Pesquisa da IEEE revela que as novas gerações de jogadores passam menos tempo jogando videogames

A organização IEEE, especializada em estudo e avanço da tecnologia para a humanidade, realizou uma pesquisa entre os dias 11 de junho a 13 de julho com o público gamer de todo o mundo. O resultado desta pesquisa é de certo modo surpreendente e o veredicto é que as gerações mais novas passam menos tempo jogando videogames.

De acordo com a pesquisa realizada: jovens entre 18 a 24 anos passam cerca de cinco a oito horas em uma única sessão de jogatina, ao passo que jogadores com idades entre 18 a 34 anos passam mais de 15 horas jogando. Este dado vai contra a opinião de muita gente que acredita que as gerações mais novas estão cada vez mais presa aos jogos eletrônicos.

De acordo com a IEEE, esta pesquisa mostra que os mitos do ‘gamer tradicional’ estão desaparecendo. A pesquisa ainda revelou que 58% dos jogadores preferem jogar em modo campanha, ao invés de realizar partidas online com os amigos. Este é outro dado inusitado, afinal a popularidade das redes Xbox Live e PSN é cada dia mais evidente. Ainda assim, mais da metade dos jogadores preferem jogar em modo campanha.

Segundo Stu Lipoff, associado da IEEE e presidente da Ação Partners IP, os jogadores mais novos passam menos tempo jogando devido à
disputa de atenção que os videogames enfrentam com outras tecnologias como celulares, tablets e redes sociais. Quanto à preferência por partidas singleplayer a justificativa é outra: “O crescente interesse no modo de campanha pode ser devido a que jogadores não precisam de uma interação social online para ter uma experiência de qualidade de vídeo games”, disse Lipoff.

Outro dado captado pela pesquisa diz respeito ao futuro dos jogos eletrônicos. De acordo com a psquisa, cerca de 51% dos entrevistados acreditam que as tecnologias voltadas para a realidade virtual (VR/AR) dominará o mercado. Outros 21% dos jogadores acreditam que o futuro da indústria são os jogos open-source (àqueles em que o usuário pode personalizar o jogo); enquanto que outros 18% apostam suas fichas em jogos de segunda tela/óculos inteligentes como a “próxima grande inovação para os vídeo games”.

“Os desenvolvedores de vídeo games já estão começando a adotar AR / VR e a realidade combinada. Não há dúvida de que essas tecnologias imersivas serão a mais importante inovação da próxima geração de vídeo games, e também terão impacto em outros aspectos de nossas vidas. A indústria dos vídeo games será um dos primeiros a adotar e irá ajudar a descobrir como a tecnologia é viável. Até 2017, o AR / VR / tecnologias de realidade combinada será levada de forma fácil e acessível para as casas de consumidores, em grande parte graças aos vídeo games”, disse Todd Richmond, associado da IEEE e diretor de protótipos avançados do Instituto de Tecnologias Criativas (TIC) da Universidade do Sul da Califórnia.

Por fim a pesquisa da IEEE revelou algumas nuances do mercado de jogos eletrônicos e opiniões do público consumidor, tais como:

  • 46% acham que cartuchos de ROM foram a tecnologia mais impactante desenvolvida durante a segunda geração de vídeo games (1977-1983);
  • 53% dos participantes realmente acreditam que a tecnologia de maior impacto durante essa geração foram os microprocessadores de 16 bits;
  • 31 % acreditam que os avanços na unidade de processamento central / unidade de processamento gráfico de consolas “(CPU / GPU) as velocidades eram a tecnologia mais impactante da geração.

Com tudo isso, os especialistas da IEEE acreditam que a indústria de jogos eletrônicos está rumando a passos rápidos para maior disseminação de jogos sociais e de jogos móveis, uma tendência que já pode ser vista ocorrer atualmente. Resta saber como os jogadores mais antigos reagirão a estas mudanças, uma vez que eles parecem estar cada vez mais presos em jogos de consoles caseiros e com campanhas singleplayer.

E ai, você concorda? Opine!

