Franquia Tales of comemora 30 anos com site especial e novidades para os fãs

A franquia Tales of, uma das séries mais icônicas do gênero de RPG, completa três décadas de história e recebe uma comemoração especial organizada pela Bandai Namco. Em homenagem ao marco, foi lançado um site exclusivo reunindo conteúdos para celebrar a trajetória da franquia que conquistou gerações de jogadores em todo o mundo.

O site comemorativo apresenta uma linha do tempo interativa com os momentos mais importantes dos 30 anos da franquia Tales of, desde o lançamento do primeiro título em 1995, Tales of Phantasia, até os jogos mais recentes. Além da linha do tempo, os fãs encontram conteúdo exclusivo, informações sobre novos lançamentos e curiosidades sobre os bastidores do desenvolvimento dos jogos.

Outro destaque das comemorações é a transmissão especial realizada para marcar o aniversário da série. Durante o evento, foi apresentada uma retrospectiva com três décadas de momentos memoráveis da franquia, além de novidades aguardadas, como a prévia de jogabilidade de Tales of Graces f Remastered. O evento ainda contou com uma sessão de perguntas e respostas com os desenvolvedores, aproximando os criadores da comunidade apaixonada pelo universo Tales of.

A remasterização de Tales of Graces f é uma das grandes apostas para 2025. Com melhorias gráficas e adaptações para plataformas modernas, o título estará disponível a partir de 17 de janeiro para Nintendo Switch, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One e PC via Steam.

Para aqueles que desejam acompanhar todas as novidades e reviver a história de Tales of, o site do 30º aniversário está disponível com conteúdos exclusivos e informações atualizadas. Para mais informações, acesse o site oficial da Bandai Namco.

“Death Elevator” chega aos consoles modernos com jogabilidade desafiadora e foco na habilidade do jogador

A QUByte Interactive, em parceria com o estúdio Games From The Abyss, anunciou que o jogo “Death Elevator”, um FPS roguelike, será lançado no dia 28 de novembro para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e Nintendo Switch. Com uma estética minimalista em estilo low-poly, o jogo desafia os jogadores a enfrentar ondas de inimigos em um elevador que parece não ter fim, enquanto descobrem mistérios sobre o seu propósito.

Enredo e jogabilidade intensos

O jogo coloca o jogador em um ambiente claustrofóbico, onde o objetivo é sobreviver a andares repletos de inimigos com armas e desafios gerados aleatoriamente. Sem sistema de upgrades ou habilidades acumulativas, o foco é na habilidade individual e no reflexo do jogador. O recurso de câmera lenta (bullet-time) adiciona um toque estratégico, permitindo decisões mais precisas em momentos de alta pressão.

Experiência única a cada partida

Cada andar traz novos desafios e inimigos, com armas e cenários sempre diferentes. Conforme o jogador avança, fragmentos narrativos vão sendo revelados, compondo uma história interpretativa que adiciona camadas de mistério ao enredo. Sem checkpoints ou progresso linear, cada tentativa é uma nova experiência, o que reforça o caráter competitivo do jogo.

Compatibilidade e recursos adicionais

Além do modo para um jogador, “Death Elevator” oferece tabelas de classificação global, permitindo aos jogadores comparar suas pontuações com pessoas do mundo inteiro. O título será otimizado para consoles da nova geração, como o Xbox Series X|S, e será disponibilizado em português e inglês. O jogo já havia sido lançado na Steam para PC, onde conquistou uma base de fãs pela sua dificuldade elevada e design diferenciado. Com esta nova fase, a QUByte Interactive busca alcançar um público ainda maior.

Abaixo você confere o trailer de Death Elevator:

Review: Mars 2120 é um bom jogo, mas expõe as dificuldades de desenvolver jogos

Mars 2120 é um jogo no estilo metroidvania desenvolvido pelo estúdio brasileiro QUBYTE Interactive, lançado em agosto de 2024 para Steam, PS4, PS5, Nintendo Switch, Xbox One e Series X|S.

Em Mars 2120, o jogador assume o papel da Sargento Anna “Thirteen” Charlotte, enviada para Marte para responder a um misterioso chamado. Ao chegar, ela se depara com uma colônia dominada por inimigos e precisa descobrir o que está acontecendo. Grande parte da trama de Mars é contada através de audio-logs, então encontrá-los é essencial para compreender mais sobre o universo do jogo.

