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Venda de games usados continuam a gerar burburinho entre desenvolvedores e estúdios

O debate em torno do mercado de games usados está rendendo… Entre os planos para combater estão medidas como a criação de códigos que podem ser usados apenas uma vez para acesso a modos multiplayer, algo que gera revolta entre alguns jogadores e declarações polêmicas como a da THQ, que disse que está sendo traída por gamers que compram game de segunda mão e por isso não simpatiza com a chateação dos jogadores que eventualmente saiam prejudicados de uma destas compras.

Mas, será que a criação de códigos é realmente necessária? Para Mark Lamia, do estúdio Treyarch, o mercado de games usados pode deixar de ser um problema se os desenvolvedores souberem criar produtos que tragam aos jogadores a razão de manter os games consigo. Faz sentido, uma vez que bloquear capacidades multiplayer de jogos como Call of Duty: Black Ops (em que a Treyarch trabalha agora) seria praticamente acabar com um dos principais atrativos do game.

Lamia garantiu que darão todo o suporte ao Black Ops e que se certificarão de que os fãs continuem jogando e, assim, não queiram trocar o game. Stuart Hood, designer principal do game F1 2010, parece compartilhar de idéia semelhante, e afirma que a luta contra este mercado de usados é inútil, apesar de concordar que seja um problema. Ainda assim, para o designer a responsabilidade está com o desenvolvedor, em criar pontos que façam com que o jogador não se desfaça do jogo, em vez de procurar meios de impedir uma segunda venda.

Contudo, pode ser que a indústria ganhe em breve uma aliada legal na batalha contra o mercado de usado. Uma decisão do tribunal americano garantiu à Autodesk, dona dos softwares AutoCAD, a vitória em um caso que envolvia a venda de seus softwares de segunda mão via o leilão virtual eBay. O receio é que a decisão abra precedentes e impacte, no futuro, em casos semelhantes contra a venda de games, conforme noticiou o site Gamasutra.

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