Estádio do Palmeiras vira jogo para a Xbox Live

Essa é especial para os torcedores do Palmeiras. A Allianz Seguros, em parceria com a agência Ogilvy & Mather e a Microsoft, lançaram o minigame Allianz Gol para o Xbox Live. Trata-se de um game que coloca o jogador a explorar o mais moderno estádio do Brasil, o Allianz Parque, localizado em São Paulo. Também conhecido como Estádio do Palmeiras.

Allianz Gol é bastante simples, lembrando os clássicos jogos de futebol lateral da geração 16 bits. Basta tentar chegar ao gol adversário através de passes em linha reta, de modo que a bola não toque em nenhum jogador adversário. Se passar pelos adversários, basta chutar ao gol. O game já está disponível de forma gratuita na Xbox Live.

Além de explorar o estádio alviverde, os jogadores podem conhecer uma galeria de fotos que detém imagens e informações de outras arenas esportivas da Allianz, como o Allianz Park, de Londres; o Allianz Stadium de Sidney e o monumental Allianz Arena, em Munique, na Alemanha.

“A iniciativa tem como objetivo utilizar uma plataforma próxima aos fãs de futebol, especialmente ao público jovem, dando a oportunidade de vivenciar a marca. Pensamos no jogo como uma maneira de apresentar aos fãs do futebol o Allianz Parque e mostrar que a arena faz parte de uma estratégia global do Grupo Allianz, que envolve outras cinco ao redor do mundo a levar o nome da nossa marca”, explica Felipe Gomes, diretor executivo de Gestão de Mercado e Estratégia da Allianz Seguros.

Os jogadores podem fazer uma visita virtual, os jogadores podem até entrar em campo e marcar um gol. A Allianz acredita ser uma maneira bastante efetiva de apresentar o estádio a todos os fãs de futebol que, por ventura, não podem ir pessoalmente ao estádio Palmeirense.

Os desafios da distribuição digital de games

Quando você quer comprar um novo jogo, qual a sua primeira opção? Comprar o jogo via download ou comprar mídia física?

Tradicionalmente, a distribuição de games no início da indústria era feita apenas em suportes físicos. As primeiras
gerações de consoles, como o Atari 2600, Odyssey e Super Nintendo, os suportes eram cartuchos com memórias ROM. Com o lançamento do PlayStation One da Sony e do Dreamcast da Sega, os consoles passaram a contar com leitores de discos ópticos.

Contudo, com a disponibilidade das conexões de banda larga a partir dos anos 2000 a distribuição de conteúdo digital pela internet se popularizou, viabilizando a exploração comercial da distribuição digital em larga escala.

Diversos estudos mostram o impacto da distribuição digital e do crescimento dos jogos online sobre o mercado físico de jogos digitais, seja no varejo convencional ou nas lojas virtuais.

Mas apesar de tudo, quando falamos de acessórios para videogames, nada como uma loja física, para ver, tocar e experimentar o produto.

Muitos distribuidores digitais de jogos, existentes desde o meio da década de 90, são versões das lojas convencionais, apenas substituindo o envio de mídias físicas pela possibilidade de
download do software para instalação em PCs.

Os fabricantes de console também criaram suas redes de distribuição proprietárias, que permitem aos donos de console adquirir jogos digitais pela internet. As redes são a Nintendo  Network, a Play Station Network (PSN) e a Xbox Live.

O grande marco da distribuição digital foi o lançamento do Steam pela Valve, em 2003. O Steam expandiu o conceito, oferecendo novas funcionalidades e serviços complementares, tanto para desenvolvedores quanto para usuários, criando comunidades em torno de seus títulos e um mercado de jogos modificados pelos próprios usuários, além de itens especiais e da distribuição de softwares voltados ao desenvolvimento de jogos.

Mas de nada adianta a distribuição digital sem os acessórios bancas para complementar a jogatina. E isso, acho que cabe mesmo às lojas físicas.

Mas a pergunta que fica é: você prefere comprar um jogo usando a distribuição digital, via download? Ou prefere mesmo a mídia física?

 

Fonte: relatório Mapeamento da Indústria Brasileira e Global de Games, realizado pelo grupo de estudos GEDIgames por encomenda do BNDEs.