Por Atillah Imadofus, do Ato ou Efeito
Em relação aos vídeogames, confesso a vocês que estou cansado. Cansado de escutar tanta gente falar besteira.
E nessa minha carreira de jogador, já escutei muita besteira. Mas com certeza uma das que escuto com mais freqüência, são os comentários a respeito de como os “jogos de antigamente eram legais”. Tudo bem, existem os grandes clássicos, respeitados por todo mundo: Super Mario World, Double Dragon, Gran Turismo, Final Fantasy, a lista é imensa e vocês sabem do que estou falando. Faça sua lista e compartilhe aqui, é só comentar o post.
Porém, sempre sei que a argumentação racional começa a descer pelo ralo quando o sujeito começa a falar que os jogos de antigamente eram mais legais do que os jogos atuais. Que eram mais dinâmicos, mais acessíveis, mais divertidos e outras insanidades.
Com o tempo, passei a notar que esses ignóbeis hereges normalmente são velhos. Nem sempre na idade, mas sim na atitude. Ou seja, são aqueles infelizes que pararam de jogar vídeo-game, pelo motivo esfarrapado que seja. Pois todo motivo é esfarrapado pra se parar de jogar.
Portanto, resolvi explorar um pouco mais essa ligação entre pessoas que pararam no tempo, nostalgia gamística e a evolução dos jogos desde o Atari. Vamos supor, por breves momentos, que estes não-jogadores tenham motivos coerentes para falar as sandices que falam e, caridosamente, vamos procurar entendê-los. Quem sabe? Talvez um dia você comece a falar este tipo de besteira também.
Serão 10 posts, divididos em tópicos específicos, pra vocês não ficarem cansados de ler. Agora um pedido: leia tudo e comente aqui, ok?
Parte 01 – Identificando um gamer que parou no tempo
Parte 02 – O percurso do jogador médio
Parte 03 – Orra, mas pra quê tanto botão
Parte 04 – A vida acontece em 3D
Parte 05 – Saves: a salvação dos jogos
Parte 06 – Sagrada Mãe Internet
Parte 07 – O todo-poderoso compact disc
Parte 08 – Espaço, a fronteira final
Parte 09 – Mais exemplos de avanços nos jogos
Parte 10 – Conclusão
Dedico esta série a todos os jogadores verdadeiramente hardcore. Como diz aquele comercial do Xbox: A vida é curta, motherfucker. Jogue mais.
Nota: este texto já foi publicado aqui no GameReporter há muito tempo. Contudo, foi revisto pelo grande Atillah Imadofus. Reclamem com ele. ;-)
Mas diga ai caro leitor: você está velho ou não?
Gamer News: estatísticas mundiais sobre o mercado dos games e outras coisas
Alguém conhecia? Zip Drive para Dreamcast. Eu queria ter tido um
Download: Guitar Hero II atinge 2 milhões de músicas baixadas. Aeeeeee
kra sinceramente nunca vi ngn falar isso..
acho q vc ta forçando a barra..
cara… eu tb ja ouvi muita asneira, as vezes é ate melhor ficar quieto… o pior é a rivalidade entre franquias semelhantes, chega a se comico…
mas nada supera aquela lenda da era 8 e 16 bits de q videogames estragavam as tvs uauhauha
abraço velho, sorte ai…
É, acho que tem muita conversa furada no mundo dos jogos. Eu vou tentar comprar um xbox nos eua que lá está barato, sai por 220 dólares.
Tá certo. Com todo respeito ao autor do artigo, mas eu nunca vi tamanha enrolação. Talvez seja um dos piores artigos que já li a respeito de jogos e saudosismo.
Não vou dizer que discordo de tudo, porque deve ter uma linha ou outra que estão corretas do meu ponto de vista, agora eu vou ajudar quem não quer gastar um tempão para ler tudo isso.
O autor disse:
1. Os jogos atuais são melhores por causa da evolução.
2. Jogadores velhos não gostam de jogos novos porque não sabem jogar.
Dolemes, levanta o nível dos artigos aqui, cara. E da próxima vez que postar algo, posta mais resumido!
Vc tá coberto de razão, Atillah. Já cansei de ouvir gente falando isso. A verdade é que os jogos mais antigos não eram mais “legais”, eles eram DIFERENTES. Eu joguei mais de 200 horas de Oblivion. Alguém aqui consegue jogar mais de 200 horas de H.E.R.O.? E olha que H.E.R.O. é um jogo bom do Atari, heim? A velharama (termo usado pelo meu avô que eu acho o máximo) é chata mesmo, não está contente com nada. E é FATO que eles NÃO JOGAM.