O jogo rapidamente dá controle total ao jogador, que já começa com o pulo duplo, o que torna a exploração, um elemento crucial em metroidvania, bastante agradável. A exploração é dividida em diferentes áreas, com biomas que são fundamentais para aumentar o desafio do jogo. Na área de gelo, por exemplo, qualquer descuido pode resultar em congelamento ou até mesmo morte. É um jogo que sabe punir o jogador: cair em abismos pode significar o fim da exploração, portanto, salvar o progresso em cada ponto de salvamento é crucial.

Em Mars, o combate é dividido entre tiros e ataques corpo a corpo. Alguns inimigos morrem mais rapidamente no combate físico, enquanto outros resistem mais. Cabe ao jogador identificar isso durante a jogatina e planejar a melhor forma de derrotar os inimigos. Habilidades e melhorias podem ser encontradas ao longo da jornada, aprimorando esses aspectos. O sistema de upgrade está vinculado ao acúmulo de experiência obtida no mapa ou derrotando inimigos. No entanto, além de ter os pontos necessários para “comprar” as melhorias, o jogador precisa encontrá-las no mapa, o que incentiva a exploração e a revisita de áreas já exploradas com o uso de habilidades adquiridas posteriormente. Esses elementos são o que tornam o gênero metroidvania interessante, e Mars faz isso muito bem.

Ao longo do jogo, o jogador encontra diversos tipos de tiros que também funcionam como chaves para abrir portas ou acionar botões. No que diz respeito às mecânicas, algo que incomodou foi a necessidade de mirar com o segundo analógico, semelhante ao jogo quase esquecido Shadow Complex. Inclusive, se a memória não falha, o desenvolvedor mencionou na BGS 2023 que esse jogo foi uma das inspirações nesse aspecto. É bastante trabalhoso acertar um inimigo com o analógico, devido a uma certa imprecisão no comando. Andar, atirar, esquivar e trocar de tipo de tiro durante o combate com múltiplos inimigos tornou-se algo burocrático. No entanto, a opção de mira automática, disponível nas configurações de acessibilidade, ajudou a contornar essa dificuldade.

Mars 2120 é um jogo cheio de potencial, desde seu mapa bem desenhado, com diversos biomas que impactam diretamente a exploração e o combate, até seus chefes e a trama, que são envolventes o suficiente para prender a atenção do jogador. No entanto, aqueles que desejarem chegar ao final desta aventura terão que enfrentar situações que evidenciam as dificuldades de desenvolver um jogo, como a necessidade de tempo para polir o trabalho.

MARS 2120

Não se sabe ao certo se o estúdio teve tempo para melhorar as animações. Sabe-se que houve a transição da Unreal para Unity, de acordo com o documentário divulgado (inserir link), mas o que se vê no jogo demonstra essa carência. Isso pode prejudicar a experiência, causando estranheza. Muitas das animações são desengonçadas; é possível entender o que o personagem está fazendo, mas a execução não é das melhores. Comparando com a versão testada na BGS 2023, o jogo final está bem melhor, e ele vem recebendo atualizações que estão melhorando a experiência. Contudo, os pontos que fazem dele um jogo mediano ainda estão presentes. Vale lembrar que se trata de um jogo de baixo orçamento, e seu preço reflete isso: R$59,90 em todas as plataformas. A jornada leva cerca de 6 horas, e o jogo está legendado e dublado em português brasileiro.

Desenvolver jogos nunca foi uma tarefa fácil. As dificuldades variam entre animações, design de níveis, enredo, programação, engine gráfica, marketing e, claro, polimento e otimização. Esses dois últimos tópicos são muito comentados atualmente: se um jogo apresenta quedas de desempenho ou bugs, é comum culpá-los. O que poucos sabem é que são raros os jogos que têm o luxo de serem lançados com um bom polimento.

 

Casos como Zelda: Tears of the Kingdom, onde a Nintendo reservou um ano apenas para otimizar o jogo para o Switch, ou Baldur’s Gate 3, que entrou em Early Access e conseguiu um impacto significativo, são exceções, mesmo no cenário dos jogos AAA. Comparar um jogo indie, feito com dedicação por uma equipe pequena, com esses gigantes não faz sentido, mas evidencia a diferença entre um jogo indie de baixo orçamento e os colossos da indústria. Ao considerar esses fatores, a nota atribuída ao jogo reflete uma análise justa de um título que levou cinco anos para ser desenvolvido.

Há muita expectativa para o próximo trabalho da QUBYTE. O estúdio demonstrou competência, e certamente Mars 2120 foi uma experiência que trouxe aprendizados valiosos para o futuro, permitindo que evoluam em projetos ainda melhores. O título está disponível na Steam.

Nota: 7

Texto por: Victor Cândido