, remo, voo e equipamentos para conteúdo multissensorial. O objetivo é oferecer a experiência mais visceral em Oculos Rift e no HTC Vive.
“Os centros de entretenimento de realidade virtual são uma tendência global. Projetamos o Voyager para trazer a mais avançada de VR existente no mundo e conteúdo de qualidade para todas as idades“, diz Roberto Justus, sócio do empreendimento.
O ARVORE firmou parceria de exclusividade no Brasil com um dos principais centros de entretenimento de realidade virtual da Europa, o MK2 VR. Do catálogo licenciado estão disponíveis a experiência narrativa interativa “Life of Us”, premiada no Sundance Film Festival 2017, o game “Superhot”, com uma inovadora relação entre tempo e ação, todo conteúdo de realidade virtual do Cirque Du Soleil, entre outas atrações. O centro de entretenimento também dispõe de alguns dos produtos originais do estúdio ARVORE, como o jogo “Pixel Ripped 1989”.
Ainda entre as experiências oferecidas no Voyager estão “Asteroids!”, animação do diretor de “Madagascar”; “Jousting Time“, jogo multiplayer de duelos e torneios medievais e “BEAT SABER”, conhecido pelos recentes vídeos virais, numa estação inédita de realidade mista. Ao final da experiência, os jogadores receberão um clipe compartilhável deles mesmos inseridos no mundo de espadas lasers e cubos musicais.
Os ingressos para o Voyager terão o valor de R$ 89,00 por pessoa e a lotação máxima da casa é de 30 pessoas por hora. Você pode encontrar mais informações sobre o projeto no site oficial.
Serviço – Voyager: centro de entretenimento de realidade virtual
Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041 – Vila Olímpia – São Paulo
Horários: diariamente, das 10h às 22h