E detalhe: eu sou de 1980, já tive Atari, CP-400, Amiga 500, TK-90, TK-85, MSX, NES, SNES, Neo Geo, Neo Geo CD, 32X, Saturn, PS1, PS2, Game Boy, Game Gear e tudo quanto é console que vc imaginar dos famosos, menos o PC-Engine, na época em que eles eram “mainstream”. Saber apreciar um bom jogo não é pra qualquer um. Eu realmente ignoro o cara quando ele diz “ah, mas antigamente era mais legal…”. E isso pq vc não citou a rixa dos “saudosistas” com os emuladores. Mas isso é papo pra outro post, quando eu estiver inspirado talvez eu escreva sobre isso.
Congrats pelo post!
Mais um comentário de alguém que não sabe o que está falando. Ter tido todos esses consoles podem ter dado uma bela base de games para você, Bruno, mas não impediu que você falasse uma asneira.
“Eu joguei mais de 200 horas de Oblivion. Alguém aqui consegue jogar mais de 200 horas de H.E.R.O.?”
Jogos limitados como eram os antigos, nunca poderiam render 200 horas de partida. E o tanto de horas que você fica jogando não necessariamente está ligado a diversão.
Diversão é um conceito subjetivo, o que é divertido para mim, pode não ser para você.
Eu poderia demorar 500 horas lendo algum grande romance, mas não me divertiria tanto quanto se eu lesse um conto de Lovecraft, que eu levaria 2 ou 3 horas.
Se achar H.E.R.O. mais divertido que Oblivion me classifica como “velharama”, eu te digo que sou velharama, mas isso classifica sua frase seguinte como bobagem. Porque é FATO que eu JOGO.
É incrível ver dois adultos com pontos de vistas de fanboys. É ÓBVIO que existem ótimos jogos novos, mas isto não classifica-os como melhores do que os antigos.
Ou você acha que qualquer filme colorido é melhor do que filmes branco e preto só por terem mais recursos?
Falou tudo !!!
Posso fazer uma lista gigante de filmes P&B que sao IMBATIVEIS contra um monte de filmes blockbusters atuais, que a molecada adora, mas que no fundo, nao valem nem o ingresso que voce pagou (bem, talvez a pipoca e o refri valeram a pena mesmo…).
O autor do lamentavel texto não levou varios fatores em consideração… usou um ponto de vista totalmente a partir do seu umbigo…
Nota ZERO.
Eu concordo com o assunto, realmente já ouvi muita gente dizer que jogos antigos eram melhores, mas incapaz de jogar mais de 1 hora um emule de jogos de atari, ninguém aguenta dias e dias de jogos de atari hoje em dia. Talvez naquela época era muito divertido, porque era novidade e tals, mas hoje não tem nada a ver com o mundo que vivemos. Um jogo hoje tá tudo envolvido, tem história, mistura filme, mistura internet, mistura música, mistura história do mundo, impossível você só sentar e jogar, sem pensar, sem se envolver. Mas quando ouço que alguém falando bem sobre jogos de atari hoje em dia, geralmente são pessoas mais velhas, pessoas talvez com mais preocupações que um adolescente, que simplesmente não teria paciência depois de um dia inteiro de trabalho, faculdade, filhos, família, pensar num roteiro de jogo, pensar como resolver o jogo, se envolver com o jogo, e simplesmente o mata mata do river raid, seria a melhor opção mesmo, não tem estratégia, não te faz pensar, só atirar. Mas isso não quer dizer que toda pessoa mais velha não gosta de jogos atuais, mas as que gostam são gamers sempre envolvidos com a evolução, de atari a wii, e nunca pararam no tempo, e jogam por puro prazer, ops..sempre jogaram por puro prazer.
Pessoas, seguinte:
– Respeito todos os pontos de vista aqui, ok? Vídeo-games são muito maiores do que eu poderia abarcar mesmo que fizesse 100 posts.
– Isso não é uma dissertação ou uma tese definitiva sobre o assunto. Eu só quis explorar uma questão que me intrigava, sobre o comportamento dos jogadores da minha idade. Foi feito com base no meu histórico individual e dados coletados aqui e ali. Sem nenhuma base científica.
– e, por último, eu falei desde o começo que era um artigo pessoal, e que ia emitir todas as opiniões de um ponto de vista distorcido: o meu. Definitivamente não espero que todo mundo concorde comigo. O objetivo é que a gente pense nisso e continue explorando.
Obrigado a todos que tiveram paciência de ler os 10 posts. Isso foi escrito pra vocês, que levam vídeo-game à sério.
eu parei de jogar pq ñ tenho grana pra comprar…=[ tirste vida
Opa, talvez eu tenha me expressado mal, então lá vai: o fato é que eu jogo tanto jogos novos quanto jogos antigos. Ontem mesmo eu estava jogando IK+ no Atari ST (que falta faz um emulador de Amiga pra PSP…). Só que eu realmente convivo com um monte de gente que simplesmente IGNORA os jogos novos, dizendo que eles são chatos e sem criatividade. Não são chatos. Não são sem criatividade (tá, alguns são), são sim DIFERENTES, só isso.
E, again, jogos antigos não são melhores que os novos, nem tampouco os novos são melhores que os antigos, são apenas diferentes. Eu citei H.E.R.O. pq é um jogo excelente do Atari, um jogo que eu gosto e que eu joguei muito (na verdade joguei muito a versão do MSX). Mas é impossível jogar 200 horas de H.E.R.O., a menos que vc seja doente. :-D
E não me considero fanboy não, mas nenhum fanboy se considera. ;-)
Parece que todos aqui concordam que existem jogos bons e ruins independente da época em que foram lançados.
Para mim, independente do que signifique os MMORPGs mais atuais e tudo mais, os jogos mais divertidos de RPGs e adventures foram os antigos da LucasArts.
Ainda na diversão, que plataforma foi mais divertido que os primeiros Mario Bros ou ainda o antigo Pitfall?
Em jogo de futebol, graças a Deus existe Winning Eleven, mas quem não se divertiu, MUITO, com o primeiro Fifa Soccer, ainda em uma série sem licenciamento de nomes de jogadores, mas que permitia que o atacante fizesse um gol de peito rebatendo o goleiro?
Respeitar cada opinião é chave, mas é impossível pensar que geração está intimamente ligada a evolução gráfica, quantidade de botões ou algo assim.
Se existe um quesito técnico que melhor represente diversão este acredito ser o de jogabilidade. E nesses quesitos, River Raid, H.E.R.O. e muitos outros da Atari se consagraram, mais que muitos títulos novos, diga-se de passagem.
Quanto a criatividade em títulos, antigamente era muito mais fácil ver coisa inédita. O Atari praticamente abriu caminho nos primeiros consoles domésticos, então todos os campos estavam ali para serem explorados…
Caras… no mínimo, a tal heresia é achar que os jogos atuais são melhores que os jogos antigos. Ponto de vista é ponto de vista, mas infelizmente os jogos atuais se utilizam de muito recurso gráfico e pouca criatividade. Antigamente era o inverso, então tínhamos muito mais ‘hits’ do que hoje.
O mercado “cospe” um monte de lixo pra essa molecada, infindáveis continuações e histórias muito mal feitas. E veja, Megaman na época do NES teve 6 continuações, Ninja Gaiden teve 3, TMNT teve 3 também… e não havia desgaste das séries, eles eram muito legais. Tem alguém aí que acha que os games da série das Tartarugas bate os antigos? Tem alguém aí que acha que os games atuais de Ninja Gaiden (do Xbox e o que vai sair para NDS) batem as antigas versões do NES?
Bispo.
Alguém aí se habilita num racha contra mim no grande “Breakout” do Atari 2600?
Gente, olha o preconceito… Jogos bons são atemporais, cada qual com suas qualidades. O que define se um jogo é melhor ou não do que outro é o seu gosto pessoal, mas uma coisa é certa: muita gente (brasileiros) odeia o novo caminho que os videogames estão indo, com tudo ficando cada vez mais caro, porque querem jogar o que é moda lá fora, ao contrário da era 8 bits, quando tínhamos 5 anos de defasagem em relação ao exterior e as coisas eram mais baratas.
Todos devem ter mais calma antes de fazer essas afirmações categóricas e preconceituosas.
O texto é interessante Atillah, parabéns pela coragem de escrevê-lo.
Concordo com o Bruno, o mais importante é respeitar os pontos de vista, principalmente aqueles que discordamos.
Pessoalmente, acho que parar no tempo em relação a qualquer assunto é um erro.
Eu escrevi algumas coisas que estão relacionadas com o assunto, para quem tiver interesse, aí vai o link:
http://hipergame.blogspot.com/2007/02/concluso.html